06/10/2017

Desembargador derruba liminar que impedia abate de cervos do Pampas Safari

E agora, gente? O que será que pode ser feito? galera de POA, manda as ordens se achar que podemos ajudar..... Que situação.... que nojo, minha Nossa!!!!!! Quem vai ter coragem de matar estes bichos sem laudo veterinário confirmando a tuberculose? 
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Foi cassada a liminar que impedia o sacrifício de cervos do Pampas Safari, em Gravataí, na Região Metropolitana de
Porto Alegre, por suspeita de contaminação por tuberculose. A decisão é do desembargador Armínio José Abreu Lima da Rosa, da 21º Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, e foi fundamentada com o argumento de "preservação da saúde pública", já que, segundo o juiz, há risco de proliferação da doença.

A decisão saiu no fim da tarde de quarta-feira (4), coincidentemente Dia Mundial dos Animais. Ainda pesou na avaliação do magistrado a chancela do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Secretaria Estadual da Agricultura para o abate dos cervos.

A ação popular que suspendia o sacrifício foi ajuizada pela deputada estadual Regina Becker Fortunati (REDE). "Não medirei esforços para reverter essa decisão que não levou em conta a inexistência de laudos que comprovem a presença da doença nos cervos", escreveu ela em um comunicado.


Na tarde desta quinta (5), um grupo de ambientalistas e defensores da causa animal foi até o Pampas Safari para uma manifestação contra a medida. "Explorados quando convém, mortos quando indesejados", dizia um dos cartazes.

Em agosto, 20 animais foram abatidos, em decisão que gerou polêmica e motivou uma série de protestos de ativistas. Entre os animais sacrificados, estavam quatro fêmeas prenhes.
O Ministério Público instaurou inquérito civil para apurar o caso. O Pampas Safari alega que o abate seria necessário, já que a doença representaria riscos para os outros animais e também para seres humanos.

No entanto, ativistas cobram a comprovação de que os cervos estavam realmente doentes. Na época, as amostras colhidas das carcaças foram encaminhadas ao Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, em Guaíba. Ao G1, o diretor Rogério Oliveira Rodrigues afirmou que enviou os laudos ao MP, mas salientou que não pode comentar o assunto, por orientação do setor jurídico do laboratório.

A promotora de Justiça Carolina Barth está em férias e não foi localizada para falar sobre a investigação, porém, a assessoria dela informou que "os resultados obtidos até agora foram negativos para tuberculose". Exames realizados entre outubro de 2016 e janeiro deste ano, validados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), também apontaram resultado negativo para tuberculina.

Fundado há 30 anos, o Pampas Safari fica no km 11 da ERS-020, entre Gravataí e Cachoeirinha. O local tem uma área de 300 hectares, mas está fechado para visitações desde novembro do ano passado e em processo de encerramento definitivo.


Sobre a polêmica
O abate de animais do Pampas Safari com suspeita de tuberculose se tornou uma das maiores polêmicas entre os ativistas neste ano. Um grupo organiza para sábado (7) à tarde a Marcha da Defesa Animal 2017, em frente ao local.

O impasse é antigo. Em abril, os donos do parque pediram autorização para abater os cervos e para que a carne dos animais que não tivessem a doença fosse vendida para consumo humano. O exame para comprovar a tuberculose só seria feito após a morte dos animais.

Na ocasião, o Ibama não autorizou, e pediu para o Safari fazer os exames com os animais vivos para que os saudáveis fossem retirados do rebanho contaminado. Os donos do parque disseram que não tinham dinheiro para fazer os exames e o tratamento dos cervos. Logo, pediram o abate emergencial de todos os animais.

Mas essa não é a primeira vez que casos de tuberculose aparecem no parque. Em 2007, búfalos foram contaminados. Em 2013, um novo surto atingiu camelos, lhamas e cervos. O Ibama chegou a interditar o local, mas ele reabriu três meses depois.
"O parque vem desde 2012 reiteradamente descumprindo os próprios planos de controle dessa doença que eles nos apresentam", explicou o médico veterinário do Ibama Paulo Wagner.

Em novembro de 2016, o Pampas Safari voltou a ser fechado, desta vez porque não cumpriu as medidas impostas pelo Ibama, como fazer exames para detectar tuberculose nos animais. Em agosto, o Ibama disse que os animais seriam mortos de qualquer jeito, porque a lei, no Brasil, permite o abate dessa espécie de cervo para consumo humano, da mesma forma como é feito com o gado, por exemplo. O Ibama acrescentou que o abate dos animais para consumo humano era normal enquanto o Safari estava funcionando.

O Ibama ainda garantiu que a prioridade é evitar que a tuberculose se espalhe, e que depois serão apuradas as responsabilidades dos donos do parque. Eles podem responder por crime ambiental, por deixarem os animais morrerem.

Fonte: G1 - RSBT

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