Caramba, olha a encrenca..... que situação..... Olha o vídeo está com defeito, mas, é da própria geradora da matéria, tá?
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Canil foi montado no Campus do Vale, na Zona Leste de Porto Alegre.
Docentes reclamam dos latidos; alunos cobram novo espaço da reitoria.
Projeto criado para salvar cães abandonados, um canil virou impasse entre voluntários, professores e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O local fica dentro do Campus do Vale, na Zona leste de Porto Alegre, e recebeu aval da instituição para ser montado. Mas acabou se tornando o centro de um conflito.
Iniciativa da ONG Patas Dadas, o trabalho salva a vida de muitos cães e controla a circulação dos animais entre a comunidade acadêmica. Por outro lado, parte do corpo docente reclama que o
trabalho está sendo prejudicado. O motivo é a localização: o canil fica ao lado de salas de aula e dos laboratórios.
Os professores, quando em situação de muito estresse, vem com tampões no ouvido para conseguir trabalhar", diz Maria Cátira Bortolini, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Genética e Biologia Molecular da UFRGS
O canil tem como objetivo fazer o controle dos diversos cães que aparecem no pátio da universidade. Os próprios estudantes coordenam o trabalho e atuam de forma voluntária no projeto. No canil, o número de animais varia de 30 a 50.
O problema é a localização: fica bem ao lado de um prédio onde há aulas e pesquisas. Professores do Departamento de Genética reclamam que, às vezes, é impossível trabalhar.
“Eu passo o dia inteiro com esse barulho constante. Tem horas que diminui, tem horas que fica simplesmente insuportável. Eu fico aqui tentando preparar aula, escrever artigos, atender meus alunos e tem dias que eu simplesmente não consigo me concentrar”, argumenta a professora Luciane Passaglia.
Canil dentro de campus gera impasse na UFRGS
(Foto: Reprodução/RBS TV)
Uma das salas está sem uso, embora seja nova. Amplo, o espaço tem capacidade para acomodar mais de 20 alunos. No entanto, os professores não querem mais dar aula no local por causa do barulho.
“As salas já foram desativadas, e os gabinetes dos professores, infelizmente, não tem como serem desativados. Então os professores, quando em situação de muito estresse, vem com tampões no ouvido para conseguir trabalhar”, explica a coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Genética e Biologia Molecular, Maria Cátira Bortolini.
Cães são abrigados em espaço montado dentro
da universidade (Foto: Reprodução/RBS TV)
Um laboratório do Departamento de Genética fazia experimentos com camundongos para estudos de doenças. Há dois anos, os professores decidiram encerrar as atividades.
“A gente teve que desativar esse setor todo porque os animais que a gente trazia chegavam saudáveis, mas, com o contato com os animais no campus, principalmente esses cães do canil que têm um manejo inadequado, ficavam com sarna, tiveram o desenvolvimento de diversas zoonoses, que impossibilitava as análises que a gente queria, que era exatamente a nível de sistema imune”, lamenta o professor José Artur Bogo Chies. “Destruía completamente os resultados”, continua.
Os estudantes que dividem o tempo entre as aulas e os cuidados com os cachorros admitem que a área usada não é a ideal, e cobram da reitoria uma solução. “A gente luta muito pra sair dali, porque a gente também quer sair. Nós não queremos atrapalhar a comunidade, porque nosso trabalho é justamente para ajudar a comunidade. Então, todo problema que a gente tem, a gente tenta resolver, só que infelizmente muitas coisas não dependem só da gente”, defende Gabriel Lima Simões, voluntário da ONG Patas Dadas.
Nós não queremos atrapalhar a comunidade, porque nosso trabalho é justamente para ajudar a comunidade. Todo problema que a gente tem, a gente tenta resolver, só que infelizmente muitas coisas não dependem só da gente" - disse Gabriel Lima Simões, voluntário da ONG Patas Dadas
Segundo a ONG, mais de 600 cachorros já foram retirados do pátio e encaminhados pra adoção.
“A gente via que era uma situação bastante complicada, uma situação que apresentava riscos, não só aos animais, mas também às pessoas que aqui passam, alunos, funcionários, enfim. A partir desse momento, a gente começou a tratar os cães, a dar uma condição de saúde pra eles”, explica.
“A gente via que era uma situação bastante complicada, uma situação que apresentava riscos, não só aos animais, mas também às pessoas que aqui passam, alunos, funcionários, enfim. A partir desse momento, a gente começou a tratar os cães, a dar uma condição de saúde pra eles”, explica.
Os professores também cobram da reitoria uma providência. A RBS TV tentou uma entrevista com algum responsável na UFRGS, mas a universidade se manifestou pela assessoria de imprensa. Diz ter conhecimento do problema e informa que um novo canil, com 48 vagas, está sendo construído em um local distante de salas de aula. Entretanto, não dá prazo para conclusão das obras.
Fonte: G1
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