Posso falar? eu não levo nenhum cão meu às estas praias nojentas do Rio porque ele pode pegar doenças de humanos ou de outros cães de humanos relaxados. Ponto. Falei. Eu, hein!!!
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Movimento 'Vai ter cachorro na praia, sim' quer faixas de areia onde animais sejam permitidos
RIO - Donos de cães que não abrem mão da companhia de
seus animais de estimação estão mobilizados para garantir a presença deles nas praias do Rio. O movimento, que começou nas redes sociais, principalmente o Instagram, quer que algum vereador do município envie um projeto de lei para ser votado na Câmara Municipal, em que o objetivo seria a criação de uma faixa de areia onde os animais possam ir com seus donos. Criado em agosto deste ano, a campanha "Vai ter cachorro na praia, sim" deseja uma legislação menos restritiva à presença dos cachorros nas praias da cidade. A proibição existe desde 2001 no Código Posturas Municipais e ganhou ainda mais força em 2008, após um decreto do então prefeito Cesar Maia.
Para dar mais visibilidade à campanha, os organizadores do movimento procuraram bombar a hashtag #vaitercachorronapraiasim, por meio de perfis de cães que, em plena era das redes sociais, se tornaram influenciadores digitais com milhares de seguidores, principalmente no Instagram. Nessa rede social, o perfil do movimento posta uma série de fotos de cachorros nas praias, inclusive fora da cidade, já proibição da circulação dos animais na areia vale em vários municípios do Brasil.
Entre os perfis populares no país que apoiam que mostram frequentemente fotos dos animais nas praias, estão o do Labrador Bono, o cão surfista com mais de 50 mil seguidires no Instagram, o da dálmata Titi, com 32 mil, e o yorkshire Cookie, que tem 10 mil seguidores e, embora não tenha uma legião de fãs virtuais, foi a razão para o pontapé inicial da campanha.
Idealizadora do movimento, a arquiteta e radialista Adriana Cassas, dona de Titi, conta que a ideia da campanha surgiu em agosto, após uma foto de Cookie, que pertence a um amigo dela, em uma praia do Rio ser alvo de vários comentários hostis e críticas nas redes sociais. Ela explica que, a partir daí, ela e outros amigos iniciaram uma mobilização em duas frentes: uma nas redes sociais, com protestos temáticos todas as terças-feiras, e outra que tivesse efeito prático com a mudança na legislação.
Além das fotos semanais hashtags nas redes sociais, a campanha procura convencer algum vereador a enviar para votação na Câmara Municipal um projeto de lei mais permissivo à presença dos cachorros nas praias cariocas.
- Não queremos ocupar toda a praia, pois sabemos que as pessoas têm o direito de não gostar de cães ou não quererem dividir o mesmo espaço que eles. O que reivindicamos é a reserva de uma pequena faixa de areia onde possamos levá-los. Já existe uma norma que determina que devemos recolher as fezes dos animais nas ruas, o que está totalmente correto - comenta Adriana. No nosso projeto, também exigimos que os donos dos animais estejam com a vacinação dos cães esteja em dia e em posse da carteira de vacinação sempre os levem à praia. Ou seja, haveria regras para usarmos esses espaços.
Adriana frisa que o projeto conta com a adesão de biólogos e veterinários que garantem existir uma série de mitos sobre os riscos para os seres humanos que dividem o mesmo ambiente com cachorros nas praias, como o contágio de doenças. Ela também explica que um outro grande objetivo da campanha é desconstruir a ideia de que os cães podem atacar pessoas na praia.
- O que eu vejo é que ainda existe um preconceito motivado muito pela desinformação. Muitos pais acham que os cachorros podem atacar as crianças, o que faz pouco sentido, pois já existe uma lei. Raças consideradas perigosas precisam usar focinheira e coleira em vias públicas. Já os cães de outras raças que são levados à praia são dóceis. Se formos puxar pala memória, qual foi a última vez que uma pessoa foi atacada na praia por um cachorro? - indaga.
