Ex-007, Roger Moore se manifesta contra animais em circos

Ora, toda pessoa  do bem, ao saber da crueldade com que os animais são tratados em circos e filmagens, mudam imediatamente sua posição.

Fonte: Daily Mail

Colaboração: Helô arruda

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O ex-ator que interpretava James Bond, Sir Roger Moore, que em seu filme Octopussy de 1983 mandava um tigre "sentar-se", se manifestou contra circos que usam animais vivos e pediu que eles fossem banidos. Ele até se ofereceu para compartilhar uma garrafa de 800

libras de champanhe Dom Perignon com a primeira-ministra Theresa May, se ela fizer a proibição.

Em carta aberta à Sra. May, Sir Roger escreveu: "Os animais selvagens na vida real devem sentir como se tivessem sido capturados pelo fictício Dr No. Quando eles não estão sendo forçados a fazer truques confusos sob a ameaça do chicote estão acorrentados ou amarrados. Senhora Primeiro-Ministro, já é tempo de fazer a coisa certa e, finalmente, trazer uma proibição para esta forma ultrapassada do chamado entretenimento.Vou colocar uma garrafa de Dom Perignon 'ou Bollinger '69 em gelo para a ocasião e alegremente estourar a cortiça com você.'

A carta de Sir Roger é em resposta a fotografias de um tigre, enjaulado na parte de trás de um caminhão perto de uma rodovia movimentada, que surgiu nas mídias sociais.

Dois leões e três tigres que se apresentam em circo foram retratados em condições precárias perto da M6 em Cannock, Staffordshire.

O ator e ativistas dos direitos dos animais pediram ao governo para proibir o uso de animais de exibição após uma promessa inicial por David Cameron, cinco anos atrás.

Os leões Tsavo, de três anos, e Assegai, de quatro, e os  tigres Nadia, de quatorze, Syas, e Altai, de três, estão sendo mantidos no local pelo proprietário Thomas Chipperfield, que planeja um temporada  como parte do show Uma Noite com Tigres e Leões .

A Animal Defenders International (ADI) diz que os felinos são "traumatizados" e maltratados. A organização disse que os animais foram enjaulados em condições apertadas, mantidos no escuro por mais de 14 horas e não são soltos para se exercitar.

De acordo com o Sunday People, as feras agora podem se fazer um exercício, mas apenas para "esticar as pernas em uma gaiola grande, com corrente". Vizinhos que vivem perto do local disseram estar "chocados e perturbados" com a presença dos felinos na área.

Enquanto isso, o vice-presidente da ADI, Tim Phillips, disse: "Os shows itinerantes não são divertidos para os animais. Confinamento e privação são endêmicas para esta indústria se o ato está em turnê ou não.

"O fracasso do governo em cumprir sua promessa de proibir os atos com animais selvagens tem decepcionado tanto o público como os animais que prometeu proteger. As últimas evidências da ADI mostram que os regulamentos falharam e que esses animais estão desesperadamente sem proteção legal".

Thomas Chipperfield, que se diz ser o último domador da Grã-Bretanha, é parente do fundador do circo de Chipperfield, James, que realizou pela primeira vez shows com animais em 1684 no Rio Tâmisa congelado.

Viajando para o exterior com um circo italiano por quatro meses neste inverno, Chipperfield teria planejado retornar ao Reino Unido este ano para um novo show - mas, entretanto, seus cinco animais enfrentam uma existência miserável, confinados principalmente às suas gaiolas na parte de trás de um caminhão.

Seu pátio de exercícios parece ser um pequeno lodo úmido e encharcado de grama. Imagens secretas da ADI mostraram os grandes felinos mantidos na escuridão por mais de 12 horas durante a noite, e sujeitos a ruído constante de duas estradas principais, a M6 ea A5. As regras do governo dizem que os animais devem ter um mínimo de seis horas de folga.

Chipperfield retirou anteriormente um pedido de licença no âmbito do Bem-estar dos Animais Selvagens em Circos itinerantes (Inglaterra) em 2012. Uma inspeção da DEFRA descobriu que a acomodação interior não era de tamanho suficiente e tinha sido baseado num terreno anterior.

Em uma declaração na página no Facebook, os organizadores do show acrescentaram: "Todas as acusações de que o circo é cruel vem dos grupos de direitos dos animais e não dos grupos de bem-estar dos animais. O bem-estar dos animais baseia-se na compreensão científica dos animais, promove a boa criação animal e opõe-se ao maus-tratos dos animais."

No entanto, os direitos dos animais baseiam-se na emoção, na opinião e na ideologia radical, que procura acabar com toda a interação animal-humana, incluindo mas não se limitando à propriedade de animais de companhia e ao consumo de carne. Banir animais de circo é apenas mais uma faceta desse perigoso movimento.

"Uma proibição só deve ser considerada em termos do bem-estar; você não pode proibir algo apenas porque algumas pessoas não gostam. Se fizéssemos isso, ninguém mais seria capaz de fazer nada".

A declaração acrescentou: "Estamos totalmente licenciados sob a lei dos animais selvagens perigosos que envolve inspeções organizadas pela autoridade local, que inclui visitas do chefe de licenciamento oficial, veterinário qualificado em saúde animal, saúde e segurança, incêndio e da polícia."

Também pediu a Sir Roger Moore para "doar seus salários dos filmes de Bond para os grupos de direitos dos animais que ele apoia".

A declaração acrescentou: "Em relação à carta de Rogers ao governo, basta ler o Bem-Estar dos Animais Selvagens nos Circos Viajantes de 2012, e você pode ver que não há uma única acusação correta, pois cada ponto é rigorosamente de acordo com os Regulamentos em vigor para proteger o bem-estar dos animais. "Talvez, se ele pesquisasse mais a questão, não estaria escrevendo cartas tão ridículas, fazendo afirmações escandalosas e infundadas, quando os fatos são tão facilmente obtidos".

Chipperfield disse ao People que seu tio John foi o dublê de Roger Moore no filme Octopussy em uma cena em que Bond é confrontado por tigres, acrescentando que os animais eram de propriedade de seu tio Dickie. Ele acrescentou: "O filme também contou com elefantes de circo. Sir Roger não tinha problemas com animais de circo."

Uma pesquisa recente apurou que 94,5 por cento do público apoia uma proibição - mas ainda é legal, embora cerca de 200 autoridades locais não permitem mais tais performances em terras públicas.

A diretora britânica da PETA, Elisa Allen, disse: "Durante anos, foi prometido ao público britânico uma proibição de circos com animais selvagens - mas sem calendário definido pelo governo para promulgar, os animais continuam a sofrer com esta forma arcaica de "entretenimento".

Nossa compreensão de animais como elefantes, zebras e leões está sempre em expansão, e agora sabemos que um ambiente de circo nunca pode chegar perto de satisfazer suas necessidades complexas. É por isso que 94 por cento dos entrevistados em uma consulta do governo apoiam a proibição total dos circos de animais selvagens e países como a Áustria, a Bélgica, o México e os Países Baixos têm legislação contra esses atos cruéis. As desculpas do governo têm se esgotado - é hora de fazer a coisa certa para os animais e o público e decretar a proibição."