Quem quer apostar comigo que estes animais serão caçados rapidamente? Pior é que estão introduzindo sem predadores..... meu Deus, prefiro mante-los seguro em algum santuário até suas mortes e ponto final.... p´ra que recuperar uma Floresta cercada de favelas?
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RIO - Durante grande parte do século XVIII e XIX a Floresta da Tijuca foi devastada por colonos portugueses e estrangeiros que ali montavam suas fazendas de café. A partir de 1861, Dom Pedro II ordenou o replantio da Mata Atlântica. Após mais de 150 anos da iniciativa, essa floresta, mesmo que parecendo imponente e perfeita, ainda é considerado um bioma em recuperação, principalmente no que diz respeito à sua fauna original de mamíferos, que durante todo o
processo de devastação e de replantio, acabou por entrar em extinção.
— É cada vez mais evidente que a floresta aparenta estar bem, mas a longo prazo sabemos que ela pode vir a se perder, o que chamamos de “florestas vazias”, ou seja, sem a fauna. Então nossa tentativa é trazê-los de volta para para conseguir manter a floresta de pé e com as funções ecológicas que ela precisa desempenhar. Os processos naturais são perdidos com a extinção das espécies animais. Não há uma floresta sem fauna que sobreviva a longo prazo — disse Marcelo Rheingantz, biólogo da UFRJ — A Floresta da Tijuca foi praticamente “defaunada” de mamíferos. Eles não voltam, pois há uma cidade no meio, diferente das aves, por exemplo.
Rheingantz faz parte de um grupo de 30 pesquisadores da UFRJ, UFRRJ, Inea e FioCruz que há seis anos começaram a reintrodução de dois mamíferos no Parque Nacional da Tijuca. Em 2010, foram reintroduzidas cutias (roedor de médio porte), que estavam em extinção não só no Parque como em toda a cidade do Rio. E em 2015, macacos bugios, que não davam as caras na Floresta há mais de 100 anos.
— Esses animais tem um papel importantíssimo no reestabelecimento das interações ecológicas e no processo de regeneração da floresta. Esse ambiente é rico em alimentos para esse animais, que dispersam as sementes, enterrando-as no solo, sobretudo de árvores maduras da Mata Atlântica. Mesmo em pequeno numero populacional, já estão desempenhando um papel ecológico importante, até de palmeiras que estão ameaçadas de extinção, como por exemplo o palmito jussara — disse.
Atualmente, já são mais de 40 cutias espalhadas pela Floresta, e quatro bugios, monitorados constantemente pelos pesquisadores.
— No caso da população das cutias estamos observando que elas estão tendo um sucesso de crescimento. Em relação aos bugios estamos em tratativas de colocar mais dois grupos esse ano (que variam de 3 a 8 bugios por grupo). No primeiro grupo, tem três em cativeiro; e vamos tentar capturar mais alguns que vivem em perigo nas beiras de rodovias em fragmentos da Mata Atlântica no Norte Fluminense e colocá-los em segurança aqui. — contou.
Rheingantz diz que os pesquisadores estão fazendo um estudo sobre colocar outros mamíferos, mais ainda é algo embrionário.
— Percebemos que na floresta faltam alguns elos da cadeia alimentar, tais como pedradores de meio de cadeia carnívoros como por exemplo pequenos felinos (como gatos do mato), e mustelídeos (como iraras e furão). Eles são importantes pois servem para controlar possíveis aumentos excessivos de herbívoros. Mas tudo isso só poderá ocorrer uma vez que as outras reintroduções forem dando certo. Ainda é um estudo tudo isso, que no futuro pode dar certo — contou.
Essa reintrodução de animais é apenas uma das dezenas de pesquisas sendo realizadas pelos quase 4 mil hectares do PNT. A produção científica gerada é bastante variada e se refere a estudos sobre botânica, zoologia, ecologia, genética, farmacologia, parasitologia, geociências, manejo e conservação, geologia, geografia, hidrologia, química ambiental, ciências ambientais, turismo, arquitetura, entre outros.
— Atualmente o parque tem 70 projetos teóricos e práticos em andamento das mais diversas áreas, desde taxonomia de fungos e vegetais, até os efeitos sócio ambientais da atividade turística, por exemplo — disse Ernesto Viveiros de Castro, chefe do PNT.
Castro diz que ocorre um apoio e uma troca mútua entre pesquisadores e o parque. O PNT oferece uma infraestrutura com monitores para servir de guias pelas floresta, um alojamento chamado de Casa do Pesquisador, que comporta até 14 pessoas e conta com televisão e chuveiro aquecido, e condução para transporte de pessoal, animais e equipamentos.
— Toda e qualquer informação sobre sobre o ambiente natural do parque pode gerar ações úteis e interessantes para nós. Para uma unidade de conservação isso é fundamental: temos que entender o que estamos conservando, a monitorar isso. Todo ano fazemos uma emissão com informações que podem ser utilizadas pelo parque — explica ele.
Coordenadora do setor de pesquisas, Katyucha Andrade diz que o PNT tem planos de ampliar a Casa do Pesquisador, colocando um laboratório na parte dos fundos da casa, para triar os materiais coletados em campo, o que atualmente tem que ser feito na sala. Ela diz que as inscrições para pesquisas podem ser feitas online, pelo Sisbio, no site do Icm-Bio, criado em 2007.
