14/01/2017

Cão é baleado em tiroteio no Jacaré. O segundo em três dias.

Em três dias a SUIPA atende dois cachorros baleados.... Minha Santa dos Perebentos, some com estas criaturas que andam nascendo e que são totalmente dispensáveis ao nosso planeta....
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RIO - Um cão São Bernardo foi ferido por bala perdida durante um tiroteio no Jacaré, na Zona Norte. Bolinha perdeu muito sangue, foi socorrido por seu dono e levado para a Suipa, onde foi operado na pata dianteira direita. Segundo o veterinário Luiz Eduardo Castro, foi extraído um projétil de arma de baixo calibre.

- Bolinha é de um morador do Jacaré, que o encontrou sangrando. Os vizinhos disseram que o cão tinha sido baleado. Ele deu muita sorte porque o tiro atingiu uma artéria e ele sangrou muito. Fizemos uma radiografia e vimos que havia um projétil - detalhou Castro.

Após a cirurgia, Bolinha passa bem. Ele foi medicado e ficará alguns dias em observação antes de poder voltar para casa. No sábado, a cadela Mel foi baleada em um tiroteio no Morro da Serrinha e foi atendida na Suipa. Segundo o veterinário, o animal já está com seus donos em casa e passa bem.
Fonte: O Globo

4 comentários:

  1. Na década de oitenta os americanos avisavam ao Brasil que, se não houvesse controle do tráfico naquele momento, vinte anos depois não teríamos mais controle de nada. Pois bem: é o que está acontecendo. Enquanto inocentes são alvejados todos os dias, a bandidagem ri da nossa cara e os políticos só sabem aumentar seus próprios salários e roubar nosso dinheiro. Só nós é que não achamos graça nenhuma.

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  2. Podemos recordar que num passado próximo ocorriam acidentes com balas perdidas em cada incursão da polícia nas comunidades controladas por traficantes e, na grande maioria das vezes, as vítimas eram crianças. Hoje a figura da vítima parece ter mudado, pois, ao invés de crianças, os cães têm sido alvos freqüentes.
    Antes, com a entrada da polícia nas favelas controladas, os próprios traficantes atiravam nas crianças para que houvesse, naquele momento e em paralelo com as incursões, reações espontâneas (ou induzidas) dos moradores reclamando a violência da polícia. Essa movimentação de pessoas neutras saindo em protestos nas ruas forçava o recuo policial, oferecendo assim, vantagens ao inimigo. Ainda bem que hoje essa prática parece não ser prioridade para os malfeitores.
    Com relação aos cães, acredito que eles estejam sob as miras dos traficantes por dois motivos:
    1- A presença de um cão próximo de alguém que esteja se escondendo aumenta a possibilidade do animal entregar a sua localização (o cão certamente irá latir na direção de onde vêm os estampidos), logo, a eliminação dele traz mais tranqüilidade ao bandido.
    2- Pura maldade ao fazerem os animais de alvos em prol do treinamento para as suas miras, ou seja, dão tiros na direção dos cães, que são de certa forma alvos móveis, para demonstrarem envaidecidamente suas aptidões com as armas.
    O que eu escrevi não são afirmações, mas suposições daquilo que eu acredito por dedução ou convencimento pelo que já ouvi a respeito. Quem mora dentro ou perto de comunidades controladas por traficantes sabe que esses fatos estão bem longe de serem coincidências e bastante próximos da cruel realidade.

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  3. Ainda bem que Bolinha e Mel têm cuidadores e casas. Difícil é imaginar o quanto seria difícil se fossem moradores de ruas e tivessem que voltar para o relento assustados por tudo o que sofreram. Nem pensar...

    Enquanto uns irrigam amor e carinho sobre os seres vivos, outros secam a vida da qual todos nós temos direito e o dever de proteger.

    Tenho uma amiga que recolhe cães e gatos doentes que encontra abandonados pelas ruas dos bairros de Olaria e Ramos, na Cidade do Rio de Janeiro, onde mora. Ela dá tratamento veterinário, vacinas, casa, comida e cuida da melhor maneira que pode, ou seja, adota de vez os pobres maltratados para dar, a cada um, alívio, qualidade de vida e dignidade.

    E é com muita preocupação que eu percebo a sua transformação de “cuidadora” em “acumuladora”, e mesmo com idade avançada, ela acredita que pode cuidar de todos sem ajuda externa. Entendo que só uma pessoa convincente pode fazê-la pensar na possibilidade de dividir esse fardo promovendo doações com responsabilidade, do contrário, em alguns anos daqui para frente, seus animais ficarão órfãos e repentinamente abandonados novamente...

    O tempo tem sido cruel, a saúde dela tem sido falha e a grande família corre riscos de ser dizimada de forma cruel com o fim desse grande sonho que tem sido real até aqui, porém, sem boas previsões para o futuro.

    No momento ela não tem problemas financeiros e mantém uma casa alugada exclusivamente para assentar seus protegidos, mas tem alguns problemas no âmbito pessoal com a saúde, a família e os animais, onde, de um lado cuida presencialmente de uma tia moribunda e um cunhado viúvo em outra casa que mantém, e do outro lado, seus 27 cães e 52 gatos com idades variadas.

    Essas informações me foram passadas por ela há alguns meses, porém, não tenho certeza da contagem atual diante do indevido surgimento de animais deixados por desconhecidos em seu quintal. Isso acontece porque sabem que lá serão bem tratados.

    Para quem puder ajudar, indicar ou sugerir alguma organização que possa trabalhar essa transição, tenha certeza de que estará contribuindo com bastante grandeza para uma pessoa que dedicou toda a vida aos animais doentes, maltratados, abandonados e carentes.

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