25/06/2013

Desmaio de cavalo põe charretes de Petrópolis de novo na berlinda

Grupo de defesa dos animais pede o fim da circulação desses veículo, mas, isto é para anteontem!!!!! não dá mais para aturar isto!!!!!!!!!!

******************************

Charrete em Petrópolis na tarde de domingo:
cavalo com saúde debilitada reabre discussão sobre maus-tratos
Fábio Seixo / O Globo
RIO — Exausto e desidratado, Falcão sentiu as patas fraquejarem e sucumbiu diante da réplica do 14 Bis, de Santos Dumont, em pleno Centro Histórico de Petrópolis. A cena comoveu turistas e petropolitanos no último dia 11 e turbinou uma polêmica que se arrasta há anos: afinal de contas é aceitável manter famosos os passeios de tração animal na cidade? Denúncias sobre maus-tratos aos cavalos são objeto de mais uma investigação da Promotoria Criminal de Petrópolis.

Até a tarde de domingo, 12 dias após o episódio, a única medida tomada pela
prefeitura de Petrópolis foi o cancelamento da licença do charreteiro Carlos Eduardo de Freitas, de 50 anos. Falcão, o cavalo fragilizado, está sob observação num abrigo da Guarda Municipal. O destino da atividade que reúne 16 charreteiros e 55 animais na Cidade Imperial, no entanto, segue indefinido.

Cavalos serão examinados
Em nota enviada ao GLOBO, a prefeitura informou que começa a fazer hoje um diagnóstico clínico dos animais. O prefeito Rubens Bomtempo disse ainda defender “uma política de bem estar animal de forma séria e comprometida” e anunciou a contratação temporária de mais um veterinário para o Núcleo de Bem-Estar Animal, vinculado à Secretaria de Meio Ambiente.
— Precisamos construir novamente uma política pública para os charreteiros — afirmou Bomtempo, numa crítica à gestão anterior.
Presidente da ONG Grupo de Assistência e Proteção aos Animais e ao Meio Ambiente (Gapa-Itaipava), Carlos Eduardo Pereira defende um prazo para o encerramento da atividade. Para ele, as vitórias — como são chamadas as charretes em Petrópolis — não combinam com modernidade e são insustentáveis.
— O encerramento da atividade é a medida mais prudente. A regularização das vitórias demandaria enormes investimentos. Nem a prefeitura e nem os charreteiros têm condições de arcar com isso. As charretes são pesadas e sobrecarregam os animais. E os cavalos não têm os cuidados necessários. As ruas de paralelepípedo são outro complicador — analisa Pereira.
Ainda de acordo com o presidente do Gapa, Petrópolis deveria substituir as charretes por carros elétricos:
— A tração animal é uma atividade que não combina com tempos modernos e não é economicamente viável. Devemos buscar implementar veículos elétricos, algo sustentável.
Segundo um laudo da prefeitura, Falcão, o cavalo que desencadeou a polêmica, apresentava hidratação insuficiente durante o período de trabalho. O animal foi considerado inapto para o serviço e a recomendação é a de que seja afastado. Sua saúde é estável, mas ele requer cuidados.
Irmão do dono do cavalo, Antônio Carlos de Freitas, de 45 anos, admite que Falcão havia sido adquirido há sete meses e não estava acostumado a puxar charrete. Ele nega, no entanto, que o animal tenha sofrido maus-tratos:
— Nós levamos os bichos ao veterinário de três em três meses. Estava tudo bem com o Falcão. Ele havia sido liberado para fazer o trabalho. O que aconteceu foi inesperado. Ele não chegou a desmaiar.

Maus-tratos já teriam levado animal à morte
As vitórias — homenagem à Rainha Vitória, da Inglaterra — que cortam o centro histórico petropolitano sempre foram marca da cidade. Mas a atividade, frequentemente criticada por denúncias de maus tratos aos cavalos, está longe de ser uma unanimidade. Em 2004, a morte — causada por um infarto fulminante — de um animal que puxava charrete causou grande repercussão na cidade.
Os passeios, que partem da Rua do Imperador, têm a anuência de três órgãos municipais: Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes, Fundação de Cultura e Turismo e Secretaria de Meio Ambiente. Cada charreteiro pode transportar, no máximo, cinco passageiros, mas há relatos de superlotação.

