23/08/2014

Nestlé não vai comprar nada de fornecedores que imponham sofrimento aos animais

Esta semana foi vinculada matérias sobre a atitude da Nestlé com referencia ao chamado "bem-estar animal". Só queria saber se o dono da referida empresa, se não me engano ligado a criação de gado e rodeios, vai entrar de verdade nesta história.  Se for, achei que foi um passo, embora discorde da objetividade de campanhas como a da HSI e da antiga WSPA.... Mas, é o que se tem enquanto trabalhamos por algo mais avançado, né mesmo? Aliás, alguém sabe dizer porque a WSPA trocou de nome e agora é World Animal Protection? curiosidade, claro..... Vejam as matérias do O Globo e do Globo Rural.
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Nestlé anuncia que não vai mais comprar de fornecedores que impõem sofrimento a animais

Cerca de 7.300 empresas terão que se adequar a novas práticas de criação e abate

NOVA YORK - A Nestlé, uma das maiores companhias de alimentação do mundo, está adotando uma política de bem-estar animal que vai afetar 7.300 de seus fornecedores em todo o globo, além das empresas que abastecem esses fornecedores.

A medida é um dos mais amplos compromissos adotados para melhorar a qualidade de vida de animais no sistema de alimentos. Ela deverá ter impacto em
outras companhias que dividem os mesmos fornecedores ou concorrem com a Nestlé. A iniciativa também marca a primeira parceria entre uma grande companhia de alimentação e uma ONG de defesa de animais.

— No mundo digital, cada um possui um smartphone, e todos querem saber as origens das coisas e repartir essa informação — disse Kevin Petrie, gestor-chefe de contratos da Nestlé para a América do Norte. — É bom para mim? A qualidade é boa? Foi originado de forma responsável?

A nova política, segundo ele, foi um passo a mais nos esforços da Nestlé para lidar com os riscos em suas cadeias de fornecimento, tais como trabalho infantil e óleo de palma, cuja produção vem destruindo as florestas. Estas preocupações que estão detalhadas no Código do Fornecedor da Nestlé.

O compromisso com o bem-estar animal, que foi anexado ao código da empresa como um apêndice, será implementado gradativamente, segundo o documento. O objetivo é estabelecer um processo de melhoria contínua. Num primeiro momento, a Nestlé vai estabelecer com seus fornecedores um método de acompanhamento da gestão dessas cadeias para estabelecer o estado atual do tratamento dos animais. A companhia também se compromete a ajudar a desenhar as mudanças junto com os fornecedores. O documento não menciona o prazo de implementação dessas medidas.

Segundo Petrie, os consumidores de hoje sabem bem mais sobre como os componentes de seus alimentos são preparados — e eles estão mais dispostos a repartir esse conhecimento para gerar uma onda na mídia social. Sob pressão de grupos defensores do bem-estar animal, muitas redes conhecidas de restaurantes e empresas de alimentação deram prazos a seus fornecedores de carne, ovos e produtos lácteos para eliminarem práticas que ativistas e alguns consumidores consideram danosas ao bem-estar animal.

TENDÊNCIA GERAL
A Burger King, por exemplo, anunciou que até 2015 todos os ovos que utiliza virão de galinhas criadas fora de gaiolas e que só usará suínos cujos produtores documentem seus projetos para eliminar baias de gestão em determinado prazo. McDonald’s, General Mills, Quiznos e outros grupos adotaram planos similares, em muitos casos dando a seus fornecedores em média dez anos para se adequarem.

Sob seus novos padrões, a Nestlé não vai mais comprar produtos provenientes de porcos criados em baias de gestação, galinhas em gaiolas de granja, gado que tenha sido descornado ou tenha tido suas caudas arrancadas sem anestesia e animais cuja saúde tenha sido afetada por drogas que aceleram o crescimento.

O compromisso dos fornecedores será monitorada pela SGS, firma especializada em inspeções. E esta será, por sua vez, supervisionada pela ONG ativista World Animal Protection (Proteção Animal Mundial). A ONG, que vem trabalhando há mais 50 anos com governos, comunidades e agências internacionais para melhorar o bem-estar de animais, aprovou a iniciativa, segundo o site da Nestlé:

“Nossa decisão de trabalhar com a Nestlé é baseada no claro compromisso da empresa para melhorar o bem-estar animal e o efeito duradouro que isso poderá ter sobre milhões de animais de fazenda em todo o mundo”, afirmou Mike Baker, diretor executivo da organização.

