21/11/2015

Guardas florestais são mortos ao tentar protegerem elefantes dos caçadores no Congo

Meu Deus, os caras enfrentam uma barra pesada e ainda são mortos por defender os elefantes.... Onde anda a justiça neste mundo? Vejam, ao final, um vídeo da ONG que atua nesta área do Parque de Garamba....
Fonte: Daily Mail
Colaboração: Helô Arruda
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No Parque Nacional de Garamba, no Congo, dez guardas florestais se aproximaram de oito caçadores suspeitos quando foram emboscados por outros homens, fortemente armados, que estavam escondidos no mato. A perseguição virou uma luta pela vida.

O tiroteio no mês passado, em que três guardas e um coronel do exército congolês foram mortos, destaca o desafio de proteger parques em uma parte da África assolado por décadas de insurgências, guerra civil, fluxos de refugiados e governos fracos.

Ele mostra como alguns esforços de conservação se assemelham a uma espécie de guerra de guerrilha em que guardas e soldados perseguem - e são perseguidos  - por caçadores ilegais que estão abatem
elefantes africanos e outros animais selvagens.

Mas essa violência não se limita a Garamba, no nordeste do Congo. Mais ao sul, no parque nacional de Virunga, no Congo, assaltantes mataram um ranger no mês passado e outro morreu em um ataque da milícia em agosto.
Mais de 200 elefantes foram abatidos em Garamba desde um censo em abril 2014 que contou 1.780 elefantes, muito abaixo dos mais de 11 mil de duas décadas atrás.



Garamba também já foi conhecida como casa para os últimos rinocerontes brancos do norte selvagem, embora nenhum tenha sido visto mais há anos. A antiga geração de caçadores ilegais usava lanças, mas hoje caçam com granadas, foguetes e até helicópteros. Esses homens armados faz com que a ONU classifique como “em perigo” determinados locais, impedindo o turismo.


A ameaça é agora completamente militarizada – disse Leon Lamprecht, diretor de operações para Parques africanos,  grupo sem fins lucrativos com sede em Joanesburgo, que assumiu a gestão do parque de 1.890 milhas quadradas há uma década atrás.
Os 120 guardas florestais de Garamba, apoiados por até 60 soldados congoleses, estão tentando afastar os rebeldes da vizinhança do Sudão do Sul, bem como os caçadores de marfim e as milícias do Sudão e do Exército de Resistência do Senhor, grupo rebelde de Uganda.



O grupo rebelde está matando elefantes e trocando suas presas por munição, alimentos e uniformes no território controlado pelo Sudão  O exército americano está ajudando as forças africanas e uma missão de paz da ONU, com 20.000 soldados está implantada no leste do Congo. Os guardas de Garamba tem armas muito antigas, é difícil para eles se defenderem, eles aguardam permissão para importar armas melhores.

No evento que terminou com a morte dos guardas caçadores de língua árabe foram rastreados até seu acampamento ao transportar um colar satélite de um elefante abatido. Um helicóptero que voou em auxílio dos guardas teve que recuar ao ser recebido por tiros de metralhadoras.

A coordenação da Parques Africanos pediu ajuda da ONU que disponibilizou dois helicópteros mas os pilotos determinaram que era muito perigoso pousar no local. Três dias após o tiroteio os guardas foram encontrados mortos. Os caçadores roubaram as armas dos guardas mortos.

Esse tiroteio mortal do mês passado foi apenas o último a atingir os que tentam proteger a vida selvagem em Garamba. Em junho um guarda florestal e dois soldados tinham sido mortos em uma emboscada e um guarda abatido a tiros em abril. Apesar disso os guardas não perderam a determinação de atuar em defesas desses animais.


2 comentários:

  1. Revoltante.Quando leio esse tipo de notícia desejo tanta coisa ruim...
    Por isso que lá a ordem é atirar para matar como já passou em vários programas do Discovery e NatGeo.

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  2. O ser humano é um problema sério para a Natureza.

    ResponderExcluir

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