28/12/2016

Síndrome de Noé: quando 'acumular' animais vira doença

Estão trabalhando bem agora....
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Você já ouviu falar da Síndrome de Noé que se desenvolve nos seres humanos? Os afetados reúnem animais domésticos de maneira obsessiva, como uma coleção. Muitas vezes, os bichos acolhidos por essas pessoas acabam em piores condições que as da rua, já que não recebem o mínimo dos cuidados que necessitam. Em Venâncio Aires, existe um caso grave de uma pessoa idosa portadora da síndrome e que mantém 36 cães doentes e debilitados na própria residência. Alguns deles foram recolhidos da rua e
outros pegos dos próprios vizinhos.

Como os animais se encontram em estado crítico, a ONG pede todos os tipos de doações, como rações, medicamentos, shampoos, sabonetes, arames, coleiras, casinhas, telhas, entre outros. Mais informações podem ser obtidas por meio da página da Amigo Bicho no Facebook. Existe a possibilidade das doações serem entregues às voluntárias da entidade ou deixadas em pontos parceiros, como Vida Pet e Agro Recanto.

O dinheiro pode ser depositado na conta da Caixa Federal Agência 0529, conta 95850-4, operação 13.O caso é monitorado pela Organização Não Governamental (ONG) Amigo Bicho desde sexta-feira.

Na página do Facebook, a ONG postou que os animais estão acondicionados em cubículos de 1m x 1m e não recebem banho desde setembro. Além de muito calor na residência, muita sujeira. De acordo com a presidente da Amigo Bicho, Naís de Andrade, no espaço, há uma quantidade de fezes muito grande, o que causa um odor forte.

EM ATENDIMENTO
De acordo com Naís, os animais devem continuar no mesmo local, mas serão melhor acomodados e receberão os cuidados necessários. 'Nós não podemos tirar os animais da pessoa, porque ela disse que não vive sem eles e ameaçou tirar a própria vida', comenta. Não apenas os cães, mas a portadora da síndrome também receberá acompanhamento. Naís ressalta que a ONG buscou ajuda de uma psicóloga que irá até a casa para oferecer atendimento e encaminhar ao tratamento.

Segundo Naís, de acordo com informações recebidas, a pessoa apresenta a doença há mais de dez anos e o caso chegou à ONG quando um parente de outra cidade fez uma visita e se apavorou com os 36 cachorros, bem como, com as condições a que eles se submetiam. Os familiares, segundo ela, já tentaram ajudar, mas não obtiveram sucesso, já que a pessoa não abriu mão dos animais.

A presidente da entidade ressalta que tem conhecimento de mais duas pessoas em Venâncio que apresentam a síndrome, mas nenhum caso chega a ser como o mencionado. De acordo com Naís, portadores da Síndrome de Noé costumam ser mais isolados da sociedade: 'Muita gente acha que são relaxadas e por isso eles acabam sofrendo um certo preconceito'. Além disso, complementa: 'Essas pessoas pensam que com elas os animais estão sendo bem cuidados, porque não confiam nos outros e não querem que ninguém cuide. Acham que é um bem que estão fazendo', comenta.

APREÇO AOS ANIMAIS
De acordo com a psicóloga de Venâncio Aires, Susan Artus Dettenborn, a síndrome costuma desencadear o apreço pelos animais, normalmente gatos e cachorros, sem descartar outras espécies. Entretanto, a necessidade de acolher estes bichos se torna desenfreada e a pessoa nem percebe que acumula: 'Para ela, está acolhendo e cuidando'.

Susan ressalta que é comum apenas perceber que a pessoa é uma 'acumuladora' de animais quando a quantidade resgatada ou adotada se torna insustentável, ou seja, não se tem mais condições de cuidá-los.

A pessoa portadora da síndrome, por exemplo, não apresenta uma característica visível, mas o comportamento protetor pode dar indícios de que ela tenha esta patologia. Situações como a de não ter mais relações sociais é uma característica da doença, porque a pessoa vive apenas em função do número excessivo de animais. A síndrome também pode acarretar um prejuízo à condição de vida, o que pode fazer o indivíduo ter o físico adoecido, além do psicológico que também é comprometido.

