11/03/2014

Milhares de cordeiros morrem para a confecção de roupas

Quando a gente pensa que já viu de tudo, cai estatelada no chão..... A matéria publicada pela ANDA sobre o trabalho investigativo da ONG Occupy for Animals deixa a gente certa que humanos não tem mais jeito.... Inacreditável.... 
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A cada ano, aproximadamente 4 milhões de cordeiros da raça karakul com um ou dois dias de vida, ou ainda fetos, são mortos para a confecção de acessórios de pele e casacos. As informações são da Occupy for Animals.

Karakul (nome da cidade Qorako’l na província de Bukhada no Uzbequistão) é uma raça de carneiros domésticos originária da Ásia Central.  Esses animais são conhecidos por sua habilidade para procurar alimentos e sobreviver em condições de vida extremamente severas. Eles também são criados em grande número na
Namíbia, introduzidos na região por colonizadores alemães no início de século XX.

A espécie karakul é explorada para a produção de leite, carne, pele e lã. Uma raça de cauda pesada, sua carne é distinta. Muitos adultos têm pelagem dupla; neste caso, as pessoas separam a pele externa, mais grossa, da pele interna. A fibra relativamente grossa é usada para roupas e tapetes.

A pele de cordeiros recém-nascidos ou até de fetos é utilizada em roupas. Esses produtos são chamados karakul, swakara, astracã (Rússia), lã persa (Itália), krimmer (Rússia) e garaköli bagana (Turquia).

Os animais têm um padrão de pelagem frisada e firme. Os cordeiros devem ter menos de três dias de vida quando são mortos, ou eles perderão a cor preta e os macios caracóis. As peles dos fetos são chamadas de “broadtail”, algo como cauda larga em português. Estas peles são usadas na alta costura.

A fim de conseguir o couro do feto de karakul – valorizado pela indústria por sua excepcional suavidade – a garganta da mãe é cortada e seu estômago é aberto para remover o bebê em desenvolvimento. Uma mãe geralmente dá à luz três cordeiros antes de ser morta junto com seu quarto feto, cerca de 15 a 30 dias antes da data prevista do nascimento.

Os casacos são vendidos por até US$12.000 e os de fetos “broadtail” por US$25.000. Os cadáveres da mãe e do seu bebê são geralmente descartados como lixo. Uma pesquisa de 2008 indica que marcas como Ralph Lauren, Karl Lagerfeld, Fendi, Prada, Dolce & Gabbana, Jean-Paul Gaultier, Christian Dior, Valentino, Carolina Herrera e Givenchy usam astracã e Neiman Marcus e Bloomingdale’s vendem em suas próprias lojas. São necessários aproximadamente 30 desses pequenos animais para fazer um casaco.
Mas os fashionistas sensíveis não consomem estes produtos. Claudia Croft, editora de moda da Sunday Times Style Magazine, de Londres, recentemente chamou o astracã de “o mais cruel tipo de pele”. E Madonna, não tem sido vista em seu casaco de astracã desde que a estilista Stella McCartnery a repreendeu por estar “vestindo um feto.”

Segundo o relatório de investigação da Humane Society dos EUA:

“Momentos depois, os trabalhadores entram na sala arrastando uma ovelha prenhe por suas pernas dianteiras e traseiras. O filme captura como ela é morta. Sem sedação. O animal é jogado no chão e mantido de costas. Ele chuta na tentativa de conseguir fugir. Um trabalhador controla a parte inferior de seu corpo pisando nela com seu pé.

O funcionário corta sua garganta com uma faca comprida. Suas pernas continuam a chutar enquanto ela luta. O homem corta sua garganta mais uma vez, desta vez mais profundamente. Uma fonte de sangue jorra no chão ao seu redor. Ele então gira sua cabeça completamente, até que ela fique em suas mãos.

Aproximadamente dois minutos depois que a garganta da ovelha foi cortada, os trabalhadores pegaram o corpo, agora sem cabeça, pelas pernas e colocaram em uma estrutura de madeira parecida com um berço…

O movimento vigoroso no abdômen do animal morto; evidentemente é o cordeiro por nascer chutando, imagem visível no vídeo….

