05/09/2012

Ação da Defensoria Pública suspende passeios de charrete em Petrópolis

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Clica na imagem para ver a matéria do Bom dia Rio da TV Globo de 04/09/12, onde nossa companheira Ana Cristina fala sobre o assunto:


" NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE O POSSÍVEL FIM DAS CHARRETES" 
De AnimaVida:

"Não nos surpreendeu a iniciativa da Defensoria Pública em acionar o município de Petrópolis, já que estamos acompanhando de perto as tentativas feitas para que o Termo de Ajustamento de Conduta, assinado em 2010, seja cumprido na íntegra.

Através do projeto Charreteiro Sangue Bom, iniciado em 2007, a AnimaVida teve
a oportunidade de conhecer de perto a atividade das charretes e a situação dos cavalos nela utilizados. Após 5 anos, podemos afirmar, sem medo de errar, que a grande maioria dos animais é bem cuidada. As infrações são cometidas sempre pelos mesmos condutores, já conhecidos do órgão fiscalizador – a CPTrans. O que não entendemos é porque as punições não acontecem. A legislação prevê multas, suspensão e cassação da licença, mas, no dia-a-dia, apenas multas são aplicadas sendo que estas podem ser pagas somente no momento da renovação da licença. Ou seja, o efeito punitivo é zero já que o infrator continua trabalhando normalmente e pode “empurrar” a punição por muitos meses.

A AnimaVida reconhece como válida a iniciativa da Defensoria Pública, mas esclarece o público que o fim das charretes não trará melhorias para os cavalos como um todo. Muito pelo contrário, eles perderão todos os cuidados e atenção que vêm recebendo hoje. Com a extinção da atividade, a venda dos animais será inevitável e, a partir disso, eles deixarão de ter exames médicos periódicos, vacinação, vermifugação e, por serem todos microchipados, também perderão a possibilidade de se ter a identificação de quem, eventualmente, lhes maltratar. A microchipagem é uma ótima ferramenta para identificar responsáveis por maus tratos em animais, já que os donos desses cavalos são cadastrados no município, o que nos dá meios de conhecê-los e denunciá-los, se necessário for. Detalhe importante: não há nenhum tipo de assistencialismo, pois os donos dos animais é que pagam por tudo o que é feito. A AnimaVida somente negocia preços e descontos. Ou seja, houve uma conscientização, por parte dos charreteiros, da necessidade de investirem na saúde dos animais.

Sendo assim, só nos resta lamentar o provável triste desfecho dessa história, pois, devido à omissão e inoperância do Poder Público, o destino de animais, hoje bem cuidados em sua maioria, passará a ser incerto. Conhecendo seus locais de origem, acreditamos que muitos voltarão a puxar carroças na Baixada Fluminense ou a serem explorados em atividades irregulares como as dos lagos de Nogueira e Quitandinha.
ANA CRISTINA DE C. RIBEIRO
Coordenadora de Atividades
AnimaVida
Tel: 2222.2085"

Um comentário:

  1. Essa atividade exploratória em carroças e charretes tem qu acabar! Um a um, gerando cada vez mais jurisprudência, como no caso dos rodeios. E assim como no caso de rodeios, não há justificativas bem-estaristas para sermos a favor da manutenção. Devemos exigir que o Estado, assim como diz na constituição, seja tutor legal desses animais ao proibirem a atividade, e os encaminhem para santuários particulares, financiando sua aposentadoria sem procriação. E como indenização, encaminhar os charreteiros para outras atividades ou lhes fornecer veículos de transporte substitutivos. Pq se infelizmente os animais são tidos como BENS na constituição (e isso temos q mudar! nunca se satisfazer com a situação em que está), assim como quando é preciso desalojar pessoas para construção de estradas, lhes retirando o bem casa, o animal também deverá ser retirado mediante indenização. Onde há exploração há sofrimento, independente de como ela é feita. Eu fui mês retrasado em Petrópolis e vi de perto a situação dos cavalos: TRISTE! Chorei horrores.

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