As soluções são muito complicadas.... Como alimentar 4 mil animais? A situação tem que ser resolvida de forma positiva, sem matança ou exploração do leite de jumento, como querem fazer....
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Em Santa Quitéria, no km 185 da CE-176, estão mais de quatro mil animais apreendidos pelo Detran nas rodovias
Antes companheiro do sertanejo em atividades agrícolas, o jumento perdeu espaço para outros meios de transporte ou grandes máquinas. Hoje esquecido e sem valor econômico, o animal que carregava em seu lombo materiais de trabalho no campo, tornou-se um problema nas estradas. Pensando em reverter este quadro, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Ceará (CRMV-CE), em parceria com estudiosos e órgãos defensores da causa, busca alternativas de promoção à saúde e ao bem-estar desses animais.
"Queremos encontrar as condições ideais para criar esse animal e, se possível, identificar uma viabilidade econômica para que ele possa ser valorizado. Esse jumento bem criado, bem sadio, volta a fazer atividades no interior. O nosso nordestino começa a voltar a utilizar esse animal que, historicamente, já teve importância muito grande no desenvolvimento do Ceará, livre de doença, de fome, de dor, bebendo e comendo alimentos de qualidade", justifica o presidente do CRMV-CE, Célio Garcia.
Problema recorrente em trechos que cortam o estado, o tráfego de jumentos compromete a segurança viária, uma vez que representa uma ameaça aos motoristas de veículos e condutores de motocicletas. Em Santa Quitéria, no Km 185 da CE-176, a Fazenda Doutora Paula Rodrigues é um depósito de mais de quatro mil animais apreendidos pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran-CE).
Modelo
É nessa propriedade, inclusive, onde representantes de conselhos estaduais de Medicina Veterinária, e estudiosos da área desenvolvem estratégias de melhorias técnicas que podem, num futuro próximo, se tornar um modelo a ser seguido por outros países no que diz respeito ao manejo de jumentos. O objetivo da pauta é resgatar a integridade física do animal dando condições de sobrevivência, mesmo estando em ambiente fechado.
Conforme o cronograma do encontro que começou ontem, em Fortaleza, os profissionais visitam hoje a Fazenda Doutora Paula Rodrigues para analisarem de perto a problemática. A visita à Fazenda vai ajudar na elaboração de um documento com propostas de readequação técnica do local.
Em inspeção anterior, conforme explica Célio Garcia, o Conselho diagnosticou pontos que precisam ser melhorados na infraestrutura do estabelecimento. "Nós sugerimos divisórias nos currais para que nós pudéssemos separá-los por sexo e faixa etária, animais sadios de doentes. Identificamos duas fêmeas em cio e mais de 50 machos querendo fazer a cobrição e isso é uma verdadeira agressão à fisiologia desses animais".
Propostas
De acordo com o professor da Universidade São Paulo (USP) e coordenador da Força-Tarefa Nacional pelos Jumentos, Adroaldo Zanella, além das mudanças na estrutura física, como propostas imediatas estão ainda o controle populacional dos animais, castração e uma abordagem sanitária.
Segundo Adroaldo Zanella, existem ainda duas formas que resgatam a importância do jumento para o nordestino. "Explorando a produção do leite que é uma especiaria utilizada em bebês prematuros em países da Europa e sombreamento com painéis solares. Você colocar sombra para proteger o animal do sol e gerar energia", explicou o professor da USP. (Colaborou Felipe Mesquita)
Antes companheiro do sertanejo em atividades agrícolas, o jumento perdeu espaço para outros meios de transporte ou grandes máquinas. Hoje esquecido e sem valor econômico, o animal que carregava em seu lombo materiais de trabalho no campo, tornou-se um problema nas estradas. Pensando em reverter este quadro, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Ceará (CRMV-CE), em parceria com estudiosos e órgãos defensores da causa, busca alternativas de promoção à saúde e ao bem-estar desses animais.
"Queremos encontrar as condições ideais para criar esse animal e, se possível, identificar uma viabilidade econômica para que ele possa ser valorizado. Esse jumento bem criado, bem sadio, volta a fazer atividades no interior. O nosso nordestino começa a voltar a utilizar esse animal que, historicamente, já teve importância muito grande no desenvolvimento do Ceará, livre de doença, de fome, de dor, bebendo e comendo alimentos de qualidade", justifica o presidente do CRMV-CE, Célio Garcia.
Problema recorrente em trechos que cortam o estado, o tráfego de jumentos compromete a segurança viária, uma vez que representa uma ameaça aos motoristas de veículos e condutores de motocicletas. Em Santa Quitéria, no Km 185 da CE-176, a Fazenda Doutora Paula Rodrigues é um depósito de mais de quatro mil animais apreendidos pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran-CE).
Modelo
É nessa propriedade, inclusive, onde representantes de conselhos estaduais de Medicina Veterinária, e estudiosos da área desenvolvem estratégias de melhorias técnicas que podem, num futuro próximo, se tornar um modelo a ser seguido por outros países no que diz respeito ao manejo de jumentos. O objetivo da pauta é resgatar a integridade física do animal dando condições de sobrevivência, mesmo estando em ambiente fechado.
Conforme o cronograma do encontro que começou ontem, em Fortaleza, os profissionais visitam hoje a Fazenda Doutora Paula Rodrigues para analisarem de perto a problemática. A visita à Fazenda vai ajudar na elaboração de um documento com propostas de readequação técnica do local.
Em inspeção anterior, conforme explica Célio Garcia, o Conselho diagnosticou pontos que precisam ser melhorados na infraestrutura do estabelecimento. "Nós sugerimos divisórias nos currais para que nós pudéssemos separá-los por sexo e faixa etária, animais sadios de doentes. Identificamos duas fêmeas em cio e mais de 50 machos querendo fazer a cobrição e isso é uma verdadeira agressão à fisiologia desses animais".
Propostas
De acordo com o professor da Universidade São Paulo (USP) e coordenador da Força-Tarefa Nacional pelos Jumentos, Adroaldo Zanella, além das mudanças na estrutura física, como propostas imediatas estão ainda o controle populacional dos animais, castração e uma abordagem sanitária.
Segundo Adroaldo Zanella, existem ainda duas formas que resgatam a importância do jumento para o nordestino. "Explorando a produção do leite que é uma especiaria utilizada em bebês prematuros em países da Europa e sombreamento com painéis solares. Você colocar sombra para proteger o animal do sol e gerar energia", explicou o professor da USP. (Colaborou Felipe Mesquita)
FONTE: diariodonordeste
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ATUALIZAÇÃO enviada pelo nosso leitor Queiroz em 13/07/17
Pesquisadores da Ufersa promovem workshop e traçam ações de proteção aos asininos
Encontrar uma solução útil e "barata" para esses animais não é fácil, por isso que os safados querem enviá-los pra China ou comê-los em churrasco, o que além de maus tratos é uma ofensa, já que esse animal é simbolo do nordeste, representa o trabalho, a humildade, a sofreguidão e a religião cristã.
ResponderExcluirGostaria de saber, quanto tempo levaria para diminuir a população desses animais se todas as fêmeas fossem castradas?