05/05/2015

Extermínio de animais doentes preocupa ONGs na PB e projeto causa polêmica

A discussão precisa avançar constantemente.
-----------------------------------------

Após ser aprovada pela Câmara o Projeto de Lei que torna crime a violência física ou mental contra animais, autoridades paraibanas defendem o extermínio de animais doentes como forma de combate o Calazar no Estado.

Para as autoridades, a medida visa proteger a saúde pública, já grupos de defesa animal alegam que cidades do interior estariam armazenando cães em locais inadequados, sem estrutura e defendem o controle populacional com a castração. 

Especialistas em saúde pública afirmam que cães e gatos que vivem nas ruas podem transmitir
doenças que oferecem risco à saúde humana, como raiva e calazar, que pode ser transmitida através de mosquitos infectados, que picam animais doentes e podem infectar humanos. Apesar de a doença ter cura para os humanos, os especialistas continuam defendendo o extermínio.

Em Sumé, é onde a ideia de matar os animais está mais amadurecida, de acordo com a Secretaria de Saúde da Cidade, a possibilidade de sacrifício é levada em conta, pois há muitos animais na rua. 

A prefeitura do Município de Sumé, a 265 km de João Pessoa, é uma das cidades que vem se reunindo para tentar solucionar o problema. De acordo com o secretário de Saúde municipal, Antônio Carlos, existe uma estrutura local e a possibilidade de sacrifício de cães é levada em conta apesar de garantir que não tomará política de extermínio indiscriminado de cães e gatos, mas apenas dos animais doentes e que sejam nocivos à saúde humana. 

Já ONGs de proteção animal em João Pessoa, apontam que as cidades do interior não tem suporte para custear ou garantir o tratamento correto e as devidas acomodações desses animais, que segundo elas sofrem com má alimentação, falta de cuidados e chegam a morrer nos canis.
A ONG Harpias denunciou que em Sumé há denúncias de que os animais mortos estão no mesmo local que os vivos, a céu aberto e sem cuidados. Além disso, ela alega que os animais não podem ser sacrificados sem confirmação dos laudos. Além disso, a ONG aponta que as cidades devem promover a castração dos animais de rua que é o método mais indicado para o controle populacional, alertando ainda que só colocar para adoção não resolve a situação porque a taxa de adoção é pequena. 

Em João Pessoa, o trabalho do Centro de Vigilância Ambiental e Zoonoses, ligado a Secretaria de Saúde, é de recolher animais que estejam doentes, oferecendo risco a população ou ao trânsito.

De acordo com a médica veterinária Suely Silva, os animais que chegam ao local passam por um período de observação para avaliação da saúde e exames. “Os animais chegam e são feitos exames para detectar doenças. Estando bem de saúde, o animal vai para adoção e fica conosco até ser adotados, mas se estiver com alguma doença, como o Calazar, ele tem que ser sacrificado porque a doença não tem cura nos animais e eles podem ajudar a infectar os outros”, falou.

Além dos testes de saúde, os animais não dóceis também correm o risco de serem sacrificados. “Se for dócil e não apresentar comportamento agressivo, vai direto para adoção. Se o animal for de comportamento difícil, nós tentamos ressocializá-lo para que seja adotado”, concluiu a veterinária.

Outras cidades da Paraíba, como Bayeux, Cabedelo e Santa Rita também estariam com ações de controle populacional de animais de rua e de acordo com o coordenador do Núcleo de Zoonoses da Secretaria Estadual de Saúde, Assis Azevedo, as cidades devem tomar precauções para poder realizar serviços de recolhimento e sacrifício de animais de rua.
“A partir do momento que a prefeitura recolhe esses animais, ela fica responsável por eles. As cidades devem ter estrutura para fazer isso. Elas podem procurar o Zoonoses estadual para orientações. Quanto à eutanásia de animais, a prefeitura só pode realizar isso com os devidos laudos que confirmem a doença e se houver também algo no código de postura do Município. Se o sacrifício for feito sem autorização no código, o Município cometerá um crime”, alertou Assis Azevedo.

Fonte: Paraiba 

6 comentários:

  1. que horror, estão na idade da pedra ainda, duvido que façam testes em todos os animais, e seria necessario contra prova, com certeza não fazem também, cade as promotorias?

    ResponderExcluir
  2. Então vamos ter que matar humanos, pois são os maiores transmissores de doenças letais. Piada.
    Juarez Filho.

    ResponderExcluir
  3. Que horror! Espero que as ONGs da Paraiba consigam vencer esta árdua batalha

    ResponderExcluir
  4. gostaria que alguem me respondesse para quem vai o dinheiro que é repassado ao municipio devido ao retorno de ICMS que é cobrado na venda da raçao canina. Me respondam por favor. E este retorno nao é pouco. Com esse dinheiro cada municipio poderia pagar castraçao em animais do proprio municipio. E onde este o Ministerio Publico que deveria cobrar do municipio os animais que estao soltos, e que segundo a vigilancia sanitaria transmitem doenças. Entao este é um caso de saude publica.

    ResponderExcluir
  5. Sempre que em algum lugar querem eliminar a superpopulação de animais, INVENTAM DOENÇAS. Daí, arranjam veterinários pagos pelo município, ou outro órgão público, que diz tudo que eles querem ouvir pra não perder o emprego e também porque NÃO GOSTAM DE ANIMAIS. Só executam a tarefa de MATAR E MATAR E MATAR. O horror. Isso acontece em TODOS OS CCZs E CANIS MUNICIPAIS DESTE PAÍS !!! Sabe aquele canil em que trabalha gente que PARECE tão boazinha, eles matam, sim, os animais que recolhem, primeiramente não tratando. Não dão uma medicação pro pobre bicho que é recolhido doente, muito menos tratam os pobres bichos ATROPELADOS. Capaz que vão gastar com cirurgia ortopédica do animal !!! E as pessoas tem a ILUSÃO de que o CCZ ou canil vai tratar aquele bicho que apareceu ali, doente. Não. Eles vão MATAR porque o bicho está doente e pode transmitir doença pros humanos!!! Mesmo que seja simplesmente vermes, ou uma gripe, ou pneumonia, DOENÇAS PERFEITAMENTE TRATÁVEIS !!! Mas não vão gastar com bicho, né??? O máximo que fazem, se o animal não está doente, é ESTERILIZAR. E só. Os doentes são simplesmente mortos. E nada mais. TODOS FAZEM ISSO, desçam das suas nuvens cor de rosa.

    ResponderExcluir

Agradecemos seu comentário, porém, não publicaremos palavrões ou ofensas.
Os comentários não representam a opinião do portal; a responsabilidade é do autor da mensagem.

EM DESTAQUE


RECEBA NOSSOS BOLETINS DIÁRIOS

Licença Creative Commons

"O GRITO DO BICHO"

é licenciado sob uma Licença

Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas

 

SAIBA MAIS


Copyright 2007 © Fala Bicho

▪ All rights reserved ▪