26/09/2017

Por que o Reino Unido está multando monges budistas

Pois é.... a boa intenção acaba virando uma tragédia... É igual a soltar canário belga em nosso ecossistema porque eles vão morrer. No caso, é provável que os caranguejos e as lagostas virem os vilões detonando todo sistema marinho.... Como podem provocar tamanho desastre? é que, hoje em dia, ninguém mais quer aprender nada.... todo mundo nasce já sabendo tudo.... eu hein... até monge...
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Ritual do século 3 mobiliza autoridades ambientais e pescadores para evitar desequilíbrio ecológico nas águas de Brighton  

A Justiça britânica aplicou uma multa equivalente a R$ 120 mil a dois monges budistas acusados de introduzir 700 lagostas e caranguejos nativos americanos no mar do balneário de Brighton, na costa sul do Reino Unido, em 2015. Para a dupla londrina Zhixiong Li, que é funcionário público, e Ni Li, que é bancário, a liberação dos animais era parte de um ritual chamado fangsheng, que teve origem no budismo no século 3. 

Ao libertar as lagostas e caranguejos, eles esperavam realizar boas ações de compaixão pela vida animal, aliviando o próprio karma – expressão que se refere ao que budistas acreditam ser uma espécie de carga negativa que se transmite ao longo de diferentes reencarnações, e que pode ser aliviada por meio de ações como o fangsheng. 

Para as autoridades, porém, a prática representa uma grave ameaça para o ecossistema marinho do Reino Unido, pois introduz espécies estrangeiras num habitat no qual não existem predadores naturais, o que leva a um desequilíbrio ecológico difícil de ser contido ou reparado. 

Animais soltos iam para restaurantes
Os budistas coordenavam um grupo maior, de entre 700 e 1.000 pessoas que, a propósito da visita ao Reino Unido do monge budista taiwanês Hai Tao, participaram da cerimônia de fangsheng. Ni Li comprou os animais de uma empresa pesqueira atacadista da cidade de Greenwich, chamada SeeWoo. Ele pagou o equivalente a R$ 10 mil pela carga viva. Em seguida, a dupla fretou três barcos numa marina e, junto com o grupo, navegou para fora da baía, onde libertou os animais vivos. 

No início da investigação, Li negou que tivesse soltado os animais no mar. Ele afirmou que os manteve, na verdade, em tanques de água salgada. Mas, pressionado, recuou e acabou admitindo o crime ambiental.

Caçada aos animais mobiliza pescadores 
Pescadores do balneário de Brighton foram os primeiros a perceber a presença de animais estranhos ao habitat local. Ao puxar as redes, eles começaram a recolher, com elas, animais que nunca tinham sido pescados antes naquela região. Eles alertaram a MMO (Organização de Manejo Marinho, em português), que efetuou as primeiras pesquisas. Constatada a presença de animais estranhos, a MMO ofereceu então uma recompensa equivalente a R$ 85 por cada animal capturado pelos pescadores. Apenas 323 deles foram recolhidos até setembro de 2017.  Agora, pesquisadores temem que centenas de outros deles possam estar se reproduzindo no litoral de Brighton. 

Antes das lagostas, cobras 
Os seguidores de Hai Tao já se envolveram em situações semelhantes no passado. Em 2012, numa região montanhosa de Taiwan, budistas libertaram centenas de serpentes, que também não tinham predadores naturais na região. As serpentes começaram a invadir as casas de moradores da região, obrigando as autoridades taiwanesas a empreender um programa de buscas. À época, Hai Tao reconheceu que “libertar animais cativos é uma boa prática, mas libertar serpentes na vida selvagem pode fazer mal à sociedade e ir de encontro à intenção da compaixão”.

Fonte: Nexo Jornal


3 comentários:

  1. Cada coisa! De onde será que tiraram essa ideia? Que teoria é essa? Ridículo!

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  2. Se é pra fazer que façam bem feito pelo menos. Soltem no habitat correto.

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  3. Coitados dos monges ! Eu gostaria de ler a materia original. É dificil quando você vê uma lagosta viva saber se é do Maine (US) ou da Escócia! fala sério! outra coisa dificil é entrar num mercado chines de Londres, ver uma lagosta viva na prateleira da geladeira do mercado, fora da água, piscando os olhinhos com as pinças amarradas e imovel e imaginar aquele bicho ali, dia e noite ate ser comprado para ser cozido... o que você faria? O melhor é o ser humano parar de importar bicho para comer!

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