Passeios custam até R$ 60
Em 2010, um termo de ajustamento de conduta (TAC) teve que ser firmado por conta dos descumprimentos das normas. Uma nova regulamentação, por decreto, foi publicada em novembro de 2012. A prefeitura, agora, promete colocar a atividade nos eixos.
Charreteiros cobram de R$ 50 a R$ 60 por um passeio com charrete cheia. A tarifa mais cara inclui visitas ao Palácio de Cristal, à Catedral São Pedro de Alcântara e à Casa de Santos Dumont. Anderson Oliveira Granja, de 33 anos, trabalha há 18 como charreteiro, aos sábados, domingos e feriados. Ele defende a atividade:
— Nós vivemos em função dos cavalos e dependemos do bem-estar deles. Os alimentamos com feno e ração.

EMANUEL ALENCAR (EMAIL · FACEBOOK · TWITTER)
Fonte: O Globo - Rio

15 comentários:

  1. Sempre morei em Petrópolis e sempre foi assim, isso tem que acabar não é justo com os animais, não e justo com a população e menos ainda com os turistas. Porque não fazem passeios com aquele trem que de vez em quando anda pela cidade. Evito passar perto dessas charretes pois me sinto muito mal. Isso tem que acabar.

    ResponderExcluir
  2. NAO VISITO CIDADES QUE USAM CHARRETES COMO ATRAÇÃO TURISTICA, FAÇO CAMPANHA CONTRA. ISSO NÃO É DIVERSSÃO É ESCRAVIDÃO PARA COM OS CAVALOS, É COMO ASSISTIR TOURADA, O ANIMAL FICA EM SOFRIMENTO ENQUANTO VOCE SE DIVERTE.ISSO É MEDIEVAL E ABOMINO.

    ResponderExcluir
  3. O problema é que se fala muito,se discute muito e se faz muuuuito pouco.Espero que dessa vez se faça algo em prol desses cavalos que trabalham muito duro para sustentar,geralmente,uma família de seres humanos,e vai lá saber o que recebem em troca de verdade...

    ResponderExcluir
  4. E quanto tempo essa aberração ainda vai ser divulgada e quantos cavalos ainda vão desmaiar pra algo ser feito?

    ResponderExcluir
  5. Oh! Essas porcarias de turistas se comoveram? Mas quem diria! Só quando o cavalo caiu? Enquanto não cai, vão todos usando e abusando, né? Quanta hipocrisia! Todo mundo sabe da situação. Tem é de fazer movimento em frente ao local em que esses turistas alugam essas merdas de charretes e entregar a eles folhetos com fotos e descrição de todos os casos que já aconteceram com cavalos e que eles estão sendo cúmplices de um crime, embora essas outras merdas de "autoridades" não façam nada!!! Eu gostaria que, um dia, um promotor me respondesse o seguinte: Afinal, é crime ou não é crime? Existe ou não existe uma lei? Então, porque eles mesmos não cumprem? Respondendo a isso, vamos ver quem é quem.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Concordo e assino embaixo de tudo que voce escreveu...é isso aeeeeeeeeeeeeeee !!!!!

      Excluir
  6. Lamentavelmente é assim mesmo, ninguém fiscaliza nada e os pobres dos animais é que sofrem.

    ResponderExcluir
  7. Mandei um e-mail para a prefeitura e recebi resposta....mas não falam em acabar com essa barbárie. Chamam de "tradição".

    ResponderExcluir
  8. Olha a resposta:
    Prezada senhora Neusa,

    Agradecemos o seu contato. Em resposta à sua solicitação, informamos que todas as providência cabíveis no momento estão sendo tomadas. A Prefeitura está exigindo dos charreteiros o cumprimento de todas as normas para que eles possam continuar com a concessão do serviço, que foi abandonado pelo governo anterior. Além disso, exames clínicos e laboratoriais estão sendo realizados nos cavalos que participam dos rodízios das charretes. É importante esclarecer que cada proprietário de charrete possui pelo menos três cavalos, para que efetivamente aconteça o rodízio do animal; as charretes fazem parte da tradição e da história de Petrópolis.

