11/08/2015

Enchentes: um plano para salvar animais

Não conheço nenhum município que tenha um plano de emergência para atender animais no caso de intempéries, nem mesmo em cidades que tenham serviços específicos para tal, como aqui no Rio que temos uma Secretaria de Proteção Animal. Em 2011 demos uma boa esculhambada no Prefeito do Rio porque a Defesa Civil do Município mandou as pessoas abandonarem seus bichinhos em casa no caso de enchente.... Ele até se desculpou, mas, na hora H continuou ignorando tudo. Lembre aí: UM PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA ATENDIMENTO AOS ANIMAIS DO RJ
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A repercussão causada pela morte de Cecil, leão-símbolo do Zimbábue, abatido por um caçador sem escrúpulos, leva-nos à conclusão de que a sorte dos animais passou a ocupar um lugar de destaque na sociedade.

As pessoas não suportam mais ver animais sendo maltratados, assassinados, famintos e até mesmo não protegidos adequadamente. Assim, cães e gatos não fazem apenas parte da nossa vida. Hoje, fazem parte da família.

As últimas enchentes na Região Metropolitana reforçam esta percepção. Imagens da destruição
de casas e alagamentos somaram-se a inúmeros registros de animais ilhados, resgatados heroicamente por gente que, embora perdendo os seus bens, não deixou o seu mascote "familiar" para trás. Exemplos de solidariedade aos animais não faltaram, pois moradores se recusaram a sair de suas casas se seus animais não fossem resgatados.

Em vários municípios, ficou evidente que protetoras e órgãos públicos fizeram um grande esforço para resgatar e abrigar animais. Mas não foi o suficiente, pois muitos ficaram pelo caminho. Sobraram heroísmo e abnegação, mas faltou planejamento estratégico.

É hora de o Executivo Municipal assumir seu papel e reconhecer a necessidade da criação do Conselho Municipal dos Animais, enviando projeto de lei para a Câmara Municipal. Há muito que defendo esta bandeira. O Conselho deve realizar o controle social, propor políticas públicas em prol dos animais, aglutinar sugestões para esterilização, identificação, guarda responsável e adoção consciente e, é claro, promover orientações à Defesa Civil para resgates em enchentes e outras calamidades.

A mesma sensibilidade e vontade que se tem para proteger animais se constata na disposição de quem oferece proteção a idosos, crianças e portadores de necessidades especiais. Ao abraçarmos causas, formamos uma corrente de solidariedade e de proteção social. Nada é excludente. Cada um escolhe o seu voluntariado e faz o seu caminho orientado para espalhar o bem na sociedade.

FONTE: JCRS

Um comentário:

  1. De vez em quando entro em um blog chamado Papa Capim. A dona do blog, Sandra Guimarães, reside fora do Brasil. Ela faz trabalho voluntário com pessoas refugiadas em várias partes do mundo e sobretudo na Palestina. Sandra é vegan e está sempre procurando desenvolver pratos diferentes para os vegans como nós - já me locupletei de várias de suas fantásticas receitas. Ela diz que admira alguns estrangeiros pela maneira como veem a luta pela libertação animal e humana em todas as suas vertentes como algo que faz parte de um todo e não um fato isolado como acontece aqui. Lá as pessoas lutam uma mesma luta por justiça, liberdade e igualdade para todos; animais humanos ou não.

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