20/01/2014

Testes em animais: a Igreja é a favor ou contra?

Vale a pena uma reflexão sobre o poder da Igreja Católica.... Ela falou, tá falado! Não gosto disto. Se o Papa Francisco, com a tendência dele de revolucionar estes costumes bolorentos, desse um pouquinho de atenção a esta questão, ia dar uma cutucada poderosa, não? Este negócio de que Deus confiou os animais à administração do ser humano é que não me desce pela goela de jeito nenhum.... O Cara lá de Cima cria um espetáculo chamado Universo e coloca nas mãos de um destruidor como nós que ainda tem a petulância de se dizer criado à sua semelhança? ah, me poupem!!!!! este negócio de Bíblia, sem dúvida nenhuma é um documento escrito para controle da chamada "humanidade"..... Pelo que se constata, a superioridade dos verdadeiros donos deste planeta (os animais) é inquestionável.... a espécie humana nada mais é do que uma invasora e a maior prova é que não faz parte de nenhum ecossistema deste planeta!!!!! 
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© Sebastian Duda
É preciso evitar sofrimentos desnecessários, mas em algumas pesquisas os animais ainda são imprescindíveis

O Parlamento Europeu aprovou recentemente um plano para incentivar os laboratórios a realizar suas pesquisas substituindo ratos e hamsters por réplicas robóticas e de microengenharia. Esta iniciativa faz parte de um programa denominado Horizon 2020, que prevê mais de 70 bilhões de financiamento para entidades públicas e privadas.

Será que o ser humano poderá realmente prescindir dos testes em animais, à luz das motivações científicas e éticas? A Aleteia conversou
sobre isso com Santiago Veja García, da Universidade CEU Cardenal Herrera, de Valência (Espanha).

Qual é a posição católica sobre os testes em animais?
Deus confiou os animais à administração do ser humano, criado por Ele à sua imagem. Portanto, é legítimo fazer uso dos animais para o alimento e a confecção de roupas. Eles podem ser domesticados, para ajudar o homem em seu trabalho e lazer.

Os testes médicos e científicos em animais são práticas moralmente aceitáveis, quando realizados dentro dos limites da razão e quando contribuem para cuidar de vidas humanas ou salvá-las.

Segundo o Catecismo da Igreja Católica, é contrário à dignidade humana fazer os animais sofrerem inutilmente ou sacrificá-los sem necessidade. Também é indigno investir neles o capital que deveria remediar a miséria das pessoas. Por outro lado, podemos amar os animais, mas não desviar a eles o afeto devido unicamente aos seres humanos.

Existe uma ética ecológica humana?
Na perspectiva cristã, a vida dos outros seres tem um grande valor, mas não se trata de um valor oposto ao da pessoa; pelo contrário, o valor da vida animal e vegetal adquire seu pleno sentido somente quando está em relação com a vida da pessoa humana.

O autêntico desenvolvimento humano, segundo a “Sollicitudo rei socialis”, se apoia em dois grandes princípios: a vocação transcendente do homem e sua integração na natureza.

Esta encíclica faz três considerações especiais: convêm levar em consideração a natureza de cada ser e sua mútua conexão em um sistema ordenado, que é o cosmos; a limitação dos recursos naturais, que não são renováveis ou são dificilmente renováveis; consequências de certo tipo de desenvolvimento na qualidade de vida das regiões industrializadas.

A “Centesimus Annus” dedica todo o capítulo IV à questão ecológica. A raiz da destruição ambiental é um erro antropológico. A encíclica não abandona a perspectiva da fé e, por conseguinte, vê a natureza como criação, e a criação como doação. O mundo ambiental é, com igual direito e dignidade, presente e tarefa, dádiva e responsabilidade.

A “Evangelium vitae” menciona três vezes o problema ambiental e o relaciona aos problemas da bioética.

Na mídia, vemos constantemente protestos de protetores de animais conta testes neles. Que resposta se dá a esta posição?
Os testes em animais, no âmbito da pesquisa científica, devem ser justificados e aprovados por um comitê ético. Se houver excessos pontuais ou se as normas não forem cumpridas, o problema já é legal e a solução exigirá melhorar as normas, e não suprimir a pesquisa.

As razões para cuidar bem dos animais não são apenas éticas, mas também científicas, para que os resultados sejam válidos, o que, por sua vez, acaba reduzindo o uso de animais.

Longe de pretender fazer uma apologia absolutista dos testes em animais, acho que a postura mais sensata está em um equilíbrio entre os extremos: condenar toda pesquisa ou enaltecê-la ingenuamente.

