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Criada pela ONU Meio Ambiente para conscientizar as pessoas sobre as consequências catastróficas da caça e tráfico ilegais de vida silvestre, a campanha ‘Feroz pela Vida’ foi eleita pelo público para receber um dos Webby Awards – premiação conhecida como o “Oscar da Internet”. Iniciativa das Nações Unidas teve apoio de Gisele Bündchen, Ian Somerhalder, Gael García Bernal, Neymar Jr. e outras celebridades que mobilizaram as redes sociais, alcançando mais de 1 bilhão de pessoas.
Criada pela ONU Meio Ambiente para conscientizar as pessoas sobre as consequências catastróficas da caça e tráfico ilegais de vida silvestre, a campanha “Feroz pela Vida” foi eleita pelo público para receber um dos Webby Awards – premiação conhecida como o “Oscar da Internet”. A iniciativa da agência das Nações Unidas levou o prêmio na categoria “Verde” da competição, que teve seus resultados anunciados nesta semana (25).
A “Feroz pela Vida” convoca usuários da rede mundial de computadores a se colocar na pele de um animal ou planta em risco de extinção por causa de atividades predatórias e comerciais ilícitas. Por meio do site do projeto, é possível criar um avatar com uma foto pessoal e a imagem da espécie selecionada a partir de um teste online.
A campanha recebeu o apoio de embaixadores da Boa Vontade da ONU Meio Ambiente, como a modelo brasileira Gisele Bündchen e o ator norte-americano Ian Somerhalder. Outras celebridades, atletas e ativistas também se uniram à causa, como a ambientalista britânica Jane Goodall, o ator mexicano Gael García Bernal, o jogador de futebol Neymar Jr., o ator norte-americano Adrian Grenier e o cantor libanês Ragheb Alama.
Com a ajuda dos famosos, a iniciativa alcançou mais de 1 bilhão de pessoas e registrou mais de 4,5 milhões de interações nas redes sociais. Doze mil indivíduos assinaram o compromisso da “Feroz pela Vida” contra o comércio ilegal da vida selvagem – o que implica não apenas se opor à matança de espécimes silvestres, mas também recusar a compra, recolhimento ou doação de produtos feitos com matérias-primas originárias da caça e venda ilícitas.
Em 2017, o Webby Awards chega à sua 21ª edição. A competição recebeu inscrições de 13 mil projetos concorrentes e mais de 3 milhões de votos do público. A premiação reconhece as melhores produções em vídeo, sites, campanhas e outros formatos concebidas para a internet.
A vitória da “Feroz pela Vida” vem logo após o sucesso da iniciativa em outro prêmio, o Hermes Creative Awards. O projeto da ONU Meio Ambiente foi reconhecido em três categorias – medalha de platina por site na categoria de iniciativas sem fins lucrativos, medalha de ouro para campanha de comunicação e marketing e ouro também no quesito capacidades interativas.
A ONU Meio Ambiente lembra que o tráfico ilegal de vida silvestre é responsável pelo assassinato de milhares de animais. De 2010 a 2012, cerca de 100 mil elefantes foram mortos por conta do valor de suas presas. De 1970 a 1992, 96% de todos os rinocerontes do mundo desapareceram, vítimas da caça ilegal. Nos últimos anos, o animal deixou de ser visto em vários países onde, antes, ele era uma espécia nativa.
Também no século passado, 95% da população de tigres foi dizimada. Atualmente, existem apenas 3,5 mil espécies vivendo em seu habitat natural. A lista, alerta a agência da ONU, continua: só sobraram cerca de 4 mil leopardos-das-neves na Ásia Central, após anos de matança; em anos recentes, 1 milhão de pangolins foram mortos na África e na Ásia.
A caça e comércio ilegais também ameaçam a vida dos próprios seres humanos, pois a extinção de espécies está associada à escassez de meios de subsistência fornecidos por ecossistemas equilibrados, além ser responsável pela eliminação de recursos para o setor de turismo.
Outro perigo é o uso dos lucros do mercado ilegal no financiamento de outras atividades criminosas, como terrorismo. No passado, foi comprovado que a venda de presas de elefantes sustentou grupos extremistas, e a exploração ilícita de recursos naturais, incluindo da vida silvestre, liberou verba para entidades armadas de 18 guerras civis desde 1990.
Confira a lista completa de celebridades que apoiaram a “Feroz pela Vida” clicando aqui.
A campanha foi financiada com contribuições do governo da Noruega, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (CITES), bem como de outros colaboradores como a Discovery Communications, a Highlands Coffee, a Kenya Airways e a empresa de videogames Rovio, do jogo Angry Birds.
FONTE: nacoesunidas