Achei a matéria muito legal.... gostei da manifestação da Delegacia e das ações que ela tem feito em apoio as denúncias a própria SEPDA..... só falta mesmo a justiça fazer a sua parte.....
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O
cachorro Bob Marley irreconhecível quando foi resgatado pelos agentes de
polícia, e depois, já recuperado Foto: Divulgação/ Polícia Civil
Animais não sabem denunciar e nem se defender, mas acabam sendo vítimas das
mais variadas crueldades humanas. Abandono, fome e agressões são apenas
alguns dos maus-tratos que a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA)
busca repreender. Para reforçar esse trabalho, no inicio do ano foi criado o
Núcleo de Repressão aos Maus-Tratos de Animais, que conta com
apenas dois
policiais, mais viu as denúncias crescerem 76%, majoritariamente contra
cães, gatos e cavalos.
Segundo o delegado da DPMA, Fernando Reis, houve também um aumento do número
de ações de resgate. Somente de aves silvestres, foram 470 resgates no ano
passado e 830 este ano, com 88 infratores identificados. O grande problema é
a impunidade:
— Essa é uma discussão que a sociedade deve travar. As penas são brandas
demais, de três meses a um ano de detenção, ou seja, ninguém é preso por
esse crime — diz o delegado.
Na prática, o criminoso assina um termo de compromisso e é liberado. Segundo
os policiais, a prática acaba incentivando aqueles que têm nessa prática um
meio de vida, vendendo animais silvestres ou domésticos sem qualquer
cuidado.
Atualmente, a maior parte do trabalho da DPMA é voltada para os animais,
pois 70% das denúncias tratam de animais domésticos e silvestres. Somente
este ano, segundo o chefe do Núcleo de Repressão aos Maus-tratos de Animais,
inspetor Bruno Peres, foram recebidas mais de 500 denúncias que resultaram
em 80 ocorrências. A impunidade preocupa os agentes, pois ninguém fica preso
ou é condenado por maus-tratos aos animais.
Muitos dos bichos acabaram com os donos por acaso como herança, ou a família
compra o animal, mas não tem afinidade e passa a vê-lo como um transtorno.
Contudo, a maior parte dos criminosos acumula dezenas e centenas de animais.
Num dos casos, 245 cães, gatos e cavalos eram mantidos numa fazenda no
Jacaré, na Zona Norte do Rio. Recentemente, um idoso foi preso com 130 gatos
num apartamento na Tijuca. De acordo com os agentes, muitos resgatam os
bichos nas ruas e acabam abandonando elas em casas ou terrenos tomados por
fezes e sem alimentação.
—
As pessoas sempre alegam que tratam bem. Jamais ouvi alguém que admitisse.
Tivemos um caso recente de uma senhora em Olaria que alegou que sempre
alimentava os seus cães, todos em pele e osso. Ao vê-la segurando um saco de
ração os cães avançaram sobre ela e passaram a devorar a ração — lembrou o
delegado.
E os maus-tratos também vitimizam muitos animais silvestres. Há também casos
de jacarés com tiros na cabeça, capivaras feridas e pássaros silvestres
transportados às dezenas em compartimentos mínimos.
— O ideal é as pessoas entenderem que os animais que compram ilegalmente nas
feiras são sistematicamente vítimas de maus-tratos e muitos morrem antes de
serem vendidos — alerta o delegado.
Os agentes do Núcleo de Repressão aos Maus-Tratos de Animais, oficial de
cartório Rafael Lobato e o inspetor Bruno Peres já presenciaram os mais
diversos crimes contra os animais, e lamentam a impunidade.
— O meu único consolo é que conseguimos resgatar os animais — desabafa o
inspetor Bruno Peres.
Ele mesmo não consegue ficar indiferente e já levou muitos animais para
casa. Em 2013, ele adotou a cadela de um arquiteto no Andaraí, a Merreca.
Ela vivia com um arquiteto que tinha herdado o animal dos pais.
— Ele achava que o cachorro estava velho e não cuidava. Ela tinha sarna e
estava muito malcuidada. Com menos de R$ 30 eu tratei dela, que é saudável
até hoje — conta o policial.
Outro caso marcante para a dupla foi de um cachorro abandonado por dois anos
num apartamento em Botafogo, o Bob Marley. Os vizinhos jogavam ração pelo
vasculhante, e o animal estava com os pelos muito embolados e cheios de
fezes. Mesmo após o resgate ele não conseguiu se recuperar e morreu cinco
meses depois.
Segundo o inspetor, muitas pessoas ainda têm medo de denunciar. Ao todo, 70%
dos denunciantes têm nível superior, e metade deles são agentes públicos
como veterinários e policiais. Já os autores são, em sua maioria (69%),
homens. As mulheres correspondem a 23% mulheres, as empresas a 6% e em 2%
dos casos não é possível identificar o agressor.
Quando são resgatados, os animais silvestres vão para Centros de Triagem de
Animais Silvestres (Cetas) ou para o Ibama. Já os animais domésticos vão
para abrigos municipais ou para cuidadores habilidosos.
FONTE: EXTRA
Lamentavelmente nosso Governo só prima pela criação de órgãos públicos para virarem cabides de emprego, sem que nada de efetivo aconteça, inclusive leis serem postas em prática.
ResponderExcluirE o que você esperava de um desgoverno corrupto, ladrão e assassino, Cristina? Não havendo cadeia para eles como pretende você que haja para os demais?
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