28/01/2016

Amazônia libera mais CO2 com caça a macacos grandes e anta, diz estudo

Pior que a informação está ao alcance das pessoas, mas, estas, seguem indiferentes ou, então, já consciente que a Terra está perdida. Amo os animais (todos) porque eles são parte deste planeta maravilhoso que temos a felicidade de viver.
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Defecando sementes, animais ajudam espalhar árvores de madeira densa.
Sem mamíferos frutívoros, plantas como a maçaranduba começam a rarear.

A caça a grandes mamíferos da Amazônia prejudica a capacidade da floresta de estocar carbono porque atrapalha a reprodução de árvores densas, que dependem desses bichos para espalhar sementes, diz um novo estudo.

A conclusão foi tirada de uma simulação que projetou o impacto que a Amazônia sofrerá caso cada um dos 915 mil domicílios em zona
florestal passe a abrigar uma pessoa praticante de caça. Sob esse cenário, a floresta perderia até 6% de sua biomassa, dizem os autores do trabalho, publicado na revista "PNAS", da Academia de Ciências dos EUA.

Segundo os pesquisadores, a caça de subsistência, mesmo com escala razoavelmente pequena, aumenta a pressão sobre animais como antas, macacos-aranha e macacos barrigudos. Esses mamíferos, defecando sementes de frutos ingeridos, são cruciais para a dispersão de semente de árvores como a maçaranduba, com alta densidade de carbono.

Espécies de árvores menos densas têm sementes que tipicamente podem se dispersar pelo vento ou por animais pequenos, por isso não dependem criticamente de grandes mamíferos que as espalham por fezes.

Simulação
Para medir o impacto que a perda de população dos grandes mamíferos teria na região, os cientistas fizeram uma simulação de computador que levou em conta a composição florestal de 2.345 áreas de 1 hectare cada, mapeadas em toda a Amazônia.

O impacto da perda de biomassa por ausência de espécies de alta densidade, -- não só da maçaranduba, mas de uma miríade de espécies de madeira densa -- variou conforme a região estudada. Em algumas delas, porém, as árvores em questão representavam até 38% da biomassa local.

"Nossa estimativa é conservadora, porque tem muitas espécies de animais de grande porte que não consideramos no estudo", afirmou Peres, que contou com a colaboração de colegas do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) e da Fiocruz de Manaus.

Caça e caçador
Segundo o pesquisador, não existe um levantamento mostrando se realmente existe um caçador por domicílio nas áreas isoladas da Amazônia. Com experiência de três décadas trabalhando na região, porém, ele diz crer que esse número deve estar longe do real.

"Em quase todos os domicílios rurais num contexto de mata, de floresta, o pessoal realmente caça, sem pudor nenhum", afirma. "Eles desconhecem a legislação e, além disso, a lei 'tapa com a peneira' a caça de subsistência, que na prática acaba sendo permitida."

Oficialmente, o macaco-aranha, o macaco-barrigudo e a anta não podem ser capturados, pois são considerados ou "ameaçados" ou "vulneráveis". Mesmo com o impacto relativamente pequeno da caça de subsistência, esses animais têm suas populações afetadas, pois seus ciclos de reprodução são muito lentos.

Uma fêmea de macaco aranha, se viver até cerca de 18 anos, vai parir 5 a 6 filhotes -- menos do que uma humana seria capaz durante toda sua idade reprodutiva.

Peres e seus coautores defendem no estudo que a presença de grandes animais frutívoros seja levada em conta na seleção de áreas para projetos de retenção de carbono na floresta.

Redução de emissões
Esquemas como o Redd+, por exemplo, permitem que governos e entidades que trabalhem para manter a mata em pé sejam financeiramente remunerados, e que o valor dependa de quanto carbono cada floresta estoca, porque isso se traduz em redução de emissões de CO2.

"Até hoje, porém, esses programas bilaterais de contenção de emissões não consideraram absolutamente nada em relação à fauna" diz Peres. "O Redd+ não considera uma floresta defaunada [cujos animais foram extintos] uma floresta degradada."

Isso precisa ser levado em conta, diz, porque uma floresta sem grandes mamíferos pode não conseguir reter a mesma quantidade de carbono no futuro, mesmo protegida do desmatamento.


FONTE: G1

3 comentários:

  1. e uma pena ,mas a amazonia ,nossa fauna e nossa flora estao com os dias contados ,e questao de tempo para a devastaçao total da amazonia ,sinto pelos animais e pela riqueza da floresta ,mas a pior especie que existe na terra <os humanos vao destruir a amazonia ,assim com ja destruiu em outros paises ,se nas cidades grndes ,onde tem pessoas que cuidam disso acontece ,imaginem la no meio da amazonia ,quando a ultima arvore for derrubada ,quando o ultimo animal for morto e quando o ultimo peixe for pescado e que o homen vai descobrir que dinheiro nao se come .

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  2. Para impedir que estrangeiros invadissem e explorassem a Amazônia, o governo brasileiro na década de setenta decidiu que seria mais interessante destruí-la primeiro.

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  3. Ledo engano, Izandro. Muito, mas muito antes de toda a mata ser derrubada e do último animal ser morto, estaremos extintos. O mundo depende deles não de nós, os ufanistas medíocres.

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