FONTE: O Globo

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Nestlé anuncia reformas em prol do bem-estar animal


O anúncio foi feito nesta terça-feira (Foto: Rogério Albuquerque / Ed. Globo)
A empresa alimentícia planeja revisar o tratamento de bovinos, aves e suínos em toda a sua cadeia de fornecimento

A Nestlé anunciou nesta quinta-feira (21/8) um programa pioneiro em prol do bem-estar animal. O objetivo é revisar as práticas da empresa e garantir a eliminação de medidas controversas no que diz respeito ao trato de animais.

A nova política da empresa afirma que eliminará práticas como o confinamento de suínos em gaiolas de gestação, galinhas poedeiras em gaiolas de bateria e bezerros em gaiolas de vitelo. Além disso, se comprometeu a proibir o estímulo ao crescimento rápido de frangos de corte e outros procedimentos como o corte de caudas, de chifres e a castração de animais de produção sem anestesia.

A Humane Society International (HSI), um dos maiores grupos globais de proteção animal, comemorou o anúncio. “A maior empresa global de alimentos está afirmando que práticas cruéis como confinar animais em gaiolas, cortar partes de seus corpos sem anestesia e promover seu crescimento acelerado são simplesmente inaceitáveis”, disse Elissa Lane, vice-diretora global de animais de produção da HSI. “Nós elogiamos a Nestlé por essa iniciativa inovadora para melhorar a vida dos animais de produção em todo o mundo.”

Outra inciativa da empresa é a adesão ao movimento Segunda Sem Carne. A campanha pede que as pessoas deixem produtos de origem animal fora de seus pratos uma vez por semana. O objetivo é melhorar a saúde humana e diminuir o impacto ambiental.

A política adotada pela Nestlé é resultado de diálogos com organizações de proteção animal como a Humane Society of the United States (matriz da HSI), Mercy for Animals e World Animal Protection.

FONTE: GloboRural

7 comentários:

  1. Como sou cética quanto a veracidade das "boas intenções" dessas "empresas" vou aguardar o decorrer dos fatos, mas de antemão já deixo bem claro que bem estar animal é = liberdade - sem exploração de qualquer espécie - e proteção. É no mínimo absurdo, que a espécie que se auto intitula "racional" faça o que faz as outras espécies. A Nestlé está envolvida em muita lama - trabalho infantil escravo, destrução ambiental, manipulação de informações aos consumidores - sem contar,óbvio, com a maldade com relação aos animais. Reservas.

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  2. Um tijolo por vez e conseguiremos construir este "castelo".

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  3. Pra mim, não tem essa de "novas práticas de criação e abate", pois tirar vidas é assassinato e ponto final. Significa que, se não tivéssemos mais nenhum animal pra comer e quiséssemos comer carne a qualquer custo, usaríamos essas mesma práticas para abater outro ser humano? Além disso, o leite será de soja? Vão substituir vários produtos de origem animal por grãos, vegetais e legumes? Deixarão de apoiar rodeios?
    Quando eu tiver essas respostas, acreditarei nas boas intenções da Nestlé.

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  4. O “prestígio” da marca pode fazer uma grande diferença na difusão dos ideais veganos; que outras lhe sigam o exemplo inovador e ético no caminho de um mundo sem crueldade onde animais não sofram mais sob pretexto algum. Parabéns Nestlé, mas é só o começo, “segunda sem carne” é ótimo mas a semana inteira é melhor principalmente substituindo para sempre a utilização do leite animal em seus produtos pelo leite vegetal. Aí sim, será “bombom” demais porque a moça do “Leite Moça” será vegana também.

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  5. NESTLÁ DIZ QUE SE PREOCUPA COM OS ANIMAIS QUE MATA.

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  6. Em um mundo de carnívoros, a preocupação de grandes empresas com o bem estar animal já é uma evolução.
    O "ser humano" precisa evoluir muito para chegar no ponto de reconhecer que não vale mais que nenhum bicho, Talvez nunca chegue lá, e a humanidade se extigua antes disso.
    Assim, apesar de não ser a notícia o que gostaríamos, já é alguma coisa.
    Mesmo que a intenção dessas empresas seja apenas sua auto promoção, está se falando em bem estar animal.

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