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Designer de moda holandesa criou uma colecção de animais de pele a partir dos casacos que ninguém usa. O objectivo? Homenagear os animais cujas peles são usadas na moda
São peluches que representam animais mas, na verdade, não são de pelúcia. Os Refurbeasts são feitos de peles já utilizadas para casacos, daqueles compridos e caros que passam de pais para filhos. A ideia é de Lisa Louwers, uma designer de moda holandesa que quer dar um novo propósito a estas peças de roupa, como forma de homenagear os animais que
foram obrigados a dar as suas peles.
“Com os Refurbeasts, procuro encorajar as pessoas a deixarem totalmente de vestir peles. Só uso casacos de peles antigos e já usados, para garantir que não são provenientes de animais mortos nas últimas décadas”, explica ao P3 via e-mail. “É um tributo ao animal”, resume.
Porque passa muito tempo em lojas de antiguidades e de roupa em segunda mão, a designer de 26 anos encontra muitos casacos de peles. “Muitos acabam [naquelas lojas] como resultado da morte de alguém (…) E quem possui um casaco de peles que foi herdado não o pode vestir por causa do tabu existente”, reflecte. Lisa quer chocar, “libertar os casacos de pele do sótão e trazê-los para a sala de estar”.
Não compra qualquer pele, assegura; apenas utiliza aquela que compõe o casaco. Um casaco de pele de coelho transforma-se num coelho, o mesmo acontece com um vison. “A forma e o tamanho são parcialmente determinados pelo casaco com que começo. Às vezes consigo ver uma forma básica de animal no casaco propriamente dito, como foi o caso do vison, que via a esconder-se na manga”, confessa.
Estes animais feitos de pele — que têm tido “muito bom 'feedback' da parte de blogues e revistas de design” — estão à venda a partir de 200 euros numa loja em Eindhoven, na Holanda, bem como online.
FONTE: PT-publico
Dá um aperto no coração saber que o bichinho de pelúcia foi, um dia, um animal indefeso assassinado por um desalmado.
ResponderExcluirNão gosto disso! O ser humano - especialmente esses novos ricos bossais - adoram novidades que os façam ter projeção. Quem pode garantir que não irá surgir daí uma nova maneira de explorar os pobres pequeninos e suas peles? Péssimo!
ResponderExcluirConcordo com a Marcia Caetano. Acho que seria muito mais humano fazer uma incineração pública. Essa designer está ganhando com esse trabalho. Tudo para o ser humano é dinheiro, é lucro. Sei que a gente tem que viver e precisa de grana para isso. Mas muito mais bonito seria ela angariar fundos para alguma associação de proteção animal, através de um "enterro digno" desses animais que foram explorados. E não "tentar homenagear" dessa maneira ridícula. Isso vai virar "tendência" para continuar a exploração de animais.
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