20/08/2016

Estudo da USP elenca plantas tóxicas para animais de estimação

Importante leitura....
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Comigo-ninguém-pode é a que causa o maior número de casos de intoxicação

Quem já teve um filhote de cachorro sabe: tudo que cabe dentro da boca, eles mordem. Enquanto os “brinquedos” forem tênis, pés de móveis e meias, o prejuízo será só financeiro. Mas, quando os “pestinhas” resolvem atacar o jardim, os problemas podem ser realmente sérios.

Uma pesquisa elaborada por estudantes de medicina veterinária da Universidade de São
Paulo (USP)revelou as plantas ornamentais mais tóxicas para os pets. A campeã é a Dieffenbachia sp, mais conhecida como “comigo-ninguém-pode”. “Um terço de uma folha já é capaz de levar à morte um cão de porte médio (de 10 kg a 20 kg). Ela causa uma irritação muito grande das vias respiratórias e fecha a glote. É uma morte muito rápida”, alerta a professora Silvana Lima Górniak, coordenadora da pesquisa e representante do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) no Grupo de Trabalho de Resíduos de Medicamentos Veterinários (GRV-DF) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Para a pesquisa, os estudantes entrevistaram mais de 40 veterinários de diversas clínicas de São Paulo sobre as ocorrências de animais intoxicados por plantas. As informações, segundo Silvana, foram cruzadas com relatos da internet e de artigos científicos publicados no Brasil e no exterior.

Os tutores de pets não precisam decorar de A a Z quais são as plantas que oferecem perigo. Mas o conhecimento de que algumas espécies ornamentais podem ser prejudiciais à saúde dos mascotes é importante no caso de alguma urgência.

“Os sintomas da intoxicação por plantas podem ser confundidos com os de qualquer outra doença. Então, o que acontece é que os proprietários chegam à clínica com os animais passando mal e não se lembram de mencionar se eles ingeriram alguma planta. Isso pode fazer a diferença no atendimento do veterinário”, explica ela.

Maconha. Além da ingestão de plantas ornamentais, Silvana relata que outra ocorrência relativamente comum é a intoxicação por inalação de fumaça de maconha. “Normalmente, o histórico é de adolescentes ou jovens que se fecham em seus quartos para fumar e levam o cachorro junto”, relata a professora.

O problema é que os cães são sensíveis aos efeitos da droga duas vezes mais do que os humanos. E, se a ciência não conseguiu comprovar malefícios da maconha ao sistema nervoso humano, o mesmo não vale para os cães. “No início, o animal fica completamente perdido, não sabe o que está acontecendo, começa a ficar agressivo com o proprietário. Depois, vai dando uma depressão, e, em uma fase posterior, o animal tem convulsões e vem a óbito”, conta Silvana.

Os sintomas de intoxicação por plantas podem também incluir vômitos frequentes, fezes com sangue, tonturas, desmaios, tremores e baba. Diante de sintomas assim, é fundamental levar o animal imediatamente ao veterinário. Dar leite, ou carvão ativado, tentar provocar o vômito ou tomar outras medidas caseiras pode agravar o quadro.

Outros fatores
Venenos. Chumbinho e dicumarínicos, usados como venenos para ratos, são os campeões absolutos em intoxicações.

Chocolate. O cacau contém teobromina, que pode causar convulsões, levar ao coma e à morte.

Gatos. As intoxicações acidentais são bem menos comuns nos felinos, que são mais seletivos com o que comem, ao contrário dos cães.

FONTE: otempo

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