A adesão de especialistas nas área da veterinária e biologia é considerada pelos organizadores do movimento como parte fundamental para a credibilidade da campanha. Há o entendimento geral de de que o apoio dos profissionais que mais entendem de saúde e cuidados animais pode aumentar as chances de a representação que será apresentada à Câmara Municipal possa ser acolhida por algum vereador que apresente, no futuro, um projeto de lei ao plenário.
ESPECIALISTAS DIVERGEM SOBRE RISCOS À SAÚDE HUMANA
A veterinária Márcia Baptista argumenta que animais saudáveis, devidamente vacinados, vermifugados e que têm as fezes recolhidas as fezes recolhidas por seus donos não oferecem risco à saúde humana nas praias. Ela esclarece que o grande risco está relacionado aos animais de rua em geral, que não recebem os mesmos cuidados dos cães domésticos.
- Essa norma, que até 2001 não existia, é motivada pelo preconceito. Se um animal tem a sua vacinação em dia e está devidamente medicado, a chance de ums pessoa contrair algum tipo de doença é praticamente zero, até porque a maioria das doenças caninas não são contraídas por humanos. A verdadeira preocupação da prefeitura deveria ser com os cães que vivem nas ruas, pois esses, sim, circulam livremente pelas ruas e praias, sem nenhum tipo de tratamento. Mas como não têm donos, não há quem a prefeitura possa punir. Os pombos que voam livremente pela cidade nunca tiveram sua população controlada, e são muito mais perigosos do que um cão bem cuidado, que é inofensivo à saúde humana - critica.
Já a dermatologista Ana Maria Mósca Cerqueira, da Câmara Técnica de Dermatologia do Cremerj. Ela esclarece que os maiores riscos para as pessoas estão justamente nas fezes dos cachorros, mesmo após elas serem recolhidas das praias. Ela explica que, a longo prazo, uma área com livre circulação de cães poderia contaminar as areias devido ao acúmulo de bactérias dos resíduos líquidos dessas fezes, que penetram no solo.
- É preciso esclarecer que as fezes dos cachorros são pastosas, ou seja, há uma parte sólida e outra líquida. Esses resíduos líquidos penetram na areia, então há um enorme risco quando se permite a livre circulação de cães. Esses dejetos são substâncias contaminadas por bactérias, que podem causar infecções cutâneas (de pele) bacterianas, especialmente em crianças e pessoas de pele mais sensível - frisa.
Cachorros que arrastam multidões de seguidores nas redes sociais
O simpático Marutaro conta com mais de 2,6 milhões de seguidores no Instagram Foto: Reprodução / Instagram
A dermatologista ressalta que a urina canina, a exemplo da humana, é estéril, ou seja, não possui propriedades que ofereçam risco à saúde. Contudo, Ana Mósca pontua que a genitália dos cães, por ficar sempre exposta e não ser higienizada regularmente, contamina os resíduos da urina.
- Por mais que o risco de algum tipo de contaminação pela urina seja menor do que no caso das fezes, ele ainda existe. Por isso, é importante que os donos entendam que os cães não devem ficar na areia da praia.
De acordo com a Guarda Municipal, o Código de Posturas da cidade, o quarto artigo do regulamento nº 10 do código proíbe a presença de animais na areia das praias do município, cabendo aos agentes do Grupamento Especial de Praia (GEP) fazer essa fiscalização. Em relação ao cão na areia, ainda não há previsão de aplicação de multas, então os guardas realizam um trabalho de orientação.
Em caso de desobediência, o dono do animal pode ser encaminhado à delegacia mais próxima. A Guarda Municipal esclarece ainda que no primeiro mês da Operação Verão, iniciada no dia 30 de setembro, os agentes do GEP retiraram 569 cães da areia das praias das zonas Sul e Oeste da cidade. Já com relação às fezes dos animais na areia, está prevista a aplicação de multa por equipes do Lixo Zero a donos de cães e gatos que não fazem a coleta dos dejetos.