    A Secretaria de Meio Ambiente possui um departamento específico para cuidar do bem estar dos animais, desativado no governo passado e reativado no atual – o Núcleo de Bem-Estar Animal - coordenado por uma veterinária, que está tomando todas as medidas cabíveis para a apuração deste caso. O prefeito Rubens Bomtempo já autorizou a contratação temporária de um outro veterinário para, justamente, acelerar todos os exames clínicos e laboratoriais nos cavalos.

    Vale lembrar que em suas gestões anteriores, Bomtempo foi o primeiro prefeito de Petrópolis a destinar verba para a castração de animais de rua. Naquela época quatro Ongs recebiam verbas e repassavam para 5 clínicas veterinárias conveniadas que faziam as castrações. O prefeito também, na época, foi o primeiro a tomar providências em relação à questão dos cavalos dos passeios de Vitórias, construindo onde hoje é o Parque Natural Municipal, um abrigo para os mesmos, com baias cobertas, alimentação adequada, curso para os charreteiros aprenderem a maneira correta de cuidas dos animais. Infelizmente o mesmo foi desativado pelo governo anterior.


    Atenciosamente

    Coordenadoria de Comunicação Social
    Prefeitura Municipal de Petrópolis

    ResponderExcluir
  9. Pessoal do Rio! bóra botar a boca no trombone, Isso não pode continuar

    ResponderExcluir
  10. Da onde que dou R$ 60,00 num passeio de charrete. Aliás, não dou em nenhum outro tipo de veículo. A pessoa que vai fazer turismo na cidade, tem que fazê-lo a pé, isso que a graça de fazer turismo e não ficar explorando os pobres animais. Esses charreteiros que vão procurar outra coisa para fazer e parar de escravizar os pobres cavalos.

    ResponderExcluir
  11. Sempre achei absurda a utilização de animais para serviços pesados, em especial os cavalos. Lembro que na Disney eram utilizados cavalos para se puxarem bondes dentro dos parques. Graças a Deus essa prática abominável foi colocada de lado. Mas o que mais me chocou foi uma notícia, anos atrás, de cavalos puro sangue, utilizados nas corridas, quando aposentados, em vez de curtirem seu merecido descanso em pastos verdejantes, eram enviados ao Japão, direto para matadouros, como base de ração para cães e gatos. Gente, ultrajante! Maldoso! Cruel! Por que o serumano tem que ser desse jeito? Serio, não aguento mais tanta desgraça envolvendo bichos!

    ResponderExcluir
  12. E falando em Japão, já ouviram falar do live sushi? Os animais são preparados pela metade. Ou seja, pegando um sapo como exemplo. O sushi man abre o animal da metade pra baixo, tira as tripas, pica, tempera... Tudo isso com a parte de cima viva e sentindo tudo. Alíás essa é a graça da prática, segundo os consumidores japoneses. Vc comer enquanto o animal ainda vive! Esse é um país desenvolvido? Civilizado? Pelo amor de Deus! O que essa gente merece??????

    ResponderExcluir
  13. Ana Lucia Nunes26/06/2013, 21:56

    Essa bestialidade que chamam de "tradição" é vergonhosa e indecente !!!
    O pior é que dia após dia vemos essa crueldade ocorrer e nada acontece com esses pilantras (donos das charretes e turistas que as usam) .
    Até quando ???

    ResponderExcluir

Agradecemos seu comentário, porém, não publicaremos palavrões ou ofensas.
Os comentários não representam a opinião do portal; a responsabilidade é do autor da mensagem.

EM DESTAQUE


RECEBA NOSSOS BOLETINS DIÁRIOS

Licença Creative Commons

"O GRITO DO BICHO"

é licenciado sob uma Licença

Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas

 

SAIBA MAIS


Copyright 2007 © Fala Bicho

▪ All rights reserved ▪