05/05/2017

Cabra holandesa adquirida por escola vira atração no Embaré

Acho super simpático este tipo de projeto... acho que passa uma ideia boa às crianças....
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Lilica tem cinco anos e faz parte de um projeto do Colégio Novo Tempo
Lilica sai para passear todos os dias da semana – com descanso aos domingos. As pessoas param nas calçadas para tirar foto com ela. E muitos motoristas retornam com os veículos para verificar se não é uma ilusão o que estão vendo. 

Puxando o seu adestrador, o petwalker Paulo Antonio Pinto da Costa, por um cabresto que leva amarrado ao peito, Lilica se transformou na figura mais popular do Embaré. 

Lilica é uma cabra holandesa de cinco anos, que pertence ao Colégio Novo Tempo, na Rua Castro Alves, 48, em Santos. Foi comprada para um projeto da escola que coloca as 400 crianças que ali estudam (em dois turnos) em contato com animais de vários tipos e tamanhos.

Mas a popularidade é tanta que, nesses tempos de desalento com políticos, alguns moradores do bairro já pensam em lançá-la a vereadora nas próximas eleições municipais. E com direito a um slogan criado por Douglas Silva, que reside próximo à Avenida Epitácio Pessoa, roteiro do passeio diário do animal: “vote na cabra, que não vai dar bode”.

Se a projeção política de Lilica não deve (realmente?) ser levada a sério, o sentido educativo dos dirigentes da escola que compraram a cabra para incorporá-la à “minifazenda” (que tem de jabutis a coelhos) é um sucesso. Alunos a adoram. Crianças a param na rua para alimentá-la com pedaços de couve levadas em uma bolsa pelo petwalker. É uma cabra dócil, educada, limpa e cheirosa. “Toma banho em um petshop todas as terças-feiras”, informa Paulo.

Cabras
São animais domesticados desde os primórdios da humanidade. Mas a sua criação como bichos de estimação exige cuidados. São espécies curiosas e bonitas. Não podem ser criados em apartamentos ou casas sem quintal. Exigem espaço e paciência para longas caminhadas destinadas a descarregar a energia. 

Rita Laura Marcondes Paz, uma das proprietárias da escola (em sociedade com a irmã, Regina Lucia Marcondes), gosta muito de animais. Tanto que implantou no Novo Tempo um núcleo ambiental com horta, coelhos, codornas, tartarugas – tudo com apoio do Ibama. Faltava uma cabra. E a oportunidade surgiu quando visitou um veterinário amigo, que cria cabras. 

“Ficamos com a Lilica, uma minicabra. Foi um encanto, as crianças adoravam, ela brincava entre eles”. Rita começou a passear com Lilica nas calçadas do Embaré. E logo passou a perceber duas coisas: Lilica engordava e crescia. Resultado: Rita comprou gato por lebre, Lilica não era uma minicabra, era uma doce senhorita cabra de tamanho normal para a espécie Capra aegagus hircus.

“Nem pensamos em devolvê-la. Nós nos afeiçoamos muito a ela e os alunos também”.

A escola decidiu então contratar Paulo Costa. Especialista em cães, Paulo fez curso de formação com o dogwalker Fernando Bayard e de adestramento no Bicho Vira.


Quando viu a Lilica, pediu uma hora para pensar. Lembrou-se das histórias de que quando alguém é teimoso, é comparado a uma cabra e não responde a uma disciplina severa. Mas cabras são animais que atendem a reforços positivos, como comida. “Logo me afeiçoei”, conta.

Hoje, quando Paulo entra na escola, Lilica já se agita na baia e tenta pular a cerca, toda feliz. Paulo tem 1,8 m. Mas quando o vê, a cabra fica de pé esticada a quase a 1,7 m e consegue pegar pedaços de couve que ele mostra na altura do rosto.

Lilica esfrega as laterais do focinho nas pernas do tratador e dá pequenas marradas (os chifres foram cirurgicamente removidos) em Paulo, em uma espécie de brincadeira de medir forças. 

Sandra Maria de Farias, casada com Paulo, o acompanha no passeio do último sábado. Vê a alegria de Lilica e responde rindo às brincadeiras dos mais curiosos: “Ela é muito fofa. Não tenho ciúmes não”.

FONTE: A Tribuna

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