Eu acredito no sentimento dele e o quanto o cão ajuda na sua sobrevivência.... As imagens não mostram a verdadeira relação dele com o cão.... Então, fica difícil avaliar se eles são, realmente, felizes juntos....
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Junior ficou conhecido nas ruas de Sorocaba (SP) por pedir esmola com o Spyke sobre os ombros. Cachorro desapareceu na semana passada, mas foi devolvido
ao rapaz dois dias depois.
ao rapaz dois dias depois.
Há quem duvide da magia do Natal, mas esse não é o caso do Wilson Aparecido da Silva Junior, morador de rua que havia perdido o seu maior parceiro na semana passada: o cachorro Spyke. O G1 conversou com ele. (Assista ao vídeo abaixo)
Junior, como ficou conhecido pelas ruas de Sorocaba (SP) por pedir esmola equilibrando seu pet nos ombros e cabeça – manobra chamada por ele de “a arte do Spyke” -, agora está com o sorriso estampado no rosto ao reencontrar o amigo e saber que terá sua companhia durante a noite de Natal.
“Agora é só alegria. Estou muito feliz de terem encontrado o Spyke e me devolvido. Tenho ele desde os quatro meses de vida. Ele é meu amigão”, diz o rapaz, de 23 anos. Spyke sumiu na madrugada de quinta-feira (14) enquanto Junior dormia na calçada sob a cobertura de um comércio no bairro Campolim, na zona sul da cidade.
O apelo para encontrar o Spyke foi feito pelo publicitário Deijivan Hanavan, que ao ver a preocupação do homem sem saber o paradeiro do animal, resolveu ajudá-lo. "Ele estava parando as pessoas no sinal com uma foto do Spyke na mão para perguntar se alguém o viu. Também estava muito triste e disse que ninguém tinha visto o cão", relatou o publicitário no dia que postou o vídeo em uma rede social.
De casa para as ruas
Junior conta que saiu de Nova Fátima, cidade com pouco mais de 8 mil habitantes no interior do Paraná, para tentar a sorte em um município com mais oportunidades. Com 18 anos, ele conta que deixou a casa dos pais em busca de espaço, tanto no mercado de trabalho quanto “físico”. “A gente é pobre e a casa é pequena. Não tem muito espaço. Eu quis tentar uma vida melhor.”
O rapaz deixou a cidade paranaense com uma densidade demográfica de 28,75 habitantes por quilômetro quadrado e escolheu Sorocaba, com quase 700 mil pessoas, e mais de 1,3 mil habitantes por quilômetro quadrado, segundo Censo do 2010 do IBGE.
A escolha foi por ter parentes na cidade paulista. E foi uma tia de Sorocaba que lhe deu o Spyke, ainda com quatro meses de vida. Entretanto, Junior relata que logo depois teve desentendimentos e precisou deixar a casa, ganhando as ruas junto com seu novo amigo.
“Não sou criado com a família daqui [Sorocaba]. Existe uma certa diferença... Como meu pai me falou: ‘Mesmo que a gente esteja certo, a gente tem que ficar quieto, escutar e deixar.’”
Foi neste momento que ele deixou tudo para trás, menos o Spyke, e passou a conviver na rua entre os carros em busca de algumas moedas. “Eu tento levar para as pessoas o amor entre um cachorro e um homem. Porque, às vezes, quanto mais eu conheço o ser humano, mais eu amo o meu cachorro. Quanto mais eu vivo nessa vida, mais eu amo o Spyke.”
Em busca de trabalho
Apesar da escolha de viver nas ruas, o dono do Spyke afirma que deseja sair dessa rotina e ter um lar onde possa morar com seu “amigão". Mas para isso precisa de um emprego para se manter financeiramente. Há cinco anos em Sorocaba, Junior conta que chegou a trabalhar como servente de pedreiro, ajudante e limpador de vidro, este último diz ter até especialização.
“A gente que tem só segundo grau e não tem muito curso, é muito difícil arrumar emprego. Já cheguei a entregar 40 currículos e não fui chamado.”
Enquanto aguarda uma oportunidade de trabalho e chance de mudar sua vida, ele continua apresentando aos motoristas em Sorocaba a “Arte do Spyke” por uns trocados. Sem saber onde vai estar na noite de Natal e como será sua ceia, uma coisa ele diz ter certeza: vai ser na companhia do Spyke. “Meu amigão está de volta. Estamos aí na atividade, levando o nosso amor, nosso carinho para as pessoas. Todo mundo tem problemas, o resto é o resto”, finaliza.
Fonte: G1
Fonte: G1
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