Fala sério, gente.... não podia ser sempre assim?
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A cadela Neguinha não tem metade dos paparicos que o boi Xaropinho recebe do dono. Os dois vivem com Ricardo Rosa, 22 anos, mas o grandão é o xodó. Toma dois banhos por semana com shampoo de coco e é escovado constantemente, já a Neguinha...”Ela não precisa de tanto banho assim”, justifica o dono.
Em Figueirão, a 226 quilômetros de Campo Grande, Ricardo não é o único a ter um boi como animal de
estimação. “Somos um grupo de 11 amigos. Todo mundo cuida muito bem, o bichinho merece”, conta o capataz, que ganha a vida cuidando da chácara do irmão.
estimação. “Somos um grupo de 11 amigos. Todo mundo cuida muito bem, o bichinho merece”, conta o capataz, que ganha a vida cuidando da chácara do irmão.
Na semana passada, encontramos a dupla no centro da cidade. Ele, com uma tesourinha pequena, aparando os pelos das orelhas de Xaropinho, como quem cuida da própria beleza, com o animal amarrado em uma árvore, sobre a calçada.
Depois de pronto, Ricardo montou no boi e saiu pelas ruas do Centro. Argumentos de defensores dos animais contra a exploração do bicho, para Ricardo parecem divagações sem nenhum sentido ali, onde a maioria vive rodeada de mato. Ele lembra que nunca soube lidar com os animais de uma maneira diferente. "Aqui todo mundo é sertanejão".
No interior, pelo menos em Figueirão, quando o dia é de folga a rapaziada senta no quintal ou na varanda, puxa um tereré e começa a falar dos bois e dos rodeios. “A gente fica curtindo uma música sertaneja e conversa muito sobre animal, sobre bois e vacas, sobre os bezerros mais bonitos”, diz Ricardo.
O dia mais esperado do ano é o aniversário do município, em setembro, quando todo mundo pode exibir os bois no desfile cívico. “Vamos à cavalgada montados nos bois. O povo gosta, principalmente, quem é de fora. Eles acham curioso, diferente”, explica.
Eles já se transformaram em atração em dias de festa em toda a região. “Na semana passada fomos comemorar o aniversário de Alcinópolis. Aqui todo mundo gosta dessas coisa”, conta.
Como o boi não tem a mesma energia do cavalo, a viagem demora bem mais. “A gente anda um pouco, para quando o bichinho que descansar, deita ele na sombra de uma árvore e depois segue. Ninguém quer que ele faça esforço demais”, comenta Ricardo.
Ele acha que Xaropinho vale atualmente R$ 4 mil, mas isso é o de menos, garante. “Não tenho a menor vontade de vender”, afirma, apesar de gastar cerca de R$ 100,00 por mês com ração e exames no veterinário.
Alguns donos lixam os chifres do bicho, passam verniz para ficar mais brilhoso, mas Ricardo não. Ele gosta de respeitar a natureza do animal. “Prefiro que fique bem como ele é.”
O jovem ganhou o animal ainda bezerrinho, há 2 anos e meio, e espera que o amigo o acompanhe por muito tempo. “Ele ainda é um gurizão. Tem amigo meu que já está com boi há mais de 20 anos. É só dar carinho”, ensina.
Fonte: Campo Grande News
Um dia vai ser assim com TODOS, Deus é Pai. Só num gosto dessa argola no nariz dele, dói não, né cumpadre?
ResponderExcluirExcelente,mas a"Neguinha" também merece carinhos e banhos quinzenais.
ResponderExcluirGostei do nome: Xaropinho.
ResponderExcluirTira essa argola do nariz né,isso dói sim.
ResponderExcluirÉ essa estória de argola é que doeu.
ResponderExcluirA argola serve como arreio só incomoda se o animal insistir em puxar. Quando o animal estica a corda presa na argola incomoda e ele para de puxar. É uma forma de contê-lo possibilitando amansá-lo e adestrá-lo tirando assim o estigma de ser apenas um animal de corte.
ResponderExcluirNo caso acima creio que não haja necessidade da argola, pois o rapaz criou o boi desde bezerrinho.
Quem está se escandalizando em ver o animal usando um piercing deveria parar de comer carne, só assim pra ter autoridade pra dizer alguma coisa. Eu sou vegetariano e crio dois bezerros de estimação e mesmo assim não o julgo.