Que coisa tão retrógrada, não? Deus meu!!!!! traz luz para esta gente que caça animais.....
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Mais de um milhão e setecentos mil animais selvagens foram mortos e negociados entre nações no período entre 2004 e 2014, segundo o relatório “Matar para troféus” da International Fund for Animal Welfare (IFAW). Desses, mais de 200 mil pertencem a espécies que estão sob o risco de extinção.
Talvez valha a pena explicar melhor: os tais troféus são aqueles corpos, cabeças, peles de animais que alguns humanos decidem levar para “enfeitar” seu território. Coisa de muito mau
gosto. Mas isso, claro, é minha opinião. Acabo de me lembrar que Ernst Hemingway, escritor e jornalista brilhante,Prêmio Nobel de Literatura, gostava de caçar e de mostrar ao mundo, em fotos, o resultado de suas caças. Os humanos são assim. Podem ser divinos e macabros.
Voltando ao ponto. O relatório do Ifaw, segundo reportagem publicada no jornal britânico "The Guardian", foi elaborado com base nos registros oficiais e lança uma nova luz sobre a escala da indústria de troféus de caça internacional. Ficou constatado, por exemplo, que na última década triplicou o número de leões mortos por ano para esse fim: são 1.500 animais deste porte que morrem com o único objetivo de servir como uma espécie de medalha aos humanos. O número de elefantes mortos mais que dobrou no mesmo período: são 1.600 elefantes.
O diretor da Ifaw, Philip Mansbridge, declarou para o repórter Damian Carrington, que essa indústria é impulsionada pela demanda e que, infelizmente, “a demanda por troféus animais é crescente em todo o mundo”.
“Mesmo as espécies em extinção ainda estão sendo caçadas diariamente a fim de servirem como peça de decoração na sala de alguém”, disse ele.
É uma coisa inconcebível, sobretudo quando sabemos que precisamos mais e mais da biodiversidade até para tentar estancar o progresso do aquecimento global. Sem medo de errar, pode-se dizer que esse hobby anda contribuindo, inclusive, para provocar mortes de humanos em eventos extremos.
Três espécies dos cinco grandes animais da África – elefantes, leões e leopardos – constam como os preferidos dos caçadores de troféus. Mais de dez mil elefantes, e o mesmo número de leopardos, foram mortos na última década com esta finalidade. E mais de oito mil leões também perderam suas vidas assim. O alvo mais popular foi o urso negro americano: 93 mil foram caçados na última década, além de 13 mil zebras da montanha de Hartmann, o segundo maior alvo.A lista mórbida dos troféus de seres vivos tem ainda 9.5 mil babuínos e seis mil hipopótamos.
A notícia vai ficando ainda mais difícil, vejam só. Os personagens que gostam de ornamentar paredes com caras, corpos e peles de seres vivos não têm coragem, na maioria das vezes, de enfrentar as feras. Para fazer o trabalho sujo, pagam a terceiros um preço muito alto. Para matar um elefante são dispendidos de US$ 25 mil a US$ 60 mil; para matar um leão são US$ 8,5 mil a US$ 50 mil (aqui há uma diferença estúpida, imagino que o nível de risco seja critério para se estabelecer esse preço). Um leopardo morto rende ao matador de US$ 15 mil a US$ 35 mil.
Já está lhe parecendo suficientemente absurdo, caro leitor? Pois ainda tem mais. Os defensores dessa indústria macabra, entre os quais está o Príncipe William, da família real britânica, segundo na linha de sucessão ao trono de sua avó, a rainha Elizabeth II, argumentam dizendo que o dinheiro arrecadado pode financiar os esforços de conservação da natureza. No mês de abril, a União Internacional para a Conservação da Natureza fez uma declaração dizendo que, quando regulados (por ela, obviamente), os troféus podem desempenhar papel importante.
“Esse dinheiro pode obter benefícios tanto para a conservação da vida selvagem como para as comunidades indígenas e locais que vivem com animais selvagens”, disse a nota.
É mais ou menos assim: os índios deixam de fazer o que sempre fizeram, ou seja, viver de maneira quase simbiótica com as forças da natureza, e aí sim respeitando a lei da selva. Em lugar disso, os brancos assumem o papel de matadores dos animais selvagens para “ajudá-los” a se livrarem de um problema. Eu não tenho nenhuma informação a respeito, portanto vai aqui apenas um palpite: os índios não devem ter sido ouvidos a esse respeito.
