28/05/2016

Animais são ferramentas contra Aedes

Os caras ficam inventando um troço que já está inventado.... ah, mas, aí ninguém leva grana.... pois é.....
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O controle biológico do Aedes aegypti tem se tornado uma alternativa, seja nas residências ou nas ruas. O peixamento, por exemplo, ação de soltar guarus, guppies e piabas em cisternas e recipientes d’água, já foi utilizada em diversos estados brasileiros, com o incentivo do poder público. Já os sapos, são comprados individualmente para “proteger” residências de gestantes na Argentina. Enquanto a epidemia não passa e os mosquitos continuam
fazendo vítimas de dengue, zika e chikungunya, as tentativas para erradicá-lo vão se tornando cada vez mais variadas. E não à toa. Só em Pernambuco são mais de 80 mil notificações das três doenças neste ano.

Libélulas
Exímias caçadoras, as libélulas têm sucesso 95% das vezes que investem contra um mosquito. No Recife, um projeto do Jardim Botânico do Recife está começando a ser posto em prática para atrair o animal até as áreas mais infestadas com o Aedes aegypti. A ideia é entregar dez a 20 sementes de uma planta chamada crotalária em postos de saúde localizados nos bairros mais atingidos por arboviroses. Atraídas pelo cheiro das flores, que demoram cerca de três meses para aparecer, as devoradoras de insetos devem trabalhar, também, contra os vetores das atuais epidemias.“Temos uma infinidade de espécies de libélulas no Recife. Algumas vivem até três anos”, explicou o veterinário do Jardim Botânico, William Wanderley. “Inicialmente, estão no espaço da larva do Aedes aegypti, pois passa 90% da vida na água, sob a forma de ninfa. Quando adulta, ataca o mosquito.”

Peixes
Riacho das Almas, município do Agreste do Estado, apostou nos guarus para combater o Aedes aegypti. Os pequenos peixes foram depositados nas cisternas de residências localizadas em pontos estratégicos da cidade, depois que o Ministério da Saúde passou a atrasar a entrega dos larvicidas. A Secretaria de Saúde da cidade observou uma melhoria e investiu de vez no bicho como principal arma contra o mosquito. Em menos de 40 dias, o índice de infestação predial diminuiu de 7,4% para 1,9%, considerado satisfatório. A partir de 4% há risco de surto de doenças causadas pelo mosquito.

Para começar uma criação dos peixes, o coordenador de endemias da cidade solicitou uma caixa d’água grande à secretária de saúde, Scheyla Gonçalves, que achou estranho, mas decidiu observar a ação. Com sucesso na diminuição da infestação e a rápida reprodução dos guarus, hoje Riacho das Almas trabalha com três enormes recipientes repletos deles. “Ainda vamos de casa em casa levar os peixes, principalmente porque estamos sob forte falta d’água. As cisternas secam e eles morrem”, comentou a secretária, acrescentando que os moradores vão buscá-los diariamente. “Eles percebem que deu certo com um vizinho e pedem também. As cidades vizinhas também vieram”.

Secretários de saúde de cidades como Passira, Casinhas, Surubim e Caruaru também estão investindo nos peixes. Algumas prefeituras receberam orientações da de Riacho das Almas, além de uma grande quantidade de peixes para dar início à criação. Itapetim, no Sertão, foi peixado com piabas. No Recife, um em cada quatro focos de dengue estão em recipientes que guardam água dentro das casas, mas o peixamento ainda não é considerado uma alternativa pela Prefeitura.

Sapos
Depois que o ministro da saúde da Argentina, Jorge Lemus, admitiu que os pesticidas não estavam sendo eficientes contra o Aedes aegypti, o controle biológico começou a ser cogitado e os sapos se tornaram a alternativa preferida no país. Com medo da zika, que já foi notificado no país pelos menos cinco vezes, mas, principalmente, da microcefalia em seus fetos, as gestantes passaram a comprar esses animais para protegê-las. Pela internet, compram espécimes vivos por até R$ 24. Mas, apesar de comerem mosquitos, não há evidências de que esses insetos fazem parte da alimentação dos sapos de maneira consistente.

Morcego
Setenta porcento das quase 200 espécies de morcego existentes no Brasil são insectívoras. Eles não só podem ser uma arma contra o Aedes aegypti como já foram usados para esse fim em diversos lugares do mundo. Na década de 1920, americanos construíram uma “torre de morcegos” para deter a enorme quantidade de mosquitos nos pântanos e charcos no extremo sul da Flórida. Uma pesquisa realizada nos anos 1950 prendeu morcegos e mosquitos em uma sala e constatou que dez insetos eram devorados por minutos. Mesmo, assim, a experiência na Flórida falhou devido ao ambiente propício à proliferação do inseto. Também com o intuito de diminuir a infestação de mosquitos, o poder público de cidades italianas como Arezzo incentiva a instalação de bat boxes, caixas que atraem os morcegos.

FONTE: folhape

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