RIO - Donos de cães que não abrem mão da companhia de
seus animais de estimação estão mobilizados para garantir a presença deles nas praias do Rio. O movimento, que começou nas redes sociais, principalmente o Instagram, quer que algum vereador do município envie um projeto de lei para ser votado na Câmara Municipal, em que o objetivo seria a criação de uma faixa de areia onde os animais possam ir com seus donos. Criado em agosto deste ano, a campanha "Vai ter cachorro na praia, sim" deseja uma legislação menos restritiva à presença dos cachorros nas praias da cidade. A proibição existe desde 2001 no Código Posturas Municipais e ganhou ainda mais força em 2008, após um decreto do então prefeito Cesar Maia.
Para dar mais visibilidade à campanha, os organizadores do movimento procuraram bombar a hashtag #vaitercachorronapraiasim, por meio de perfis de cães que, em plena era das redes sociais, se tornaram influenciadores digitais com milhares de seguidores, principalmente no Instagram. Nessa rede social, o perfil do movimento posta uma série de fotos de cachorros nas praias, inclusive fora da cidade, já proibição da circulação dos animais na areia vale em vários municípios do Brasil.
Entre os perfis populares no país que apoiam que mostram frequentemente fotos dos animais nas praias, estão o do Labrador Bono, o cão surfista com mais de 50 mil seguidires no Instagram, o da dálmata Titi, com 32 mil, e o yorkshire Cookie, que tem 10 mil seguidores e, embora não tenha uma legião de fãs virtuais, foi a razão para o pontapé inicial da campanha.
Idealizadora do movimento, a arquiteta e radialista Adriana Cassas, dona de Titi, conta que a ideia da campanha surgiu em agosto, após uma foto de Cookie, que pertence a um amigo dela, em uma praia do Rio ser alvo de vários comentários hostis e críticas nas redes sociais. Ela explica que, a partir daí, ela e outros amigos iniciaram uma mobilização em duas frentes: uma nas redes sociais, com protestos temáticos todas as terças-feiras, e outra que tivesse efeito prático com a mudança na legislação.
Além das fotos semanais hashtags nas redes sociais, a campanha procura convencer algum vereador a enviar para votação na Câmara Municipal um projeto de lei mais permissivo à presença dos cachorros nas praias cariocas.
- Não queremos ocupar toda a praia, pois sabemos que as pessoas têm o direito de não gostar de cães ou não quererem dividir o mesmo espaço que eles. O que reivindicamos é a reserva de uma pequena faixa de areia onde possamos levá-los. Já existe uma norma que determina que devemos recolher as fezes dos animais nas ruas, o que está totalmente correto - comenta Adriana. No nosso projeto, também exigimos que os donos dos animais estejam com a vacinação dos cães esteja em dia e em posse da carteira de vacinação sempre os levem à praia. Ou seja, haveria regras para usarmos esses espaços.
Adriana frisa que o projeto conta com a adesão de biólogos e veterinários que garantem existir uma série de mitos sobre os riscos para os seres humanos que dividem o mesmo ambiente com cachorros nas praias, como o contágio de doenças. Ela também explica que um outro grande objetivo da campanha é desconstruir a ideia de que os cães podem atacar pessoas na praia.
- O que eu vejo é que ainda existe um preconceito motivado muito pela desinformação. Muitos pais acham que os cachorros podem atacar as crianças, o que faz pouco sentido, pois já existe uma lei. Raças consideradas perigosas precisam usar focinheira e coleira em vias públicas. Já os cães de outras raças que são levados à praia são dóceis. Se formos puxar pala memória, qual foi a última vez que uma pessoa foi atacada na praia por um cachorro? - indaga.
