Esta foto já saiu há alguns dias.... mas, como não deixar registrado o que o homem anda fazendo com a vida no planeta?
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São Paulo - A fotógrafa Kerstin Langenberger é uma das centenas de turistas que viajam todos os anos para o fiórde de Svalbard, no ártico norueguês, para observar ursos polares. Mas o que ela viu, recentemente, a deixou perplexa: Kerstin encontrou, repetidas vezes, animais famintos e com pouco mais do que pele e osso.
Em um post comovente em seu perfil no Facebook, a fotógrafa
publicou a imagem de um urso polar raquítico vagando atrás de alimento. Ela atribuiu a situação chocante ao degelo recorde do Ártico, associado ao aumento das temperaturas em meio às mudanças climáticas.
"Eu vejo geleiras recuando dezenas a centenas de metros a cada ano. Eu vejo o bloco de gelo desaparecendo em velocidade recorde. Sim, eu vi ursos em boa forma - mas também tenho visto [ursos] mortos e morrendo de fome. Ursos andando nas margens à procura de comida, ursos tentando caçar renas, comer ovos do pássaro, musgo e algas", escreveu a fotógrafa.
Segundo os cientistas, a diminuição do gelo do Ártico reduz a oferta de comida para os animais (o principal alimento dos ursos são focas). Em junho deste ano, um grupo de cientistas observou ursos polares comendo golfinhos-de-bico-branco, pela primeira vez, no fiórde de Svalbard, o mesmo lugar retratado por Kerstin.
A fotógrafa também percebeu que os ursos mais corpulentos são quase exclusivamente machos que permanecem no bloco central de gelo durante todo o ano, ao passo que as fêmeas, que precisam dar à luz seus filhotes em áreas mais afastadas, próximas das costas, muitas vezes são escassas.
"Com o bloco de gelo recuando mais e mais ao norte a cada ano, elas tendem a ficar presas em áreas onde não há muita comida. No primeiro ano, elas perdem sua primeira prole. No segundo ano, perdem outra [...] Muitas vezes eu vi ursos terrivelmente finos, e eles eram exclusivamente do sexo feminino - como este aqui [da foto]. Um mero esqueleto, ferido na perna da frente, possivelmente por uma tentativa desesperada de caçar uma morsa enquanto ela estava presa em terra", lamenta.
A perda de gelo marinho no Ártico tem despertado temores sobre o futuro dos ursos polares e, por isto, a fotógrafa termina seu post com um apelo comovente:
"Eu não tenho dados científicos para provar minhas observações, mas eu tenho olhos para ver - e um cérebro para tirar conclusões. A mudança climática está acontecendo aqui no Ártico. E cabe a nós tentar mudar isso. Então vamos fazer algo sobre a maior ameaça do nosso tempo. Talvez a gente não possa salvar este urso aqui. Mas cada pequena ação que fazemos para mudar os nossos caminhos é um passo na direção certa. Nós apenas temos que começar e seguir em frente!", defende Kerstin.
FONTE: Exame
sem palavras.
ResponderExcluirTomei ciência desta foto através da revista "Isto É" desta semana, cuja manchete de capa é a foto do corpo do menino curdo-sírio, Aylan Kurdi em uma praia turca. Não me envergonho de afirmar que AMBAS as cenas são, IGUALMENTE, chocantes e causam extrema perplexidade e tristeza. Não há distinção de valor entre nenhuma das duas vidas. Uma não vale mais ou menos que a outra. A foto do urso polar famélico (uma fêmea) é também parte integrante do livro "A Sexta Extinção" - vencedor do prêmio Pulitzer deste ano, na categoria (infelizmente) não-ficção - escrito pela jornalista americana Elizabeth Kolbert, cuja obra narra de forma magistral a maneira com que o "serumano" está prestes a finalizar a sua mais eficiente atuação desde que existe como espécie no planeta = o extermínio da vida, seja de qual espécie for. Até a própria. "Somos testemunhas e causadores de um dos eventos mais raros da história da vida, o seu fim. _____ Elizabeth Kolbert".
ResponderExcluirRita de Cássia - Curitiba/PR
Sinceramente? Se o "serumano" tiver êxito em extinguir a própria vida, não será uma catástrofe, será a solução.
ResponderExcluirO ser humano está consumindo tanto o planeta que quando uma mulher diz que está grávida de novo, minha reação é da mais pura revolta. Não basta um único filho, porque mais? Será que não pensam que já tem gente demais consumindo os recursos naturais, acumulando lixo e poluição, etc? Por que são tão egoístas?
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