Nossa leitora Victória, ainda se recuperando da saúde, nos mandou um tema bastante curioso e que eu não conhecia. É sobre cães que habitam as ruinas da Cidade de Pompéia, na Italia, que chega a ser visitada por cerca de 2 milhões e meio de pessoas por ano. Estou publicando dois vídeos, um artigo que conta sobre eles e a informação de que eles foram ameaçados de serem capturados em abril deste ano. Graças a militância e os próprios protetores de animais locais conseguiram mudar o rumo da história. Tem, também, várias fotos.
- 2010 -
- 2014 -
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Os cães de Pompeia
Entra-se em Pompeia por uma espécie de rampa, uma rua romana que nos leva desde a zona das bilheteiras até ao forum. Quando chegamos a este começamos a vê-los: um aqui, dois ali... Quase todos com aquele ar indolente de quem não tem de se preocupar com rigorosamente nada. Ocasionalmente, algum mostrará alguma curiosidade por quem chega. Provavelmente por ser, também ele, um recém chegado.
São os cães de Pompeia. E se o visitante julga que são penetras que ali vão à procura de ofertas dos turistas, engana-se. Eles são os atuais habitantes da cidade romana. Idas as pessoas há séculos, a caridade dos curadores das ruínas ditou que estas passassem a ser abrigo para cães vadios. Afinal de contas, não mostra a cidade em mais do que um sítio imagens do melhor amigo do Homem? Respeite-se o gosto dos antigos, então. Pompeia: cidade aberta aos cães.
Mas, ao contrário do que é habitual, os animais que por ali andam pachorrentamente, não só não parecem procurar as pessoas como também estas se mantêm um pouco à distância. Fotografias, muitas mas... festas, sinceramente, quase não as vi. E isto é capaz de não ser a melhor forma de os simpáticos bichos se promoverem. Sim, eu escrevi "promoverem". Porque eles estão ali com a intenção de serem adotados e é isso que é explicado num cartaz à entrada. São cães de Pompeia mas, amanhã, deseja-se que sejam de outro lado qualquer. Eles é que talvez não se sintam muito inclinados a abandonarem tudo aquilo. Convenhamos: quem tem uma cidade inteira para si, quererá mesmo um apartamento? Quem vê centenas de pessoas por dia, quererá mesmo resumir-se a ser o cão de apenas três ou quatro?
Considerações à parte, os canes (é Latim para "cães", senhores), são uma graça ternurenta no meio daquilo que, sendo um fabuloso monumento, não deixa de ser, sobretudo, um testemunho de uma enorme desgraça que ceifou milhares de vidas.
Fonte: Mapa do Mundo
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A ameaça:
Em abril deste ano, estes cães foram ameaçados de serem capturados porque "algumas autoridades" acharam que isto estaria degradando as ruínas de Pompeia e prejudicando o turismo. Mas, as ONGs de proteção animal e os guias turísticos fizeram um proteto danado e a repercussão acabou convencendo ao Superintendente de Pompeia dar luz verde para os veterinários, através de um acordo entre o município e as autoridades de saúde locais. Assim pareceu ser o fim da questão. Os animais serão castrados, vermifugados e microchipados permanecendo nas ruínas de Pompéia e andando livremente.
Interessante, mas acho que a castração já deveria ter acontecido há muito tempo.
ResponderExcluirEleonora Abreu
Cães vivendo em um local que recebe milhares de visitantes, precisam estar castrados, vacinados e cuidados, para não gerar polêmicas e quiça a remoção deles do local mais cedo ou mais tarde. A proteção animal local precisar estar atenta.
ResponderExcluirUm espaço desse nas mãos e condições financeiras para mantê-lo: um verdadeiro paraíso para animais. Pena não ter uma coisa nem outra. Mas, vejam como os cães são bonzinhos, não se incomodam que humanos perambulem em sua cidade rsrsrs
ResponderExcluirO que não falta é osso pra eles cavarem! Kkkk!!!!
ResponderExcluirInteressante mesmo. Mas ainda existe abandono no local ou os cães são somente aqueles que em algum momento foram deixados e agora estão se reproduzindo? Se ainda existe abandono, as autoridades locais também deveriam tratar deste aspecto.
ResponderExcluirMe lembrou Cusco e Machu Picchu, lá existem muitos cães perambulando pela rua. Em Aguas Calientes (fica na base de Machu Picchu) eu vi vários animais e estes realmente não faziam "festinha" para humanos, uns me ignoraram solenemente. Mas lá eu vi cães entrando e saindo de estabelecimentos sem serem importunados pelos comerciantes e também vários animais com roupinhas de lã para proteger do frio. Li em um blog sobre viagens que muitos tem dono e para o povo cusquenho, o cão traz sorte e representa o guardião da casa.
Eles estão para adoção mas fico me perguntando se qualquer cão depois de passar uma bom tempo pela rua ainda consegue se adaptar a vida dentro de uma casa. Na casa de praia da minha mãe teve uma cadela que adotou ela e o marido, sempre que eles estavam por lá a cadela ficava na casa, deixava o marido da minha mãe dar banho, almoçava, dormia na varanda, etc ... Quando a minha mãe voltava, a Rosinha (o nome que a minha mãe deu a ela) ficava na casa de outros moradores. Certa vez eles perceberam que ela não estava bem, sonolenta, tremendo e sem apetite e levaram a um veterinário próximo. O Vet disse que era pneumonia e que ela precisava ser tratada, eles começaram o tratamento lá e, por receio dos vizinhos não cuidarem dela direito, trouxeram para casa. Mas ela não ficou bem, nós nos revezávamos para ela fazer as suas necessidades na rua (chegamos a sair até oito vezes com ela) mas ela ficou "travada", depois de 4 dias para que ela não tivesse outros problemas de saúde a minha mãe voltou para a casa de praia para levar ela de volta e concluir o tratamento lá. Depois disso nunca mais ela chegou perto do carro quando a porta estava aberta ...
ResponderExcluirAcredito que sejam muito mais felizes do que aqueles pobres coitados que passam a vida toda amarrados, confinados sem amor e sem cuidados.
ResponderExcluirEles não são castrados??????????
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