Os trabalhadores pressionaram o abdômen da ovelha várias vezes. Não havia mais movimento visível. Cerca de trinta segundos depois que o movimento no abdômen da ovelha parou (ou não era mais visível), os trabalhadores amarraram e içaram seu corpo e começaram a remover sua pele.

Depois que a pele foi removida…outro trabalhador abriu o útero e puxou o cordeiro, segurando-o para nós vermos. O homem então jogou o cordeiro (feto) no chão e nós deixamos a área da matança. Doze investigadores da Humane Society foram então levados para uma área onde as peles “úmidas” (não processadas) são salgadas e colocadas ao sol para secar por vários dias.

Depois que a pele é removida, os minúsculos corpos dos cordeirinhos recém-nascidos ou fetos são descartados como matéria excedente, magras demais para servirem de comida.”


Por Ana Rita Negrini Hermes
FONTE: ANDA

9 comentários:

  1. Meu Deus, que crueldade. Boicote à essas marcas e uma atitude séria tem que ser tomada. Não pode continuar assim.

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  2. Isso é barbárie. No geral as pessoas pensam que todo produto de lã é resultado de uma tosa superficial! Isso precisa ser muito divulgado.

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  3. Que arrependimento de ter lido isso. Nunca usei e nunca usaria um troço desses, não sei pra que colocar tantos detalhes em um blog onde que lê já é defensor da causa animal. Nós não precisamos ser convencidos da bestialidade humana. Acho que podia só comentar que isso acontece, e se tiver algum link de petição, alguma coisa que possamos fazer... Eu fiquei lendo procurando isso, e agora estou me sentindo mal por ter sabido de mais uma coisa nojenta com tantos detalhes.
    É só a minha opinião.

    Thassia Reis

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    1. Thassi eu respeito sua opinião, nem vejo mais vídeos pois eu não aguento ver, fico muito mal. Mas algumas pessoas não sabem como tudo isso é feito e é preciso para se compartilhar conscientizar as pessoas do mal que é a extração de pele. Acho que foi colocado aqui em detalhes pra quem faz uso de peles saber a origem exata do casaco e podermos compartilhar mostrando a realidade. Aqui vem os amantes dos animais, mas eu sei de alguns que usam peles mesmo sendo a favor dos animais . Quantos tem animal de estimação e usa casacos de pele, tem gente que tem animal e gosta só do animal dela. A conscientização é importante e acho que este foi o objetivo, conscientizar e não horrorizar.

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    2. Eu entendo, Yana, mas esse tipo de pessoa que você falou não vem a esse tipo de blog ler sobre animais abandonados, projetos de lei, conscientização animal, preservação de espécies, nada disso. Quem usa casaco de pele não frequenta esse tipo de blog. E também não acredito que alguém aqui já não saiba a brutalidade que é. Dessa forma, continuo pensando que foi desnecessário tantos detalhes: só quem teve acesso a ele fomos nós, os protetores. Mas também respeito sua opinião e entendo seu ponto de vista. Abs.

      Thassia Reis

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  4. Pois é, cada vez caimos mais da cadeira quando lemos coisas como esta,também fiquei chocada quando li,mas é uma amonstra dos requintes de crueldades que está por trás da maldita moda e seus maldiçoados estilistas,na minha opinião quando tem um desfile de grnade proporção as ongs deveriam colocar telões no lado de fora dos eventos e soltar todos esses tipos de filmes e mostrar pra essa gente mal amadas como é feita realmente as roupas que elas vestem,se fazem isso com os animais é porque tem muitaaaaaaaa gentalha comprando essas roupas.

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  5. Se essas merdas de cabides de roupas se recusassem a vestir as roupas pro desfile ja seria um grande passo.

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  6. Estou com você anônimo. As modelos de caráter como a querida Fernanda Tavares, não desfilam esses horrores, mas outras como a "senhora" Gisele Bündchen, não vêem nada demais nisso. Porém, creio que algo mais enfático deveria ser feito POR TODAS AS ONGS para tentar dar um basta nisso, isso não pode continuar.

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  7. Se "Deus existe" o "serumanu" vai ter que prestar muitas contas a ele,
    e agora vem a segunda pergunta se "Deus existe", porque ele deixa que isso aconteça?????????.
    To muito longe de entender tudo isso !!!!

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