Esta matéria foi vinculada em 30/12/11 pela TV Tem, Sorocaba, afiliada da Rede Globo. Sinceramente, eu acho estranho o Projeto GAP. Dentre as restrições que tenho e considero que poderiam ser modificadas (minha crítica é construtiva) é sobre o ambiente ser muito árido e o estímulo ao acasalamento entre os indivíduos. Dizem os técnicos de lá que estes animais vivem em família e que precisam ter filhos para se "equilibrarem". Ora bolas, vc. resolve um problema com outro? criar uma "família" de chimpanzés para ficar emparedada, também? teriam meu total apoio se fossem reintroduzidos, mas, do Brasil à África há uma longa distância, não? Ah, observem que no final do vídeo, o jornalista informa: "São 53 chimpanzés que farão suas famílias e vão presentear o mundo com seus filhotes..." Que mundo, cara pálida? Olhem só:
Jimmy, o chimpanzé que sofria maus tratos Zoológico de Niterói, no Rio de Janeiro, agora ganhou uma companheira. Ele ainda está tímido e não quer saber de namorar, mas para os especialistas só o convívio com Samanta já é uma grande conquista."
Bem, ontem, o GAP publicou notícias mais recentes sobre a nova família do Jimmy que se entendeu com uma companheira que tem duas filhas. Quero que este animal seja feliz, porem, não quero ver nenhum filhote ser criado entre paredões sem nunca conhecer seu habitat natural. Estou errada?
Notícias
28/03/2012
SANTUÁRIO DE SOROCABA
Durante mais de seis meses temos trabalhado todos os dias disponíveis no Santuário para aproximar Jimmy primeiramente com Samantha e depois com suas duas filhas: Sofia de quase 3 anos e Sara, de quase 2.
Antes de tudo, devíamos conhecer a índole de Jimmy, suas perturbações psíquicas e antecipar suas reações. Enfim, estávamos trabalhando com alguém profundamente perturbado, pela vida que levou durante mais de 10 anos num recinto minúsculo em um zoológico super lotado de animais e de gente.
Samantha e suas filhas são primatas normais, que praticamente nunca sofreram em mãos humanas e foram criadas por nós integralmente. Semanas atrás, Samantha se aproximou de Jimmy e ambos conviveram vários dias do mês juntos; nos outros dias ela deveria se dedicar ao seu grupo, o de Guga, e às suas filhas.
Na etapa seguinte – a mais delicada – deveríamos aproximar as bebês dele, pois ele demonstrou repetidamente que gostava delas. Primeiro abrimos a janela que dividia os recintos, para que pudessem interagir com as mãos. Mais tarde, quando essa etapa foi superada sem nenhuma agressão, e Samantha não demonstrava temor do contato de suas filhas com ele, passamos a tentar a aproximação física. Primeiro de Sofia com Jimmy, com a presença da mãe. Sofia é muito atrevida, bate e morde Jimmy, e ele não reage. Ao contrário, acompanha a brincadeira. No primeiro dia foi fantástica a integração de ambos.
Sara ficava observando do corredor, mas tínhamos medo de colocá-la, que Jimmy a procurasse e que Sofia o atacasse por medo dele fazer algo contra ela. Porém, no domingo passado (25 de março), decidimos juntá-los. Samantha não reagiu quando abrimos a porta e deixamos as duas entrar no recinto de Jimmy. Sofia que se faz de “mãe” de Sara em muitas oportunidades, desviava a atenção de Jimmy para ela, a fim de proteger a irmã. Aos poucos minutos, Sara foi para cima de Jimmy e bateu nele levemente. Jimmy não se importou, ai Sofia ganhou confiança de que nada de mal poderia acontecer e começou a brincar com Jimmy, incorporando Sara na brincadeira. Samantha observava de perto a interação sem demonstrar temor.
Jimmy foi para o centro do recinto e elas o acompanharam. Num momento Sara e ele ficaram juntos, e ele fez carinho nela. Aí eu já sabia que aquela relação estava consolidada.
Essa noite a família dormiu junta. Sara e Sofia abraçadas no dormitório de Jimmy, Samantha perto e Jimmy fora na casinha externa, como é habitual, já que ele padece de claustrofobia e só entra nos refeitórios e dormitórios por poucos minutos. Ele tem pavor de ser trancafiado, como o foi num pequeno espaço durante anos a fio.
Jimmy ganhou uma família. E que família! Não sabemos se ele vai aguentar as atividades que aquelas duas bebês desenvolvem o dia todo, mas tenho certeza de que os fantasmas tenebrosos do seu passado agora estarão sepultados para sempre.