A adesão de especialistas nas área da veterinária e biologia é considerada pelos organizadores do movimento como parte fundamental para a credibilidade da campanha. Há o entendimento geral de de que o apoio dos profissionais que mais entendem de saúde e cuidados animais pode aumentar as chances de a representação que será apresentada à Câmara Municipal possa ser acolhida por algum vereador que apresente, no futuro, um projeto de lei ao plenário.
ESPECIALISTAS DIVERGEM SOBRE RISCOS À SAÚDE HUMANA
A veterinária Márcia Baptista argumenta que animais saudáveis, devidamente vacinados, vermifugados e que têm as fezes recolhidas as fezes recolhidas por seus donos não oferecem risco à saúde humana nas praias. Ela esclarece que o grande risco está relacionado aos animais de rua em geral, que não recebem os mesmos cuidados dos cães domésticos.
- Essa norma, que até 2001 não existia, é motivada pelo preconceito. Se um animal tem a sua vacinação em dia e está devidamente medicado, a chance de ums pessoa contrair algum tipo de doença é praticamente zero, até porque a maioria das doenças caninas não são contraídas por humanos. A verdadeira preocupação da prefeitura deveria ser com os cães que vivem nas ruas, pois esses, sim, circulam livremente pelas ruas e praias, sem nenhum tipo de tratamento. Mas como não têm donos, não há quem a prefeitura possa punir. Os pombos que voam livremente pela cidade nunca tiveram sua população controlada, e são muito mais perigosos do que um cão bem cuidado, que é inofensivo à saúde humana - critica.
Já a dermatologista Ana Maria Mósca Cerqueira, da Câmara Técnica de Dermatologia do Cremerj. Ela esclarece que os maiores riscos para as pessoas estão justamente nas fezes dos cachorros, mesmo após elas serem recolhidas das praias. Ela explica que, a longo prazo, uma área com livre circulação de cães poderia contaminar as areias devido ao acúmulo de bactérias dos resíduos líquidos dessas fezes, que penetram no solo.
- É preciso esclarecer que as fezes dos cachorros são pastosas, ou seja, há uma parte sólida e outra líquida. Esses resíduos líquidos penetram na areia, então há um enorme risco quando se permite a livre circulação de cães. Esses dejetos são substâncias contaminadas por bactérias, que podem causar infecções cutâneas (de pele) bacterianas, especialmente em crianças e pessoas de pele mais sensível - frisa.
Cachorros que arrastam multidões de seguidores nas redes sociais
O simpático Marutaro conta com mais de 2,6 milhões de seguidores no Instagram Foto: Reprodução / Instagram
A dermatologista ressalta que a urina canina, a exemplo da humana, é estéril, ou seja, não possui propriedades que ofereçam risco à saúde. Contudo, Ana Mósca pontua que a genitália dos cães, por ficar sempre exposta e não ser higienizada regularmente, contamina os resíduos da urina.
- Por mais que o risco de algum tipo de contaminação pela urina seja menor do que no caso das fezes, ele ainda existe. Por isso, é importante que os donos entendam que os cães não devem ficar na areia da praia.
De acordo com a Guarda Municipal, o Código de Posturas da cidade, o quarto artigo do regulamento nº 10 do código proíbe a presença de animais na areia das praias do município, cabendo aos agentes do Grupamento Especial de Praia (GEP) fazer essa fiscalização. Em relação ao cão na areia, ainda não há previsão de aplicação de multas, então os guardas realizam um trabalho de orientação.
Em caso de desobediência, o dono do animal pode ser encaminhado à delegacia mais próxima. A Guarda Municipal esclarece ainda que no primeiro mês da Operação Verão, iniciada no dia 30 de setembro, os agentes do GEP retiraram 569 cães da areia das praias das zonas Sul e Oeste da cidade. Já com relação às fezes dos animais na areia, está prevista a aplicação de multa por equipes do Lixo Zero a donos de cães e gatos que não fazem a coleta dos dejetos.
FONTE: oglobo
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