22/01/2014

Saiba por que pombos e outros animais vivem em áreas urbanas

A facilidade de alimento no lixo das grandes cidades é a grande responsável pelo descontrole populacional destas aves...
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Quando pensamos em animais, vem logo à mente imagens de campos, florestas, mares, enfim, ambientes onde a natureza reina, e os homens ficam de fora. Pois, fica o desafio: olhe ao seu redor, na cidade, e veja se entre prédios, ruas e construções também não há animais. Pombos, pardais, insectos variados, morcegos e até ratos vivem em ambientes urbanos. Mas como é que eles foram lá parar?

Nos locais onde cidades cresceram, alguns animais foram os primeiros habitantes e sobreviveram à urbanização. Outras espécies foram captadas pelos humanos noutras regiões e, inseridas nas cidades, e adaptaram-se muito bem ao clima agitado.

É o que explica a zoóloga Elizabeth Höfling, da Universidade de São Paulo. «Humanos trouxeram
pombos e pardais para as cidades. Eles adaptaram-se a esse tipo de ambiente e propagaram-se», conta. «A variedade de alimento, além de muitos telhados e parapeitos de prédios para instalar os ninhos, facilitaram a sua permanência.»

Apesar de bem adaptados às cidades, os animais ainda sofrem com as diferenças entre os ambientes urbanos e naturais. A acção humana interfere na iluminação, nos sons e até no clima. Por serem cheias de cimento e carros que libertam gases poluentes, as cidades formam ilhas de calor com temperatura muito mais elevada que as áreas naturais.

Todas essas alterações dificultam a vida dos animais nos ambientes urbanos. «Animais como aves e sapos, por exemplo, comunicam por sons uns com os outros. Numa cidade barulhenta, isso fica prejudicado», exemplifica Elizabeth. «Sem contar que, com a iluminação artificial, o ciclo de dia e noite fica desregulado, o que pode causar problemas de saúde para os animais.»

A zoóloga aponta que é fundamental fornecer condições de espaço para que esses animais de cidade possam sobreviver. Para isso, as áreas verdes, como parques e jardins, precisam de ser bem cuidadas. «E não adianta, por exemplo, arborizar as cidades só com um tipo de planta», diz Elizabeth. «É preciso ter variedade, pois cada árvore tem o seu tempo de florescer e dar frutos. De outro modo, os animais só teriam alimento uma vez por ano e não poderiam sobreviver.»

5 comentários:

  1. adorei .é preciso compreender as situações de cada espécie,se soubermos c/ proceder, não faltará a ninguem e não será peciso envenena-los como fazem tantas cidades.e....não é só isto,prefeituras jogam mata-mato p/ limpar as ruas e brigam p/meio ambiente9que meio ambiente) se eles mesmos matam?

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  2. Fiquei fula da vida quando descobri que, dos originais doze pombinhos existentes em meu condomínio, restam apenas quatro. Tenho nojo dessa gente que envenena aves por causa de carros, sendo que eles próprios os sujam com toda a sorte de lixo de que a espécie humana é capaz - hoje em dia os carros parecem lixões: latas, copos, garrafas, sacos, migalhas, gomas de mascar, balas, etc, etc, compõem o interior dos veículos, sem contar as baratas...

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    1. Esqueceu de acrescentar as pichações em muros e paredes por toda cidade, gente que urina e defeca nas praças, parques e jardins, que envenenam o ar com o crescente número de automóveis e motocicletas nas ruas, que esmigalham o silêncio com suas "músicas" estridentes... Nenhum animal suja tanto quanto o ser humano e o pior, é que tem consciência do que fazem.

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  3. A espécie da foto é de pombo domesticado, urbano. Como está com excelente aparência deve ser europeu...
    Essa espéciei de pombo foi trazida para o Brasil pelos portugueses, como também ocorreu com o pardal.
    Diferente dos silvestres, essa espécie NÃO tem como sobreviver na natureza.
    É comum que algum “especialista”, nos noticiário, diga que se parar de receber alimento nas cidades irá para o campo. Quem diz isso deveria voltar aos bancos e aprender sobre o que fala. O absurdo é semelhante à afirmação de que se os cães pararem de receber alimento voltarão para as florestas...
    A espécie dita humana interferiu nas vidas dessas espécies há milhares de anos: não há volta!
    Como em árvores eles não procriam, para evitar a procriação e decorrente aumento populacional o correto seria sensibilizar as pessoas para o fato de que nossas cidades atuais são ambientes inóspitos para eles e que, por isso, devem ser evitados espaços arquitetônicos e outros (decorrente do desmazelo na conservação dos imóveis) que possam se tornar ninhos. Dessa forma a população seria controlada até o ponto de extinguir-se e eles se livrariam de nós, que não os merecemos.
    Selma.

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  4. Em São Paulo não se respira. O calor esquenta o asfalto e quando a chuva cai, sobe um vapor terrível, fétido e sufocante. Não há brisa, não há frescor, é o inferno na Terra! Quando olho para os pombos, pergunto: "Por que vocês não voam para bem longe daqui"? E ao olhar em torno, vejo jogados nas calçadas farelos de pão, biscoitos, pipoca, amendoim, pizza, pastel, pão, casquinha de sorvete, esfiha... Pois é, vão fazer o quê no campo?

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