AÇÃO PROTETIVA
A psicóloga comenta que o portador da patologia não tem consciência de que possui a doença, mesmo que as demais pessoas falem, justamente porque vê no próprio comportamento uma ação protetiva.

A doença, considerada comum, tem tratamento e, conforme Susan, é necessário um acompanhamento com a pessoa nestas condições, o que pode incluir psicoterapias diversas - medicamentosa inclusive. Contudo, o importante é conseguir auxiliá-la a perceber que aquilo que ela vive causa prejuízos aos animais e a ela também. 'O processo pode ser longo, principalmente pelo fato da pessoa doente ter a crença de que o que ela está fazendo é para cuidar e proteger. Em algumas vezes, pode requerer internação para iniciar o tratamento', destaca.

O que fazer?
De acordo com a psicóloga de Venâncio Aires, Susan Artus Dettenborn, às vezes retirar os animais do portador da doença é o processo mais longo que tem, porque ela, ao perdê-los, pode adoecer de forma muito grave. Diante disso, a retirada precisa ser ordenada e gradativa, isso se não houver condições de melhorar a situação em que os animais se encontram no local. 'Os protetores, os veterinários e demais voluntários conduzem os casos da maneira mais ordeira possível', complementa.

FONTE: folhadomate

4 comentários:

  1. kkkkkrsrsrs, que psicóloga ju[iz de doenças! as pessoas as vezes faz c bons gestos de resgatar os animais das ruas por mizeráveis que os abandonam, fazem resgates sem ter obrigações que de fato as obrigações são dos políticos, que nada fazem de ongues, abrigos pra resgatarem os animais que sofrem dos abandonos, daí as vezes as pessoas da tudp o quem pra tentar cuidar deles, engraçado! prender e mutar os opressores que fazem o abandono ñ tem leis, prefeitura por sua vez nada de construir ongues, ou abrigos e sem eutanásias, sem se livras dos anjinhos. agora pra esta gente de falácia é mais fácil julgar as pessoas que tentam ajudar de uma forma os animais, ao invez de julgar sindrome disso ou daquilo, porque ñ ajuda c as rações, vacinas etc. tipo críticas ñ mata a fome e nem cura doenças.

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  2. Parabéns Selma Castanheira dos Santos, eu peço a Deus todo poderoso, que enviem mais pessoas como essa senhora que cuida de vários cães abandonados por pessoas (sadias, inteligentes, cultas e sem coração), pessoas essas que precisariam sim de um tratamento com psicólogos, ou até mesmo quem sabe com psiquiatras, pois tem problemas de coração, mentais, sociais, e são desumanas, a tal ponto de criticarem, quem cuida e dá amor a esses anjinhos, que Deus nos enviou para encher nos de alegria e segurança, no nosso dia a dia, por isso parabéns a todos que esquecem dessa vida de luxuria e consumismo, para dar de coração, seu amor aos animais, que de uma certa forma, dependem do homem, afinal não são predadores.Em cada cidade brasileira, eu peço a Deus todo poderoso, que enviem pessoas igual a esta senhora, para aliviar o sofrimento dos animais, e as demais pessoas, ao invés de criticarem, vamos ajudar financeiramente quem tem o coração aberto com muito amor para cuidar dos animais, porque no mundo de hoje, as pessoas estão se tornando egoistas a cada dia que passa, por isso mais uma vez PARABÉNS A QUEM CUIDA DOS ANIMAIS, E PESSOAL PROCUREM AJUDAR, POIS SOZINHA NINGUÉM CONSEGUE DINHEIRO PARA TANTO.

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  3. Concordo, plenamente com Selma Castanheira dos Santos. A comunidade tem que ajudar, dando apoio, doações e muito amor a essa pessoa e aos animais que ela está cuidando. Não precisa entender. É só dar amor.

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  4. Parabéns a essa ONG por ajudar a essa bondosa senhora e seus sofridos animais. Sei bem como é isso, as pessoas vão abandonando os bichos na porta da pessoa até que ela não tenha mais condições de ajudar nem a si própria. Na minha opinião, acumulador é aquele que não cuida de jeito nenhum e nem permite que alguém cuide. No caso dessa senhora, ela não cuida devidamente porque não tem condições para isso, precisa de ajuda porque ela não vai abandonar os animais como os outros fizeram.

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