Bem, mas há quem discorde veementemente dessa filosofia do cobertor curto, prática criada na época da Rainha Vitória da Inglaterra, no século XIX.Os ursos polares, por exemplo, passaram a ser menos caçados porque os Estados Unidos proibiram a importação desses troféus em 2008. Os países que mais importam esse símbolo de que a civilização humana ainda precisa muito para avançar são: Canadá, África do Sul e Namíbia.
Outro relatório, feito pelo Programa Nacional das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e Interpol, lançado no Dia do Meio Ambiente (5 de junho) dá o nome certo à prática: crime ambiental. Aí estão incluídos também os crimes corporativos no setor florestal, a exploração e venda ilegal de ouro e outros minérios, pesca ilegal, tráfico de lixo tóxico e fraude no crédito de carbono. Nesse estudo, há informação de que a incidência dos crimes ambientais supera o comércio ilegal de armas de pequeno porte, avaliado em cerca de US$ 3 bilhões. Trata-se do quarto maior negócio criminoso do mundo depois de tráfico de drogas, falsificação e tráfico de seres humanos.
Há ainda informação nesse estudo dando conta de que a quantidade de dinheiro perdido devido a crimes ambientais é dez vezes maior do que a quantidade de dinheiro que as agências internacionais conseguem gastar para combatê-lo.
“O resultado não é apenas devastador para o meio ambiente e comunidades locais, como para todos aqueles que são ameaçados por empreitadas criminosas. O mundo precisa se unir agora para tomar iniciativas nacionais e internacionais para acabar com o crime ambiental”, declarou Achim Steiner, diretor-executivo do Pnuma.
Na verdade, o mundo precisa se unir para acabar com outras tantas atrocidades, algumas delas que atingem diretamente os seres humanos, como a fome, a mortandade infantil, os ditadores criminosos. Tarefas que nos deixam reféns da impotência, já que está claro que não vamos conseguir botar um pouco de pensamento possível na cabeça de alguém que se julga no direito de matar seres vivos para mantê-los como troféus. Tampouco de políticos que se esmeram em torcer o pepino para sua própria conveniência em vez de tentar usar o poder a favor de quem precisa.
Talvez valha a pena explicar melhor: os tais troféus são aqueles corpos, cabeças, peles de animais que alguns humanos decidem levar para “enfeitar” seu território. Coisa de muito mau
gosto. Mas isso, claro, é minha opinião. Acabo de me lembrar que Ernst Hemingway, escritor e jornalista brilhante,Prêmio Nobel de Literatura, gostava de caçar e de mostrar ao mundo, em fotos, o resultado de suas caças. Os humanos são assim. Podem ser divinos e macabros.
Voltando ao ponto. O relatório do Ifaw, segundo reportagem publicada no jornal britânico "The Guardian", foi elaborado com base nos registros oficiais e lança uma nova luz sobre a escala da indústria de troféus de caça internacional. Ficou constatado, por exemplo, que na última década triplicou o número de leões mortos por ano para esse fim: são 1.500 animais deste porte que morrem com o único objetivo de servir como uma espécie de medalha aos humanos. O número de elefantes mortos mais que dobrou no mesmo período: são 1.600 elefantes.
O diretor da Ifaw, Philip Mansbridge, declarou para o repórter Damian Carrington, que essa indústria é impulsionada pela demanda e que, infelizmente, “a demanda por troféus animais é crescente em todo o mundo”.
“Mesmo as espécies em extinção ainda estão sendo caçadas diariamente a fim de servirem como peça de decoração na sala de alguém”, disse ele.
É uma coisa inconcebível, sobretudo quando sabemos que precisamos mais e mais da biodiversidade até para tentar estancar o progresso do aquecimento global. Sem medo de errar, pode-se dizer que esse hobby anda contribuindo, inclusive, para provocar mortes de humanos em eventos extremos.
Três espécies dos cinco grandes animais da África – elefantes, leões e leopardos – constam como os preferidos dos caçadores de troféus. Mais de dez mil elefantes, e o mesmo número de leopardos, foram mortos na última década com esta finalidade. E mais de oito mil leões também perderam suas vidas assim. O alvo mais popular foi o urso negro americano: 93 mil foram caçados na última década, além de 13 mil zebras da montanha de Hartmann, o segundo maior alvo.A lista mórbida dos troféus de seres vivos tem ainda 9.5 mil babuínos e seis mil hipopótamos.