Dr. Pedro A. Ynterian
Presidente, Projeto GAP Internacional
Notícia relacionada:
http://www.projetogap.org.br/pt-BR/noticias/Show/4099,imagens-de-jimmy-com-sua-nova-companheira
Durante mais de seis meses temos trabalhado todos os dias disponíveis no Santuário para aproximar Jimmy primeiramente com Samantha e depois com suas duas filhas: Sofia de quase 3 anos e Sara, de quase 2.
Antes de tudo, devíamos conhecer a índole de Jimmy, suas perturbações psíquicas e antecipar suas reações. Enfim, estávamos trabalhando com alguém profundamente perturbado, pela vida que levou durante mais de 10 anos num recinto minúsculo em um zoológico super lotado de animais e de gente.
Samantha e suas filhas são primatas normais, que praticamente nunca sofreram em mãos humanas e foram criadas por nós integralmente. Semanas atrás, Samantha se aproximou de Jimmy e ambos conviveram vários dias do mês juntos; nos outros dias ela deveria se dedicar ao seu grupo, o de Guga, e às suas filhas.
Na etapa seguinte – a mais delicada – deveríamos aproximar as bebês dele, pois ele demonstrou repetidamente que gostava delas. Primeiro abrimos a janela que dividia os recintos, para que pudessem interagir com as mãos. Mais tarde, quando essa etapa foi superada sem nenhuma agressão, e Samantha não demonstrava temor do contato de suas filhas com ele, passamos a tentar a aproximação física. Primeiro de Sofia com Jimmy, com a presença da mãe. Sofia é muito atrevida, bate e morde Jimmy, e ele não reage. Ao contrário, acompanha a brincadeira. No primeiro dia foi fantástica a integração de ambos.
Sara ficava observando do corredor, mas tínhamos medo de colocá-la, que Jimmy a procurasse e que Sofia o atacasse por medo dele fazer algo contra ela. Porém, no domingo passado (25 de março), decidimos juntá-los. Samantha não reagiu quando abrimos a porta e deixamos as duas entrar no recinto de Jimmy. Sofia que se faz de “mãe” de Sara em muitas oportunidades, desviava a atenção de Jimmy para ela, a fim de proteger a irmã. Aos poucos minutos, Sara foi para cima de Jimmy e bateu nele levemente. Jimmy não se importou, ai Sofia ganhou confiança de que nada de mal poderia acontecer e começou a brincar com Jimmy, incorporando Sara na brincadeira. Samantha observava de perto a interação sem demonstrar temor.
Jimmy foi para o centro do recinto e elas o acompanharam. Num momento Sara e ele ficaram juntos, e ele fez carinho nela. Aí eu já sabia que aquela relação estava consolidada.
Essa noite a família dormiu junta. Sara e Sofia abraçadas no dormitório de Jimmy, Samantha perto e Jimmy fora na casinha externa, como é habitual, já que ele padece de claustrofobia e só entra nos refeitórios e dormitórios por poucos minutos. Ele tem pavor de ser trancafiado, como o foi num pequeno espaço durante anos a fio.
Jimmy ganhou uma família. E que família! Não sabemos se ele vai aguentar as atividades que aquelas duas bebês desenvolvem o dia todo, mas tenho certeza de que os fantasmas tenebrosos do seu passado agora estarão sepultados para sempre.
Dr. Pedro A. Ynterian
Presidente, Projeto GAP Internacional
Notícia relacionada:
http://www.projetogap.org.br/pt-BR/noticias/Show/4099,imagens-de-jimmy-com-sua-nova-companheira
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Tá errada não Sheila! Tá certinha!
ResponderExcluirPra que deixar procriar para mais animais "viverem" em cativeiro?!?!????!!! Isso é continuar a tortura!
Eles tinham que rever isso...
Concordo com o projeto ajudar os chipanzés que já não tem mais volta pra natureza, que não se adaptariam mais, pelo menos para viverem até o fim de suas vidas no santuário.
Isso é continuar o HOLOCAUSTO ANIMAL.
ResponderExcluirClaro q o GAP ajuda os animais, mas vi e vejo os mais diversos protetores puxarem o saco do dono do GAP, sem questionar essa procriaçao dos animais.
ResponderExcluirJá entrei no site e vi que quase nao há árvores. Como ele quer recriar o ambiente natural com paredes e SEM ÁRVORES?? Pelo que vi é um campo aberto com um brinquedo no meio, cercado de paredes. Parece uma masmorra.Se estes animais do GAP tivessem terapia ocupacional, nao precisariam de filhos, assim como muitas parideiras por aí.
completamente surreal que o pessoal do GAP estimule e propicie a reprodução de chimpanzés resgatados. o que vão fazer com tanto bicho criado em cativeiro? o pessoal parece não ter nenhuma noção do que é resgatar de maus tratos animais exóticos.
ResponderExcluirVocê esta certíssima. Quem realmente ama não quer estes animais presos em jaulas. A procriação deve acontecer somente em ambiente natural.
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