Foto: André Bueno / CMSP |
A Câmara Municipal de São Paulo realizou nesta sexta-feira (27/2) o seminário “Os animais têm direitos: a mudança no paradigma na interação animal-homem”. Durante o evento, representantes de
ONGs e especialistas expliaram as mudanças nessa relação ao longo dos séculos e a importância dos animais na vida do ser humano.
A presidente da Associação Espírita Amigos dos Animais, Sandra Calado, afirmou que a consciência da população vem mudando ao longo das décadas. “Os animais eram vistos como máquinas e como se não tivessem sentimentos. Mas no contexto filosófico, religioso e científico passaram a ter mudanças no paradigma e as pessoas que convivem com animais começaram a perceber que eles são inteligentes, se emocionam e observam tudo”, declarou.
A capacidade dos bichos de estimação de ajudarem em tratamentos de pessoas que estão hospitalizadas ou em asilos também foram discutidas durante o seminário. A voluntária da Terapia Cão Carinho Fabiana Leone Corrêa veio acompanhada da cachorrinha Maria Mococa, que participa deste tipo de trabalho. “Resgatei ela das ruas e procurei essa ONG e, desde então, fizemos uma avaliação e um treinamento para poder iniciar as visitas”, contou. “É comprovado que essa interação dos animais com crianças ou idosos ajudam no relaxamento, a reduzir o tempo de internação e a melhorar a qualidade de vida daqueles que estão nos asilos”, acrescentou.
Os testes realizados em animais foram criticados pela diretora do Instituto Harris – que desenvolve produtos cosméticos sem esse tipo de pesquisa- Maria Inês Harris, que explicou que existem outros meios para garantir a segurança sem usar animais. “Muitas empresas de cosméticos já não fazem mais testes em animais, mas ainda é preciso avançar, assim como nos setores de agrotóxicos e farmacêuticos”, disse.
Ela ainda sinalizou para a necessidade de mudanças nas exigências da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). “Vários ensaios de laboratório in vitro substituem ensaios em animais. Alguns parâmetros realmente não são substituídos, mas a resposta em animal também não é tão eficiente. E a autoridade sanitária começou a entender que alguns ensaios em animais não são tão relevantes”, sinalizou a doutora em química orgânica pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
O proponente do seminário, vereador Eliseu Gabriel (PSB), considerou fundamental o debate para ajudar a cuidar dos animais e protegê-los. “Compaixão, essa é a questão central. E se a pessoa não tem compaixão com o animal, ela não tem com seres humanos também. Esse é um trabalho importante para a convivência da humanidade na terra”, disse.
Fonte: Câmara Municipal de São Paulo
Gostaria de fazer apenas uma pergunta: Por que sempre o cão? Eles já não têm privilégios de sobra? E quanto aos outros animais? Não existem??
ResponderExcluirNão se preocupe Marcia, o cão é apenas para simbolizar o seminário, além de que é mais fácil controlar um cão do que um gato em meio a multidão e isso, sem precisar passar pela burocracia, caso fosse animal selvagem ou considerado exótico.
ExcluirEspero que essa conscientização avance com maior rapidez num maior número de pessoas.
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