04/11/2017

Conheça a prova de rodeio “cutiano” praticada só no Brasil

A maioria da proteção desconhece as características e modalidades que exitem nos rodeios. Estou mostrando uma delas que é feita com cavalo. O setor alega que as provas com bois são mais desafiadoras e por isso tem mais destaque. Mas, na verdade parece que os próprios envolvidos nestes "eventos de tortura" protegem mais os cavalos. Fiquem informados.
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A prova de rodeio “cutiano” é uma autêntica criação brasileira. As festas de peão mostram diversas provas de montaria, a maioria delas criadas no exterior. Porém a prova “cutiano”, é o um tipo criado em solo brasileiro e que, atualmente, é praticada apenas aqui.

A palavra “cutiano” é baseada no formato do arreio de um “V” ao contrário. Originado nas antigas comitivas, a história registra que essa modalidade tomou forma e começou a acontecer oficialmente no País apenas em 1956, na famosa Festa de Peão de Barretos. Nesse ano, o vencedor que estreou o pódio da categoria foi o peão Aníbal de Araújo.

O rodeio “cutiano” é um esporte de montaria em cavalo conhecido por ser a prova de uma mão só. Grosso modo, a prova consiste em demonstrar a habilidade do peão em manter o equilíbrio apenas com uma mão.


Vamos nos aprofundar na explicação. O competidor deve ser habilidoso o suficiente para segurar as rédeas com apenas uma das mãos enquanto o cavalo pula. Esse processo deve durar por, no mínimo, 8 segundos. E a regra é clara: é contra as regras usar as duas mãos ao mesmo tempo. O peão não pode nem mesmo encostar a mão livre no próprio corpo. O uso do braço da mão livre para fazer o domínio do animal também não é permitido.

E quando o cavalo começa a pular que é o momento de exercer o equilíbrio máximo!

No primeiro pulo, o competidor posiciona as esporas sem pontas no pescoço do animal, acima da paleta do cavalo. E no segundo pulo, as esporas devem ser puxadas para trás. As esporas devem ser puxadas do pescoço, assim o peão consegue pegar a alça do arreio sempre seguindo o ritmo dos pulos que o equino dá.

Conheça os equipamentos obrigatórios
Como todas as provas de montaria, existem alguns equipamentos essenciais, porém essa competição exige alguns detalhes exclusivos. Confira:

Arreio: a estrutura da sela do arreio deve ter o assento desenvolvido em couro e que deve aprovado pela Federação Nacional do Rodeio Completo (FNRC).

Sela: a sela desse tipo de prova tem o formato mais alongado e não possui pito.

Baixeiro: o baixeiro é o que se coloca em cima dos arreios para deixar o lombo do equino protegido de possíveis danos. Para essa prova, é obrigatório o seu uso e também que o tamanho seja compatível com o equino.

Sédem: o sédem é um tipo de cinta que é colocada na altura da virilha do animal e que tem como objetivo o estimular. Para que esse ato não machuque o equino de nenhuma forma, o sédem precisa ser fabricado com um tipo de material macio, como lã ou algodão. Além disso, não pode ter acessórios pendurados, aumentando ainda mais a proteção ao animal.

Esporas: é obrigatório que as esporas tenham pontas arredondadas sempre pensando na segurança física e psicológica do cavalo.

Rédeas: essas “cordas” devem ter duas canas com a mesma espessura. O competidor não pode entrelaçar a rédea, apenas a torcer.

Piteira ou ferrinho: a argola do piteiro ou ferrinho não pode ter mais do que 2 centímetros ultrapassados da cabaça do arreio. Além disso, a distância entre as argolas deve ser de, no máximo, 6 centímetros.


O fiscal do brete faz a conferência de todos os equipamentos.

Quais são as roupas corretas
A vestimenta deve seguir o padrão de um cowboy. Faz parte desse vestuário, calçar o par de botas, usar um chapéu, a calça, o cinto com fivela e a camisa de manga longa.

Como é decidida a pontuação
O júri usa um sistema de pontos corridos que vai de 0 a 100. Veja alguns pontos interessantes sobre as regras dessa modalidade.

Como já dissemos o tempo que o peão deve ficar montado no animal é de 8 segundos. Ficar menos do que isso pode ocasionar em menos pontos. O pulo é um item importante para a tabela de pontos. Quanto mais alto o animal saltar e o competidor conseguir se manter em equilíbrio em cima dele, maior é a chance de receber uma boa pontuação.

Os juízes também consideram o estilo de montaria, giros, torções corporais e o grau de dificuldade que os pulos do animal impõem ao competidor. Por isso, é essencial que o competidor tenha um bom relacionamento do cavalo sempre o tratando com respeito.

Curiosidade: o peão pode escolher outro animal, se o equino em questão não quiser pular.

Destaques no cenário do rodeio “cutiano” atual
Marco Antônio da Silva é o destaque do momento. Marco é conhecido pelo apelido Pio da Palestina por ser da cidade de Palestina, no estado de São Paulo. Ele retém o título de tetracampeão do 24º Rodeio Internacional na 61ª Festa do Peão de Boiadeiro, que aconteceu em agosto de 2016.

Fonte: Rodeo West
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O Paraná é o estado que mais pratica esta modalidade
Cutiano é destaque da Copa Panther Rozeta em final no Paraná

Um comentário:

  1. Menos mal, mas ainda não é o ideal. Existem touros mecânicos, poderiam fabricar cavalos mecânicos também. Só o freio do cavalo já o machuca.

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