É preciso considerar o uso de animais nas pesquisas como necessário no estado atual da ciência, para ajustar-se ao imperativo moral de curar e prevenir doenças humanas, mas buscando formas de substituir e reduzir o número de animais e minimizar seu sofrimento.

Atualmente, é preciso reconhecer a impossibilidade de substituir os testes em animais em muitos casos, o que não anula a obrigação paralela de empregar os mínimos indispensáveis e reduzir seu sofrimento o máximo possível, tanto por razões humanitárias como pelo próprio interesse científico.

Com o tempo, conforme for aumentando o acerco de conhecimentos científicos, talvez seja possível acabar prescindindo dos modelos animais. Mas ainda há um longo caminho a ser percorrido.

FONTE: Aleteia


Ser vegetariano é algo moralmente bom?

Segundo a Bíblia, é errado comer animais? Confira a resposta a esta dúvida de uma leitora da Aleteia

© Lisa A
“Sou católica, mas antes da minha conversão fui vegetariana e ainda continuo sendo, mas não sei o que a Igreja opina sobre isso. Eu não como carne porque me parece cruel a forma como tratam os animais e os assassinam, mas me disseram que Deus os criou para o nosso sustento. Poderiam me ajudar?”
Sobre o trato dispensado aos animais, o Catecismo da Igreja Católica trata do tema nos números 2415 a 2418. Não os repetirei, porque são de fácil acesso e a explicação do Catecismo é clara. Só acrescentarei alguns detalhes que, na minha opinião, podem ajudar a entender melhor o tema.
O primeiro ponto é um convite a observar a própria natureza do mundo e os seres que nele habitam. Os animais se alimentam de outros seres vivos: uns se alimentam de plantas; outros, de animais; e outros ainda (e nisso o homem não é exclusivo) se alimentam das duas coisas. Este é o processo natural; o homem é mais sofisticado, mas não essencialmente diferente.
Em segundo lugar, na Bíblia, tanto no Antigo Testamento quanto no Novo, não há absolutamente nada que indique um convite à dieta vegetariana. No Antigo Testamento há, sim, uma distinção entre animais puros e impuros, mas, ao mesmo tempo, os sacrifícios que Deus pede no seu templo são de animais, e sempre se dá por descontado que os matam e comem. Inclusive a dieta mais austera que aparece, a de João Batista, estava composta de mel silvestre e gafanhotos.
A terceira consideração é que o vegetarianismo como exigência moral procede das religiões orientais, especialmente do hinduísmo. Mas tem pouco a ver com o apreço pelos animais – e muito a ver com a ideia da reencarnação.
Segundo esta crença, quem não consegue a meta ansiada da fusão com o infinito (nirvana), terá de reencarnar-se baixando de categoria segundo a carga negativa acumulada ao longo da vida pelo seu comportamento (carma), passando assim de homens a animais – e, dentro destes, a formas inferiores, se o carma for grande.
Neste contexto, matar um animal pode supor matar um espírito humano reencarnado, negando-lhe, assim, uma oportunidade de redimir sua vida. E é por isso que rejeitam a ideia de matar os animais ou comê-los.

FONTE: Aleteia

7 comentários:

  1. Como espiritualista, concordo com a colocação de Emmanuel, que os animais são nossos irmãos inferiores, que como nós, vêm de longe, através de lutas incessantes e redentoras, e são como nós, candidatos a uma posição brilhante na espiritualidade.

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  2. Oi Sheila, a questão é mais de interpretação do que de permissão Divina.
    Quando Deus coloca Dominai, vem de Domini, que é Deus, essa não é uma permissão para que se usem os animais, mas um alerta para que sejamos Domini, Deuses, deus para os animais, o ser humanos é que omite as partes boas e finge que só compreende a parte ruim.
    Bjs
    Si

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    1. Cristina Calixto23/01/2014, 09:10

      Que linda e maravilhosa interpretação! Acho que traduziu em palavras o pensamento de muitos

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  3. Vocês assistiram ao filme "O Mordomo da Casa Branca"? É uma vergonha olhar para o passado e ver do que o homem branco era capaz de fazer com o homem negro, apenas por causa da diferença da cor da pele. Tenho certeza, de que logo, o homem também se envergonhará do que faz com os animais. É tudo uma questão de luta e evolução.

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  4. Não mê conformo para a maior parte das pessoas é mais fácil acreditar nessa historinha dá carochinha chamada religião e todas as besteiras inventadas para I conforto humano do que acreditar no sofrimento dos animais. Definitivamente esse um balizamento para determinar bondade de caráter e boa índole.

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  5. Uma mentira contada muitas vezes não a torna verdade, assim como um ato torpe não o tornara legítimo jamais.

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