10/10/2016

China com “défice de burros” importa milhões de animais por ano para produção de remédio tradicional

Inclusive burros aqui do Brasil, não se esqueçam...
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A China precisa de 4 milhões de burros por ano para produzir um medicamento tradicional, mas apenas consegue produzir 1,8 milhões. Tem de importar mais de metade e há países a fechar as exportações.

A China tem atualmente um défice de burros no país. Sim, leu bem. De burros. Nós explicamos: um dos remédios mais utilizados pela medicina tradicional chinesa (e que é bom para qualquer
enfermidade), o ejiao, é feito a partir da pele do burro. E as importações não estão a chegar para fazer face à elevada procura. Vários países africanos já estão a cortar a exportação de burros, para evitar o desaparecimento da espécie.

Como explica o El País, a China produz perto de cinco mil toneladas de ejiao por ano. Visto que de cada animal se podem extrair entre 1,5 e 2,5 kg daquele produto, são necessários 4 milhões de animais por ano. No entanto, a produção chinesa apenas chega aos 1,8 milhões, o que significa que o país tem de importar 2,2 milhões de burros todos os anos. E esta prática está a colocar em causa as populações de burros na China: há 25 anos o país contava com 11 milhões de burros, enquanto atualmente apenas cinco milhões vivem na China.

Por isso, o gigante asiático vira-se para outros locais do mundo. Entre 2013 e 2015, as importações de peles de burro cresceram perto de 150% — de 9,32 para 22,44 toneladas. O produto vem sobretudo do México, do Peru e do Egito, mas também de outros países, nomeadamente de África. Num ano, as exportações de burros no Níger triplicaram, levando o país a proibi-la, com medo de que a espécie acabe. Também o Burkina Faso já teve de proibir a saída de burros, devido à população sobre-explorada.

O diretor do Centro de Biotecnologia da Academia de Ciências Agrícolas de Shandong, Bu Xun, explica que “o burro é difícil de criar, o seu período de crescimento é longo e não é fácil criá-los em grande escala”. E o secretário-geral da União de Estratégia e Inovação Tecnológica da Indústria do Burro, Sun Yujiang, denuncia também a falta de subsídios para a criação de burros, que existem para outras espécies, como a vaca e o porco.

A falta de burros está a fazer os preços subir, e também a motivar a produção de falsificações, havendo já produção de medicamentos a partir da pele de mulas, cavalos, porcos ou bois.

Fonte: O Observador

2 comentários:

  1. absurdo ter esta gente no mundo pra ainda ser divido o ar da atmosfera c estes monstros.

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  2. Se a porcaria da medicina tradicional chinesa desse mesmo resultado, não teria tanto chinês doente. Afinal, quando será que os imbecis primitivos irão evoluir?
    Coitadinhos dos burrinhos, não tem sossego!

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