06/10/2016

Anima projecta construir um centro em Portugal para acolher galgos do Canídromo

Alguma coisa precisa ser feita..... tomara que consigam em Portugal, pois, estavam tentando na Espanha.... estes pobres animais precisam sair das mãos daqueles bandidos que os usam nas corridas em Macau. Leiam o que publicamos sobre o assunto AQUI.
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O presidente da Anima quer construir no Alentejo um centro internacional de realojamento de animais, para onde pretende transportar, após o término da concessão, os galgos do Canídromo de Macau. A estrutura, diz Albano Martins, servirá ainda para auxiliar as autarquias portuguesas no acolhimento de animais abandonados.

A Anima está a trabalhar no projecto de construção de um centro internacional de
realojamento de animais em Portugal, que ficará situado no Alentejo. A associação de defesa dos direitos dos animais pretende acolher nesta estrutura – e após o término da concessão do Canídromo à Companhia de Corridas de Galgos de Macau – os cerca de 700 animais que dizem estar em actividade ao serviço da Companhia Yat Yuen, para depois promover a sua adopção por parte de diversas organizações europeias. A revelação foi feita ontem ao PONTO FINAL por Albano Martins, que diz ter já um terreno em vista, faltando encontrar um patrono que financie o projecto. Caso os galgos lhe sejam entregues e consiga avançar, o presidente da Anima pretende envolver as autarquias portuguesas, que se deparam com dificuldades na gestão do crescente número de animais abandonados.

“O que nós queremos é construir um centro internacional de adopção e alojamento de animais. A Anima está a pensar muito seriamente nisso, em construir um centro desse tipo em Portugal. Esse centro só irá surgir devido aos galgos, se os galgos nos forem entregues. O Governo não diz ai nem ui, no Canídromo os animais são privados e o Governo provavelmente não quer interferir”, conta Albano Martins.

Entende o presidente da Anima – que assume como certo o encerramento do Canídromo após o término da actual concessão – que, caso o Executivo interfira e lhe for permitido recolher os animais que ainda restem, faz sentido transportá-los para um centro de onde poderão ser gradualmente distribuídos por toda a Europa: “É mais fácil mover todos esses animais de uma única vez para um centro em Portugal e daí sair para a Europa, porque na Europa é a coisa mais simples do mundo nós escoarmos esses animais todos”, defende.

Já há algum tempo que o economista procura um terreno em Portugal para a construção do centro, tendo-se entretanto deparado com uma possibilidade: “Já tenho um local. Será um centro internacional de realojamento de animais, algo assim. Temos um espaço previsto, posso dizer que é um terreno que vai ter entre 30 a 50 hectares, é no Alentejo. Há um terreno apalavrado, que não está comprado, e há algumas reuniões em Portugal agendadas, para permitir que esse número de animais consiga entrar em Portugal, porque por lei não é permitido”.

A concessão do Canídromo termina em Dezembro de 2018, devendo a construção do centro concretizar-se algum tempo antes: “O centro tem que ser criado já. O problema é que ainda estamos na primeira fase, que é avaliar os custos deste projecto todo e arranjar um patrono para o projecto. Estamos a trabalhar nisso. Precisamos de um patrono, alguém que se cruze nisso. Provavelmente conseguiremos arranjar”, sublinha.

A nova estrutura deverá ser gerida pela Anima, adianta Martins: “Sim, será gerida por uma delegação da Anima, se for esse o entendimento da sua direcção”. A verificar-se a criação de uma extensão da Anima em Portugal, Albano Martins deverá mudar-se para o Alentejo, abandonando a presidência da associação: “Quando isso acontecer, a Anima vai ter que encontrar um presidente em Macau, eu serei um simples colaborador da Anima”, assume.

O ainda dirigente pretende envolver no novo projecto as autarquias portuguesas, estendendo-lhes uma alternativa para o escoamento de animais abandonados: “O centro terá capacidade para 700 animais, no mínimo. Vai ser para todo o tipo de animais, incluindo animais das autarquias, porque em 2017 as autarquias deixam de os poder abater e vão ter dificuldades em conseguir gerir o número de animais abandonados, que em Portugal é brutal. Por isso é que estamos a falar entre 30 a 50 hectares. Esse centro poderia não só absorver os galgos de Macau, que seriam rapidamente escoados para a Europa, como também trabalhar os animais que se encontram nos canis municipais em Portugal”.

O economista espera, de resto, contar com algum suporte financeiro dos municípios: “O centro surge para resolver os problemas dos animais que estão no Canídromo e, ao mesmo tempo, para auxiliar as autarquias, que depois irão de certo modo contribuir para o centro. Nós estamos a retirar-lhes custos, mas também queremos algumas receitas das autarquias, mesmo que sejam insignificantes”. Certo é que a nova estrutura não abrirá portas em 2016: “O Canídromo fecha em Dezembro de 2018. O centro nunca vai abrir antes do final de 2017”, prevê Albano Martins.

FONTE: pontofinalmacau

2 comentários:

  1. precisa ser feito algo de uma vez!

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  2. É difícil encontrar um patrono para o projeto porque os grandes empresários só enxergam lucro, para eles é inadmissível gastar um único centavo com o que não há retorno. Vamos torcer para que aqueles que pensam diferente, colaborem, afinal o Governo não quer interferir porque também não quer colaborar. Difícil, viu?!

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