09/03/2015

Ribeirão Preto sedia importantes eventos do setor de graxaria

Tem gente que não sabe, mas, quando compramos ração para nossos bichos e usamos tantos outros produtos, estamos consumindo o boi morto.... mesmo que não comamos sua carne, a gente acaba envolvido com isto.... é igual a experimentação animal... por mais que fujamos para produtos politicamente corretos, acabamos caindo lá, sem querer ou saber...
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Você sabia que o sabão, sabonete, tintas, rações de animais, cosméticos, amaciantes, biodiesel, pneus e muitos outros produtos têm em sua composição subprodutos (sebo e ossos) do abate de animais coletados em frigoríficos, açougues e supermercados do país inteiro?

As empresas que fazem essa coleta e reciclagem e transformam os subprodutos em farinhas e óleos recebem o nome de graxarias. Esse setor, que movimenta anualmente R$ 5,81 bilhões no país e
emprega cerca de 50 mil pessoas, segundo dados da Abra (Associação Brasileira de Reciclagem Animal), vai mostrar suas novidades em duas feiras e discutir seus rumos em um congresso internacional nos dias 25 e 26 de março em Ribeirão Preto, no interior paulista.

Os três eventos foram anunciados nesta quarta-feira (4/3), em Ribeirão, durante coletiva de imprensa, por representantes do Sincobesp (Sindicato Nacional dos Coletores e Beneficiadores de Subprodutos de Origem Animal), que reúne 35 graxarias. No Brasil, existem cerca de 400 graxarias, sendo 250 independentes e 150 ligadas a frigoríficos.

O setor de graxaria processa por ano 12 milhões de toneladas de resíduos de abates de animais, gerando 3,4 milhões de toneladas de farinha e 1,4 milhão de toneladas de sebo
A Fenagra (Feira Internacional das Graxarias), que chega a sua 10ª edição, será realizada pela primeira vez em Ribeirão. Nos sete primeiros anos, a Feira foi realizada em São Paulo e, nos últimos dois anos, em Campinas. “A feira vem crescendo ano a ano, demandando mais espaço para receber os grandes equipamentos e o público. Escolhemos Ribeirão pelo espaço oferecido pelo Centro de Eventos Pereira Alvim, pela facilidade de acesso e hospedagem e pelo fato de a região concentrar dezenas de graxarias, frigoríficos e fábricas de rações”, disse o diretor e organizador da Fenagra, Daniel Geraldes.

Paralelamente, será realizada a 5ª edição da Expo Fet Food, um dos setores que utiliza os subprodutos de animais para a fabricação de rações para pets que cresce a ritmo acelerado no país. 

Com 100 estandes e expectativa de receber 3.000 visitantes de todo o país e também da Espanha, EUA, Chile, Europa e México, as duas feiras devem apresentar as novidades em tecnologia para o setor, como digestores e máquinas extrusoras de até R$ 4 milhões. Não há dados sobre a expectativa de volume de negócios das feiras porque, na maioria das vezes, os eventos servem de ponto de partida de futuras compras.

No 14º Congresso Brasil Rendering do Sincobesp, especialistas do Brasil e também do exterior vão apontar os caminhos para os profissionais de toda a cadeia da coleta e reciclagem.  São esperados 150 congressistas. O evento terá tradução simultânea em português, inglês e francês.

Nelson Antonio Braido, vice-presidente do sindicato e executivo da terceira geração do Grupo Braido, que emprega 900 pessoas e recolhe subprodutos do boi em todo o Estado desde 1951, afirma que as graxarias, apesar de terem uma função que garante a sustentabilidade da cadeia de carne, evitando poluição de aterros e contaminação de lençóis freáticos, ainda são alvo de muita pressão e multas por parte de órgãos ambientais que desconhecem sua função e especificidades.

Segundo Braido, atualmente 99% das graxarias brasileiras trabalham com equipamentos de ponta, que incluem filtros de ar, para amenizar os odores da produção, e operam seguindo normas internacionais.

O setor processa anualmente mais de 12 milhões de toneladas de resíduos de abate animal, gerando 3,4 milhões de toneladas de farinhas e mais 1,4 milhão de toneladas de sebo. Do total produzido de farinhas e óleos, segundo a Abra, 46% são destinados aos produtores de frango de corte, 15,3% vão para a alimentação de suínos e 13,3% para a indústria de sabões.

Fonte: Globo Rural

3 comentários:

  1. Faltou o vinho e algumas cervejas, que eu não ví aí. Eu adoro vinho e preciso ter o cuidado de escolher bem a marca, porque a maiora usa clarificador a base de colágeno, especialmente o vinho branco....

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  2. É a sub-industria do horror, do holocausto animal, do sangue inocente derramado. O ser desumano desgraçado sempre a criar, inventar motivos e material para a crueldade e morte de inocentes. Malditos sejam todos aqueles que, mesmo sabedores de toda essa ignomínia, ainda insistem nela.

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  3. A humanidade carnívora poderia ser enviada numa viagem só de ida pra Marte, pois a Terra não sentiria sua falta.

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