— O pesquisador que quer fazer pesquisa em seios federais se cadastra, daí se gera uma senha. Depois ele pede autorização para pesquisa ou para aula de nível superior. Essa regularização online e cadastro permitiu que tivéssemos mais facilidade para as informações sobre pesquisas — conta.
processo de devastação e de replantio, acabou por entrar em extinção.
— É cada vez mais evidente que a floresta aparenta estar bem, mas a longo prazo sabemos que ela pode vir a se perder, o que chamamos de “florestas vazias”, ou seja, sem a fauna. Então nossa tentativa é trazê-los de volta para para conseguir manter a floresta de pé e com as funções ecológicas que ela precisa desempenhar. Os processos naturais são perdidos com a extinção das espécies animais. Não há uma floresta sem fauna que sobreviva a longo prazo — disse Marcelo Rheingantz, biólogo da UFRJ — A Floresta da Tijuca foi praticamente “defaunada” de mamíferos. Eles não voltam, pois há uma cidade no meio, diferente das aves, por exemplo.
Rheingantz faz parte de um grupo de 30 pesquisadores da UFRJ, UFRRJ, Inea e FioCruz que há seis anos começaram a reintrodução de dois mamíferos no Parque Nacional da Tijuca. Em 2010, foram reintroduzidas cutias (roedor de médio porte), que estavam em extinção não só no Parque como em toda a cidade do Rio. E em 2015, macacos bugios, que não davam as caras na Floresta há mais de 100 anos.
— Esses animais tem um papel importantíssimo no reestabelecimento das interações ecológicas e no processo de regeneração da floresta. Esse ambiente é rico em alimentos para esse animais, que dispersam as sementes, enterrando-as no solo, sobretudo de árvores maduras da Mata Atlântica. Mesmo em pequeno numero populacional, já estão desempenhando um papel ecológico importante, até de palmeiras que estão ameaçadas de extinção, como por exemplo o palmito jussara — disse.
Atualmente, já são mais de 40 cutias espalhadas pela Floresta, e quatro bugios, monitorados constantemente pelos pesquisadores.
— No caso da população das cutias estamos observando que elas estão tendo um sucesso de crescimento. Em relação aos bugios estamos em tratativas de colocar mais dois grupos esse ano (que variam de 3 a 8 bugios por grupo). No primeiro grupo, tem três em cativeiro; e vamos tentar capturar mais alguns que vivem em perigo nas beiras de rodovias em fragmentos da Mata Atlântica no Norte Fluminense e colocá-los em segurança aqui. — contou.
Rheingantz diz que os pesquisadores estão fazendo um estudo sobre colocar outros mamíferos, mais ainda é algo embrionário.
— Percebemos que na floresta faltam alguns elos da cadeia alimentar, tais como pedradores de meio de cadeia carnívoros como por exemplo pequenos felinos (como gatos do mato), e mustelídeos (como iraras e furão). Eles são importantes pois servem para controlar possíveis aumentos excessivos de herbívoros. Mas tudo isso só poderá ocorrer uma vez que as outras reintroduções forem dando certo. Ainda é um estudo tudo isso, que no futuro pode dar certo — contou.
Essa reintrodução de animais é apenas uma das dezenas de pesquisas sendo realizadas pelos quase 4 mil hectares do PNT. A produção científica gerada é bastante variada e se refere a estudos sobre botânica, zoologia, ecologia, genética, farmacologia, parasitologia, geociências, manejo e conservação, geologia, geografia, hidrologia, química ambiental, ciências ambientais, turismo, arquitetura, entre outros.
— Atualmente o parque tem 70 projetos teóricos e práticos em andamento das mais diversas áreas, desde taxonomia de fungos e vegetais, até os efeitos sócio ambientais da atividade turística, por exemplo — disse Ernesto Viveiros de Castro, chefe do PNT.
Castro diz que ocorre um apoio e uma troca mútua entre pesquisadores e o parque. O PNT oferece uma infraestrutura com monitores para servir de guias pelas floresta, um alojamento chamado de Casa do Pesquisador, que comporta até 14 pessoas e conta com televisão e chuveiro aquecido, e condução para transporte de pessoal, animais e equipamentos.
— Toda e qualquer informação sobre sobre o ambiente natural do parque pode gerar ações úteis e interessantes para nós. Para uma unidade de conservação isso é fundamental: temos que entender o que estamos conservando, a monitorar isso. Todo ano fazemos uma emissão com informações que podem ser utilizadas pelo parque — explica ele.
Coordenadora do setor de pesquisas, Katyucha Andrade diz que o PNT tem planos de ampliar a Casa do Pesquisador, colocando um laboratório na parte dos fundos da casa, para triar os materiais coletados em campo, o que atualmente tem que ser feito na sala. Ela diz que as inscrições para pesquisas podem ser feitas online, pelo Sisbio, no site do Icm-Bio, criado em 2007.
— O pesquisador que quer fazer pesquisa em seios federais se cadastra, daí se gera uma senha. Depois ele pede autorização para pesquisa ou para aula de nível superior. Essa regularização online e cadastro permitiu que tivéssemos mais facilidade para as informações sobre pesquisas — conta.
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