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No final de linha da Barroquinha, um cenário chama a atenção e emociona a quem passa pelo local. Um casebre em cima de um jardim no ponto de ônibus é o abrigo de dezenas de gatinhos. A responsável por mantê-los alimentados é uma senhora de idade com o nome de Maria Bezerra da Silva, mas conhecida como a irmã Francisca. Nossa equipe de reportagem não encontrou a bondosa senhora, mas não faltaram pessoas para elogiar a boa ação que a mesma desenvolve, mas todos pediram para não serem identificados.
No local é possível encontrar gatos de todas as raças e cores, brancos, pretos, amarelos, listrados ou pintados. Novos, velhos, deficientes e até
filhotes vivem no abrigo que mais parece um barraco. Placas de madeira e caixas velhas são as responsáveis por oferecem um lugar seguro para os animais passarem o tempo. “Ela vem todos os dias de manhã cedo e no final da tarde dar comida aos bichos. Mas já tem certa idade, tem que subir as escadas, se equilibrar no batente do jardim, e já não tem condição de fazer a limpeza do local,” conta o vendedor de uma barraquinha próxima ao local.
A falta de higiene do abrigo é um dos fatores que mais chama a atenção de quem precisa ficar no ponto durante muito tempo. O local, todo coberto de barro e grama, serve também para os animais, como espécie de banheiro, onde eles liberam urina e fezes. O mau cheiro toma conta de todo o lugar. “Quem chega perto não consegue ficar. É um fedor muito grande. Não só por que está cheio de cocô e xixi, mas por conta da grande quantidade de animais ai dentro. Quando chove então é que a situação piora muito. Só que ninguém tem coragem de denunciar, sabemos que a senhora faz de coração, se os animais saírem daí vão para onde?” questiona o gari que todos os dias faz a limpeza do ponto do ônibus.
Boa ação
A boa ação de irmã Francisca não é o suficiente para inspirar outras pessoas a fazerem o mesmo. No abrigo, uma placa suplica por ajuda e pelo bom senso: “Por favor, não maltrate os animais, por favor, não abandone gatos aqui, por favor, adote!”.
Ela sempre coloca placas e pede ajuda. Mas é muito difícil alguém ter a atitude de vir aqui e perguntar o que ela está precisando. Ao contrário, a maioria das pessoas ou abandona ainda mais animais aqui ou pega os bichinhos pra fazer maldade. Tem que use pra fazer oferenda, tem quem use para fazer churrasco, e tem outras coisas também que é melhor nem dizer. A ruindade das pessoas é algo que choca,” conta um senhor que todos os dias frequenta o lugar, levando água e comida pros felinos.
Dona Maria Bezerra da Silva segue sua luta precisando de toda ajuda possível. Quem puder contribuir, com ração, água ou até mesmo remédios, pode se encaminhar até o final de linha da Barroquinha e fazer sua doação. Os gatinhos e irmã Francisca, agradecem.
FONTE: Tribuna da Bahia
Ai, que delícia!!! Filhotinhos lindinhos!!! Adooooooroooooo gatos!!!!
ResponderExcluirO pior é que abandonam mesmo. Há dois meses encontrei um filhote de gato em cima do telhado de um vizinho, onde ele colocava entulhos. Demorei muito para descobrir onde o gatinho estava. Quando consegui resgatá-lo, vi que tinha apenas dois meses e estava faminto e com sede. Descobri quem um homem, levemente alcoolizado, deixou-o lá para mim porque "é bonitinho, filha!!!". Resultado, está em minha casa fazendo a maior festa junto com os outros.
Alguma ong amiga precisava fazer uma campanha para castrar esses gatinhos.
ResponderExcluirFoi logo na vulnerabilidade deles que pensei, pois sei muito bem como o ser humano é mau. Ajudar a limpar e tratar, quase ninguém, mas a maldade todos fazem. Que vão todos ao inferno é o que lhes desejo.
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