Em se tratando de animais tudo é complicado. O que está se questionando é o por que tudo isto não foi tratado antes? E se foi tratado (a gente nunca sabe) porque não foi cumprido?
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Centro de Triagem de Animais Silvestres, em Tijucas do Sul, era gerenciado pela PUC-PR, que encerrou as atividades em junho.
O Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em Tijucas do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, encerrou as atividades no fim de junho deste ano. O local era gerenciado pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), que mantinha uma parceria com o Ibama, para a manutenção do espaço. Com o fim das atividades do Cetas, o estado ficou sem um espaço específico para a triagem de animais silvestres.
Segundo a diretora de Avaliação de Impacto Ambiental e Licenciamentos Especiais, do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Edilaine Vieira, o Cetas era responsável por receber animais que chegavam, principalmente, por apreensões realizadas pelos órgãos de fiscalização ambiental. Ela explica que ali era avaliada a saúde do animal e a possibilidade de soltura ou de encaminhamento para criadores credenciados ou zoológicos, por exemplo.
Além disso, o local abrigava uma série de animais, que o Cetas não conseguia encaminhar. "Nós auxiliamos a destinação do plantel que eles tinham lá. Vários animais moravam no local porque a PUC-PR não conseguia fazer a destinação", diz Vieira.
Entre esses animais havia um grupo de tartarugas exóticas, que foram abatidas por não poderem ser soltas na natureza. "É proibida a criação, a soltura, o comércio, porque é uma espécie invasora", diz Vieira. Segundo ela, as tartarugas poderiam causar a morte de espécies nativas, por não possuírem um predador natural.
A PUC-PR informou, em nota, que a manutenção do Cetas custava cerca de R$ 700 mil ao ano. "A vinculação da PUC-PR com o Centro de Triagem não foi estendido por não se tratar de uma atividade relacionada diretamente ao foco da Instituição", diz trecho do texto.
Com o fim das atividades do Cetas, o Paraná ficou sem um espaço específico para a triagem de animais silvestres. Segundo Vieira, os animais que são apreendidos ou encontrados em situação de risco são avaliados. Ela diz que muitos são soltos imediatamente. Quando não é possível, eles são reencaminhados para criadores autorizados, até que possam ser soltos ou para viverem em cativeiro. "A gente não tem uma estrutura de recintos, como tem no Cetas. A gente não está operando com a guarda de animais", explica a diretora do IAP.
De acordo com a PUC-PR, o espaço onde o Cetas funcionava deve ser transferido para o Ibama que, por sua vez, deverá transferir a administração para o IAP. Vieira diz que as tratativas estão adiantadas, mas ainda não há definição sobre quando tudo será resolvido.
Veja a íntegra da nota da PUC-PR
A Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) esclarece que o funcionamento do Centro de Triagem para Animais Selvagens (CETAS), em Tijucas do Sul, foi fruto de um termo de cooperação técnico-científico com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama/PR) desde 1999. No referido instrumento, a Instituição assumiu o compromisso de gerir integralmente o local até março de 2017. Cerca de 01 (um) ano antes do encerramento do Termo de Cooperação, foi iniciado um ciclo de alinhamentos entre a PUCPR e os representantes do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Ibama/PR, intuindo que o encerramento das atividades do CETAS se desenvolvesse da forma mais adequada, com o menor impacto possível e, inclusive, tendo-se colocado à disposição para assessorar e apoiar os órgãos competentes em suas eventuais novas iniciativas a respeito do tema. A vinculação da PUCPR com o Centro de Triagem não foi estendido por não se tratar de uma atividade relacionada diretamente ao foco da Instituição. Todas as etapas do encerramento das atividades foram devidamente acompanhadas pelos órgãos ambientais e respeitaram todos os protocolos vigentes, de modo que em junho de 2017 ocorreram as últimas destinações de animais para outras instituições.
À frente do CETAS há 17 anos, a Universidade manteve o local exclusivamente com recursos próprios, incluindo a manutenção da área com investimentos frequentes, alimentação e despesas necessárias para tratar e manter os animais silvestres. Por ano, o Centro consumia investimentos de cerca de R$ 700 mil. A PUCPR enfatiza que todos os procedimentos realizados para a destinação dos animais respeitaram os princípios clínicos, éticos, legais e regulamentares vigentes.
A Instituição informa ainda que há possibilidade da área e estrutura serem transferidas definitivamente para o Ibama, o qual manifestou interesse na reativação do CETAS. Porém, tal projeto depende do interesse do IAP em se comprometer com a gestão da área, sobretudo, porque este órgão é o titular da missão de proteger, preservar, conservar, controlar e recuperar o patrimônio ambiental do nosso Estado.
A PUCPR ressalta que não haverá prejuízos para a comunidade acadêmica em relação ao aprendizado, uma vez que possui outras estruturas e parcerias que oferecem o suporte para o desenvolvimento das competências necessárias aos profissionais das áreas de Medicina Veterinária e Ciências Biológicas. A Universidade reitera que não poupou esforços para manter o CETAS por tantos anos com recursos próprios, com um padrão de qualidade modelar no Brasil e no mundo.
FONTE: G1
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