28/12/2013

Fim de ano é de muito trabalho para casal criador de renas

Agora vê isto...
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A cada dois anos os empresários compram
mais duas ou três renas para a fazenda - Foto: sevolen.ru
Na véspera de Ano-Novo, os animais que puxam o trenó do Papai Noel encantam a criançada nos arredores de Moscou em uma fazenda criada pelo casal Aleksandr Bondartchuk e Svetlana Goriátcheva.

As renas chegaram perto de Moscou. Um ex-caminhoneiro abriu, a 60 quilômetros da capital, uma fazenda que ele poeticamente chama de conto de fadas do norte. Excursões são organizadas até o local. Na véspera de Ano-Novo, os animais que puxam o trenó do Papai Noel encantam a criançada. Um conto de fadas polar nos arredores de Moscou foi o que criou
Aleksandr Bondartchuk e sua esposa, Svetlana Goriátcheva.

Tudo começou dez anos atrás. Com dificuldades, o casal conseguiu investir na fazenda Rena do Norte 12 milhões de rublos (cerca de US$ 364 mil). Por ser caminhoneiro na época, Aleksandr ia muitas vezes à Península de Kola. Em uma dessas viagens, em 2003, na estrada Bondartchuk, ele viu um rebanho de renas sendo levada para o abate em um dos “sovkhoz” (fazenda estatal) da região. Com pena dos animais, o futuro empresário decidiu trazer um casal de renas para sua casa nos subúrbios de Moscou.

Para domar os animais e aprender a lidar com eles, o inexperiente Bondartchuk foi passar uma semana na região de Murmansk, na casa de um velho conhecido criador de renas. Lá ele aprendeu a aparelhar e a conduzir um trenó de renas.

Em 2005, Bondartchuk trouxe mais duas renas da tundra. Hoje existem na fazenda 13 animais. Todos os dias eles recebem a visita de três ou quatro grupos de 26 ou 42 pessoas.

Foto: sevolen.ru
O guia recebe os visitantes em traje nacional e os leva de trenó puxado por cinco renas, ao mesmo tempo que fala sobre a vida dos animais, o que comem, seu habitat e hábitos. Os visitantes dão comida aos animais e aprendem a colocar os arreios neles.

No verão também é possível ver as renas –mas sem neve, não dá para andar de trenó. De acordo com Goriatcheva, no estação mais quente a reserva de excursões não é tão grande como na véspera do Ano-Novo. Nos finais de semana de março a novembro o movimento é baixo, época em que o casal libera os guias e trabalha sozinho com os visitantes. O ingresso de entrada sem excursão custa 100 rublos (cerca de US$ 3).

A cada dois anos os empresários compram mais duas ou três renas para a fazenda. Na tundra, elas custam a partir de 30 mil rublos (cerca de US$ 920) cada. No entanto, o transporte dos animais até Moscou sai cerca de três vezes mais. Cada vez que quer comprar um animal, Bondartchuk obtém uma permissão do Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária (Rosselkhoznadzor). Como explicou ao “RBC Daily” o porta-voz da assessoria de imprensa da Rosselkhoznadzor, Aleksêi Alekseenko, cada rena recebe um pacote de documentos veterinários de acompanhamento que comprovam que o animal não tem nenhuma doença perigosa para os seres humanos. Além disso, ainda segundo Alekseenko, as renas têm que ter um passaporte veterinário com indicação de sexo, idade, raça, sinais especiais, bem como de doenças anteriores e vacinação preventiva. Cada ano as renas têm de passar por uma inspeção do serviço veterinário.

Excursões
Desde 2005, os empresários têm acordos com várias empresas de turismo. “A demanda pelos passeios à fazenda das renas é grande. Todo ano, nos meses de inverno, nós enviamos para lá entre 1.000 a 1.500 pessoas”, diz Vladímir Lutov, diretor da agência de viagens Loja de Viagens.

As agências de turismo e os operadores turísticos de Moscou reservam os lugares nos grupos ainda no verão. Para conseguir ir a uma excursão na véspera de Ano-Novo ou nas férias de Natal, o passeio tem que ser reservado o mais tardar em setembro.

Além das visitas dos turistas, os empresários faturam também com o aluguel das renas. Os animais podem ser reservados para um evento fora dali –por exemplo, para puxarem o Papai Noel e a Donzela da Neve para as festas de Natal. Toda temporada de inverno, de acordo com os criadores da empresa, as renas vão a cinco ou seis eventos. No entanto, Aleksandr e Svetlana estão planejando apostar mais no turismo, já que os animais suportam mal as viagens. Os inevitáveis ​​atrasos devido aos congestionamentos de trânsito em Moscou também fazem com que eles tenham de pagar multas aos organizadores de eventos.

Às vezes os animais são alugados para filmar comerciais ou filmes. No total, as renas de Bondartchuk já estrelaram mais de cinco comerciais.

Um pequeno lucro vem ainda a venda de lembranças (a variação dos preços na loja de souvenires da fazenda vai de 50 rublos a 400 rublos, entre US$ 1,50 e US$ 12,50). Os artesãos fazem os artefatos de chifre de rena, de madeira ou de peles que os donos da fazenda compram dos habitantes locais da península de Kola nas viagens que fazem para ir buscar animais.

Manter as renas sai caro. Em aveia forrageira, verduras e feno é preciso, no mínimo, 50 mil rublos (US$ 1530) por mês e mais 20 mil ou 30 mil (entre US$ 615 e US$ 920) para as despesas fixas de água, gás, eletricidade etc. Além disso, eles desembolsam praticamente 100 mil rublos (US$ 3.000) por mês para pagar os guias turísticos e funcionários da fazenda.

FONTE: Gazeta Russa

3 comentários:

  1. Muito bonito para os humanos, mas não para as renas que deveriam viver em seu habitat. O que será que acontece com elas, quando envelhecem?

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  2. Me desculpe, Sheila, mas...

    QUE MERDA!!!!

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