31/03/2014

Por que em pleno século XXI matamos 11 raposas para um casaco?

O uso de peles de animais é algo que embrulha nosso estomago, não?
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Desfile de Emilio Pucci na semana de moda de Milão
Fotos:Divulgação
A moda é cíclica, como você bem sabe. Alguns modismos não duram mais que um verão, outros vão e voltam de acordo com os desejos coletivos. Afinal, a moda não é comandada por estilistas, mas pelas ruas: os criadores apresentam suas propostas, mas somos nós que damos o aval e fazemos com  que um modismo realmente pegue.

Nas últimas semanas de moda internacionais, onde desfilam as maiores grifes do mundo, uma “tendência” chamou a atenção: as peças feitas com pelo animal foram quase que unanimidade nas passarelas. Símbolo de opulência e status, os casacos se consagraram com as grandes divas do cinema e viveram seu auge até a década de 60. Entre os anos 70 e 80 começaram a surgir grupos de contestadores e
ambientalistas, como o Greenpeace, veiculando anúncios com imagens e frases fortes a fim de ofuscar o glamour das peles – o que foi feito de fato.

Top models estrelam campanha contra o uso
de pele animal nos anos 90. (Reprodução)
Por um bom tempo as peles verdadeiras foram vistas como decadentes. Top models estrelaram um famoso anúncio na década de 90 que dizia “prefiro andar nua do que usar peles”, da ONG de proteção animal PETA. Entre os anos 80 e 90 estima-se que 90% das lojas que vendiam peles fecharam suas portas. Confesso que após a “onda verde” que tomou conta do mundo no início do milênio não imaginava ver as peles verdadeiras retornarem nesta década, cada vez com menos alarde.

Assim como apenas duas das supermodels que declararam preferir andar nuas a usar pele mantiveram-se fieis a essa convicção, Elle Macpherson e Christy Turlington, parece que voltamos atrás. Em viagem recente, assustada com a quantidade de pele verdadeira nas vitrines, entrei em várias grifes para perguntar quem estava comprando aquelas peças. Durante minha pequena pesquisa de campo entendi que a pele animal, símbolo do que é caro e raro, voltara a cena para denotar a riqueza dos novos emergentes.

Desfiles Fendi, The Row (meio) e Givenchy
Fotos: Divulgação
A moda reflete seu tempo. E nosso tempo, povoado de selfies e redes sociais, se tornou mais que propício à ostentação. Hoje a tecnologia têxtil produz pele sintética similar a verdadeira com benefícios. Mas, infelizmente, nossa sociedade desenterrou peças feitas com cerca de 11 raposas; 100 chincilas e 12 linces -- número de animais estimados para cada casaco. Em nome de um falso glamour, as passarelas voltaram ao tempo das cavernas.

FONTE: Yahoo

7 comentários:

  1. A foto das modelos que estrelaram campanhas contra o uso de peles não abre. Não aparece, como as outras.

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  2. As passarelas são o reflexo do poder em ação... Forjando belezas para manter o mundo em distração. Na distração os olhares se desfocam de objetivos mais sinceros e verdadeiros para o bem comum. Num mundo de bilhões em que a moda atinge meia dúzia, tem que haver algo muito estranho por trás disso.

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  3. Por que em pleno século XXI matamos 11 raposas para um casaco?
    Porque tem sempre um imbecil querendo comprar.
    Porque quem compra é pobre de espírito e não enxerga além da própria vaidade.
    Porque quem compra e cria esses pobres animais que nasceram pra ser livres, não pensa no sofrimento deles.
    Quem sabe se arrancassemos a pele só de um dedo pra eles(a) sentirem um pouquinho da dor ...

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  4. Porque em pleno século XXI matamos 11 raposas para um casaco? Porque o tempo passou, o século mudou mas o humanóide permanece o mesmo, com poucas excessões...

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  5. Por que as cafonas novas ricas precisam demonstrar que têm dinheiro! Como dizia minha sábia e rica avó: " Quem nunca comeu melado, quando come se lambuza! "



    "A moda é uma variação tão intolerável do horror, que tem que ser mudada a cada seis meses!"

    Oscar Wilde

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  6. por que tem sempre aqueles que gosta,
    e não se preocupa de como ele é feito com os gritos de dor dos animais e com a morte de todos com tanta crueldade se visem aposto que deixariam de comprar

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  7. "O homem sai da pobreza, mas a pobreza não sai do homem..." (não lembro o autor).
    Evelina

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