24/02/2014

Vive com mais de 100 animais com apenas 185 euros/mês - Portugal

Protetora em Portugal é igual a muitas aqui.... olha só....
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foto TONY DIAS / GLOBAL IMAGENS
Vive, com 185 euros/mês, em condições desumanas, em Pampilhosa da Serra. Mas o que mais pede é ajuda para uma centena de animais que alimenta. Para si, Celeste Lobo, que tem cancro, diz pouco precisar.

Quem entra em "casa" de Celeste Lobo, na Portela do Fojo, encontra um cenário de miséria. Há janelas com vidros partidos, outras que não fecham, o chão e o teto esburacados, a casa de banho não tem banheira, nem água quente. As prateleiras estão vazias. Os cães e gatos atropelam-se, numa correria por um carinho da única moradora, a mais fiel amiga. São 24 cães, sete gatos, 16 ovelhas, três cabras e tantos outros animais que ali (sobre)vivem.

Celeste sempre gostou
de animais. As agruras da vida, os dissabores que foi sofrendo com homens que a maltrataram, "já passei por tudo, menos pela prostituição e pela cadeia", levaram-na a aproximar-se cada vez mais dos bichos. "São os únicos em quem confio e que me tratam com carinho", explica.

A luso-timorense correu mundo, a trabalhar em quintas biológicas, mas acabou por regressar a Portugal com o fito de implementar um projeto similar em Pampilhosa da Serra. Só que uma doença grave acabou por a trair. Fez oito tratamentos de quimioterapia, em Coimbra, mas quando regressava a casa deparava-se com dois problemas: era agredida pelo companheiro e tinha de aguentar temperaturas negativas num barraco miserável.

Uma ajuda do Porto
Exausta e a perder a vontade de viver, Celeste acaba o relacionamento com o companheiro e entrega-se a uma causa. "Recolho animais doentes e velhos, que os donos abandonam. Estes eu sei que me tratam bem. É por eles que me levanto todos os dias e que ainda tenho forças. Se me faltassem, morria", diz. No final do ano passado, só em cães, a luso-timorense chegou a juntar quase 50.

Foi nessa altura que conheceu Cristina Fonseca, do Porto, que a tem ajudado, com o apoio de amigos, oferecendo alimentos e medicamentos e tratando os animais para adoção. "Em dois meses, conseguimos 23 adoções. Mas filmamos sempre tudo e fotografamos para a Celeste confirmar que os seus animais estão bem tratados", disse, ao JN, a benemérita portuense.

Os 185 euros/mês de subsídio de reinserção que recebe não chegam para medicamentos, pelo que Celeste come o almoço que a Cáritas lhe leva e fica o resto do dia "em branco". Da saúde, não trata, por falta de dinheiro. "Só pedia uma rulote ou um prefabricado para ir viver, com os meus animais, para um terreno da família. Já ficava feliz", afirma.

O JN tentou obter um comentário da Câmara de Pampilhosa da Serra, mas sem êxito.

FONTE: JN Pt

4 comentários:

  1. O grave é que, se, por infelicidade, ela não vencer a doença, esses animais precisarão de um novo protetor. É importante que seja adotado o maior nº deles. Com um nº menor de bichos e um lugar pra viver, certamente a qualidade de vida de todos será melhor. Tomara que ela se cure. Graças a Deus pela srª Cristina Fonseca.

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    1. Rita, pensei a mesma coisa. Que Deus cuide bem dela para que tenha forças de viver com seus animaizinhos por muito mais tempo, porém, se por fatalidade ela se for, que tenham ótimas pessoas ao redor para amparar os bichinhos.

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  2. Meu Deus! É em momentos assim, que eu gostaria, e muito, de ser rica. Por que essas pessoas que têm tanto dinheiro não ajudam alguém assim?

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  3. Como posso ajuda lá alguém sabe?

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