06/01/2016

Abaixo-assinado em Cuiabá busca proibir carroças puxadas por cavalos

Vamos dar uma força para a proibição de cavalos puxarem carroças em Cuiabá. O link está aí no texto:
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A universitária Thaís Fonseca Figueiredo, de 20 anos, que mora em Cuiabá, está fazendo um abaixo-assinado para tentar sensibilizar os legisladores sobre os maus tratos sofridos por cavalos que puxam carroças. A única lei municipal em vigor sobre a temática disserta somente sobre o horário em que esses veículos podem circular.

"Uma das vezes o animal levou tantas chicotadas que veio para o outro lado da pista onde quase sofri um acidente, pois dirijo em Cuiabá. Outra vez foi um cavalo fraco, desnutrido cheio de feridas, que carregava um senhor e seus entulhos. Notava-se que o senhor não tinha condições de cuidar de um animal de grande porte e que aquele animal estava ali somente para ser escravo", diz trecho do texto em que pede apoio das pessoas para a proibição.

Um dos exemplos verificados por ela foi o da prefeitura de Curitiba (PR), que proibiu em outubro do ano passado a circulação de veículos com tração animal na cidade. Ela não pretende apenas alcançar a meta do site – que é de 25 mil assinaturas - e que o objetivo é que o abaixo-assinado consiga o apoio de, pelo menos, 300 mil pessoas.

Thaís, que cursa enfermagem, conta que é uma simpatizante do ativismo digital [também chamado de cyberativismo] já há alguns anos e que decidiu defender a causa dos animais porque sempre gostou muito de bichos. O abaixo-assinado tem, atualmente, 19 mil apoiadores, mas ainda está longe da meta, segundo a criadora. Ela defende a internet como ferramenta política para essas mudanças e crê que essa é uma boa forma de se lutar pelas coisas em que se acredita.

“Comecei nesta causa animal quando conheci e comecei a me envolver com as causas veganas [pessoas que não consomem nada de origem animal]. Como já tinha certo interesse pelas lutas políticas pela internet, decidi entrar na luta pelo direito dos animais. Acredito que a internet é a melhor ferramenta para se fazer esse tipo de coisa, ela é muito ampla e a mensagem alcança muita gente”, argumenta.

Ela participa de vários grupos de defesa aos direito dos animais em redes sociais e que atuou, inclusive, em um caso na capital. “Uma vez vi um cachorro muito debilitado em um casa. Espalhei a história pelos grupos e realizei a denúncia para alguns órgãos. Depois de algum tempo, voltei ao local e vi que o cão estava bem saudável e com uma aparência 100% melhor. Fiquei muito feliz com aquilo”, diz.

Sobre o abaixo-assinado, ela relata que criou após verificar uma notícia em que dizia que a cidade de Curitiba debatia medidas para proibir o uso de veículos com tração animal. Além disso, ela afirma que uma experiência pessoal a fez decidir atuar na questão.

“Passo em uma avenida de Cuiabá e vejo todos os dias um homem em uma carroça sendo puxada por um cavalo. Claramente, o animal está bem debilitado, porque manca e está bem magro. Acho errado isso, é muito peso. Choro todo vez que vejo”, revela.

Ela disse quase ter sofrido um acidente após ter sido fechada por uma carroça. Segundo ela, que costuma trafegar de moto por Cuiabá, ver algum tipo de transporte desse sendo puxado por um animais é frequente.

"É o mínimo de assinaturas para fazer alguma diferença prática. Quando chega nessa valor, as pessoas se mobilizam mais”.

Lei vigente
A lei municipal de número 5463, de setembro de 2011, de Cuiabá, disserta que os serviços de carroceiros, incluindo os de tração animal, só podem circular na cidade entre 20h e 6h. No município, esse é a única medida que legisla sobre os transportes que utilizam animais na tração.

Em novembro, o vereador Haroldo Kuzai (Solidariedade) apresentou na Câmara um projeto de lei para disciplinar o uso de animais em carroça na capital. A intenção da proposta, segundo o vereador, é prezar pela saúde e boa condição dos animais, além de aumentar a segurança no transito.

O texto do projeto aponta que os animais devem estar em boas condições físicas e de saúde, portando identificação e os donos ainda devem respeitar um intervalo de, pelo menos, dez minutos de descanso para o animal por hora de trabalho. Animais com ferimentos, gestantes ou em aleitamento não poderiam ser utilizados. Além disso, a jornada de trabalho deles não poderia passar de 8 horas por dia.

FONTE: G1

3 comentários:

  1. Ela viu o cavalinho sendo chicoteado e não fez nada...bela maneira de lutar por eles. A covardia impera neste país de ninguém! Ficar chorando não resolve o problema de quem sente dor e cansaço a cada passo. Assinei a petição, mas não tenho NENHUMA simpatia por essa pessoa fraca e sem estofo.

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