A ONG L214, faz um excelente trabalho investigativo lá na França sobre abate de animais. Confere a ação anterior dela quando denunciou recentemente um abatedouro na França CLICANDO AQUI. O local foi fechado.
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Um mês após a divulgação de um vídeo com duras cenas de violências contra animais, a Ong L214 divulgou nesta terça-feira (29) imagens que escandalizaram a França. Desta vez, a gravação mostra bezerros e filhotes de ovelha sendo maltratados em um abatedouro bio, na cidade de Mauléon-Licharre, no sul da França.
Atenção, as imagens podem chocar:
O vídeo, feito com uma câmera escondida no último mês de março, mostra práticas chocantes e ilegais de abate de bovinos, sobretudo de animais com menos de 45 dias de vida. A L214 registrou
uma queixa contra o abatedouro por maus-tratos e prática de atos cruéis.
Como nas imagens divulgadas há um mês, os animais se debatem quando são pendurados no abatedouro para serem sacrificados. Indiferentes ao sofrimento, os empregados começam a cortar as patas e as cabeças dos bichos ainda vivos.
A Ong lembra que, mesmo que a morte dos animais nos abatedouros sempre seja violenta, a lei francesa e europeia estipulam que "o animal deve ser poupado de toda dor ou sofrimento que possa ser evitado no momento de seu sacrifício". A legislação também estabelece que os bichos também não podem estar conscientes no momento da morte.
Atividades de "alta qualidade"
O abatedouro de Mauléon-Licharre mata, a cada ano, cerca de 35 mil ovinos e 40 mil bovinos, produzindo 3 mil toneladas de carne. A empresa tem, no total, 33 empregados e garante que suas atividades são desenvolvidas dentro da mais alta qualidade. O estabelecimento tem a certificado de agricultura biológica.
Ao visualizar as imagens produzidas pela L214, o diretor do abatedouro, Gérard Clémente, se disse chocado. Ao jornal Le Monde, o empresário contou que visita frequentemente as instalações da empresa e tenta melhorar o tratamento dos animais há anos. Clémente culpa seus empregados pelos maus-tratos aos bichos.
Já o governo declarou que o caso será investigado. "Não podemos deixar que essa situação persista. Precisaremos reforçar os controles, com uma presença mais frequente de agentes [nos abatedouros] e, talvez, com câmeras de segurança", declarou o diretor-geral de alimentação do Ministério francês da Agricultura, Patrick Dehaumont.
Já a porta-voz da L214, Brigitte Gothière, reclama da falta de ação das autoridades diante da multiplicação de casos de maus-tratos de animais nos abatedouros franceses. "Os escândalos aparecem e continuam. Além dos discursos indignados, nada muda na prática", diz.
Fonte: RFI Brasil
no meu prato não tem sangue...
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