03/10/2015

Vereador quer proibir 'Atirei o pau no gato' em escolas de Sertãozinho, SP

Amei........... 
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Canção estimula maus-tratos a animais, diz autor de proposta em Sertãozinho.
Texto deve passar por comissões, mas presidente da Câmara é contra projeto.

A tradicional cantiga “Atirei o pau no gato” e sua influência na formação das crianças estão no alvo de uma discussão política em Sertãozinho (SP). O vereador Rogério Magrini (PTB), mais conhecido como Zezinho Atrapalhado, quer proibir a música e substituí-la pela versão politicamente correta “Não atire o pau no gato” nas escolas da rede municipal.


Ele defende que a letra original estimula a violência aos animais. Por outro lado, o presidente da Câmara, Silvio Blancacco (PSDB), é contra a proposta e afirma que o texto não será levado ao plenário porque fere a liberdade de expressão.

Letra ensina maus-tratos, diz vereador
A polêmica começou porque, segundo o vereador, entidades de proteção dos animais do município organizaram um abaixo-assinado com adesão de 300 pessoas alertando sobre os riscos de a cantiga original estimular as crianças a aprenderem desde cedo a maltratarem os animais.

Magrini elaborou um projeto de lei, que foi protocolado em junho e desde então segue em trâmite no Legislativo.

"É um projeto sério. Aí não tem brincadeira. Nós temos que proteger os animais. A criança de até 5 anos está em uma idade em que tudo que ela ouve aprende. Se ela ouvir atirei o pau no gato, ela vai atirar o pau no gato, porque ela aprendeu isso", sustenta.

Para ser levada para votação no plenário, a proposta precisa de parecer favorável de ao menos duas comissões – a de Redação e Justiça e da área competente, que atualmente seria de Meio Ambiente.

A fim de tentar agilizar o encaminhamento, o parlamentar diz que também tenta emplacar a criação de uma nova comissão de proteção aos animais, para tentar garantir ao menos um dos dois pareceres favorável ao tema.

"Acho que estamos em uma nova era. Não é porque a música é antiga que você põe para a nova geração. Você tem que ensinar a não atirar o pau no gato. Conheço muita gente que não gosta de gato por causa da música [original]", afirma.

O vereador, que fora da atividade parlamentar é humorista, diz que já canta a nova versão em suas apresentações infantis.

"Como eu faço show para criança, me pediram para eu cantar 'Não atire o pau no gato' para não dar mau exemplo."

A iniciativa, que divide opiniões na cidade, encontra apoio em pessoas como a balconista Maria José Pereira. Mais conhecida como Maria Vira-Lata, ela atua voluntariamente na acolhida de animais abandonados há 24 anos.

Na opinião dela, o “Atirei o pau no gato” interfere no comportamento das crianças e deve ser trocado pela outra versão. "Se a gente não trabalhar em cima das crianças hoje, eu não sei amanhã em que mundo estaremos vivendo", afirma.

Projeto não será votado, diz presidente
Mas, ao mesmo tempo em que pessoas ligadas à proteção dos animais defendem o projeto, a iniciativa é vista com discórdia pelo presidente da Câmara, Silvio Blancacco.

Segundo ele, a procuradoria jurídica do Legislativo apontou ilegalidade no texto por ferir a liberdade de expressão. Além disso, ele considera a iniciativa do vereador uma "demagogia barata".

"As comissões nem vão dar parecer e eu como presidente tenho a prerrogativa de colocar ou não na pauta, e nem vou colocar. Esse assunto já está encerrado aqui e têm coisas muito mais preocupantes para ele [vereador] se empenhar em buscar soluções do que isso", afirma.

FONTE: G1

6 comentários:

  1. Aproveita o embalo, Sr. Vereador e faça também uma letra legal e ecológica para o "Boi da cara preta, pega essa menina que tem medo de careta". Mas nem todas as cantigas de roda precisam mudar a letra, veja só:
    http://so-para-menores.blogspot.com.br/2011/10/cantigas-de-roda.html

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  2. é boi da cara preta pega essa menia q tem medo de careta, estimula a maltratar os bois, e tb aproveitar a do pato, lá vem o pato pata aki pata acolá q no fim da musica o pato vai pra panela.Muito feio essas, estas musicas incentivando maus tratos aos animais.

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  3. A intenção é nobre e o rapaz parece ser boa pessoa, mas infelizmente ele será voto vencido.

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  4. Pode ser que a música influencie os maus tratos nos dias atuais por causa da impunidade aos filhos de famílias desestruturadas, porque cresci cantando essa música com meus irmãos e nunca fizemos nenhuma maldade a gato nenhum. A maldade está na pessoa e não na música, mas nos dias de hoje, vale a pena todas as formas de se evitar qualquer tipo de apologia aos maus tratos.

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  5. Parabéns ao vereador Rogerio Magrini pela coragem de defender os animais, são pequenas ações que mudam grandes injustiças. Quem aprende a respeitar e amar os animais desde pequeno, será um cidadão do bem.

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  6. Concordo com a Vitória, mas parabenizo o vereador pela iniciativa e não creio que seja demagógica. Triste é perceber que a maioria dos políticos - como esse "presidente" da Câmara - pensa apenas em cometer falcatruas em suas "gestões" e encher seus bolsos com o dinheiro público. A liberdade de expressão deixa de existir, quando incita ao descumprimento das leis que regem a Carta Magna, e está, meu caro "presidente", fere uma das clausulas que diz que os animais estão sob a tutela do Estado e maus tratos a eles - como reza a cantiga - é crime. Onde estão os advogados dessa cidade?

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