A notícia vai ficando ainda mais difícil, vejam só. Os personagens que gostam de ornamentar paredes com caras, corpos e peles de seres vivos não têm coragem, na maioria das vezes, de enfrentar as feras. Para fazer o trabalho sujo, pagam a terceiros um preço muito alto. Para matar um elefante são dispendidos de US$ 25 mil a US$ 60 mil; para matar um leão são US$ 8,5 mil a US$ 50 mil (aqui há uma diferença estúpida, imagino que o nível de risco seja critério para se estabelecer esse preço). Um leopardo morto rende ao matador de US$ 15 mil a US$ 35 mil.
Já está lhe parecendo suficientemente absurdo, caro leitor? Pois ainda tem mais. Os defensores dessa indústria macabra, entre os quais está o Príncipe William, da família real britânica, segundo na linha de sucessão ao trono de sua avó, a rainha Elizabeth II, argumentam dizendo que o dinheiro arrecadado pode financiar os esforços de conservação da natureza. No mês de abril, a União Internacional para a Conservação da Natureza fez uma declaração dizendo que, quando regulados (por ela, obviamente), os troféus podem desempenhar papel importante.
“Esse dinheiro pode obter benefícios tanto para a conservação da vida selvagem como para as comunidades indígenas e locais que vivem com animais selvagens”, disse a nota.
É mais ou menos assim: os índios deixam de fazer o que sempre fizeram, ou seja, viver de maneira quase simbiótica com as forças da natureza, e aí sim respeitando a lei da selva. Em lugar disso, os brancos assumem o papel de matadores dos animais selvagens para “ajudá-los” a se livrarem de um problema. Eu não tenho nenhuma informação a respeito, portanto vai aqui apenas um palpite: os índios não devem ter sido ouvidos a esse respeito.
Bem, mas há quem discorde veementemente dessa filosofia do cobertor curto, prática criada na época da Rainha Vitória da Inglaterra, no século XIX.Os ursos polares, por exemplo, passaram a ser menos caçados porque os Estados Unidos proibiram a importação desses troféus em 2008. Os países que mais importam esse símbolo de que a civilização humana ainda precisa muito para avançar são: Canadá, África do Sul e Namíbia.
Outro relatório, feito pelo Programa Nacional das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e Interpol, lançado no Dia do Meio Ambiente (5 de junho) dá o nome certo à prática: crime ambiental. Aí estão incluídos também os crimes corporativos no setor florestal, a exploração e venda ilegal de ouro e outros minérios, pesca ilegal, tráfico de lixo tóxico e fraude no crédito de carbono. Nesse estudo, há informação de que a incidência dos crimes ambientais supera o comércio ilegal de armas de pequeno porte, avaliado em cerca de US$ 3 bilhões. Trata-se do quarto maior negócio criminoso do mundo depois de tráfico de drogas, falsificação e tráfico de seres humanos.
Há ainda informação nesse estudo dando conta de que a quantidade de dinheiro perdido devido a crimes ambientais é dez vezes maior do que a quantidade de dinheiro que as agências internacionais conseguem gastar para combatê-lo.
“O resultado não é apenas devastador para o meio ambiente e comunidades locais, como para todos aqueles que são ameaçados por empreitadas criminosas. O mundo precisa se unir agora para tomar iniciativas nacionais e internacionais para acabar com o crime ambiental”, declarou Achim Steiner, diretor-executivo do Pnuma.
Na verdade, o mundo precisa se unir para acabar com outras tantas atrocidades, algumas delas que atingem diretamente os seres humanos, como a fome, a mortandade infantil, os ditadores criminosos. Tarefas que nos deixam reféns da impotência, já que está claro que não vamos conseguir botar um pouco de pensamento possível na cabeça de alguém que se julga no direito de matar seres vivos para mantê-los como troféus. Tampouco de políticos que se esmeram em torcer o pepino para sua própria conveniência em vez de tentar usar o poder a favor de quem precisa.
A humanidade precisa se unir para acabar consigo mesma. Só assim isso tudo vai ter um fim.
ResponderExcluirA energia da morte destes troféus à bestialidade humana, nefasta e negativa, irradia-se pela casa inteira destes monstros chamados pessoas, sensitivos comprovam isso pisando o chão destes "lares" onde a má sorte e o azar estão presentes concedendo a cada qual, morador ou visitante apreciador desta “arte”, o quinhão compatível com seu grau de culpa, conforme suas obras na Terra de Deus. Eles merecem, façam bom proveito da nefasta colheita.
ResponderExcluirAté o início do século passado, o comportamento da humanidade era diferente, mas agora estamos no século XXI e isso é inconcebível, inaceitável!
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