Como entender isto? Vejam ao final a matéria a matéria que declara a legalidade da venda de chifres de rinoceronte na África do Sul.
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A proteção às presas dos elefantes e às barbatanas dos tubarões fez um progresso notável; mas o comércio ilegal de chifres de rinocerontes continua próspero
Para os que temem que o interesse da China por presas de elefantes possa significar a extinção dos animais de grande porte, aí vão duas notícias animadoras. Em 25 de setembro, o presidente chinês, Xi Jinping, aderiu à causa defendida pelo presidente americano, Barack Obama, e comprometeu-se a tomar “medidas significativas
e oportunas” para interromper o comércio de marfim.
Em seguida, em 15 de outubro, a China anunciou a proibição por um período de um ano da importação de troféus de caça de marfim da África, como mais uma medida para conter o comércio de marfim no país. Os ativistas de proteção de animais alegraram-se com a notícia. Essas medidas terão “um efeito profundo” na preservação dos elefantes, disse Peter Knights, da organização sem fins lucrativos WildAid.
Porém essas decisões não abrangem o comércio ilegal de chifres de rinocerontes. Em 2007, apenas 13 animais foram mortos na África do Sul por caçadores para roubar seus chifres; esse número aumentou para 1.200 rinocerontes em 2014. Isso reflete em parte o aumento excessivo da demanda no Vietnã, mas também da China. Os vietnamitas e chineses acreditam que o chifre de rinoceronte moído cura febres e melhora o desempenho sexual. Um quilo pode custar até US$ 70 mil.
Em uma atitude deplorável, alguns países africanos querem agora fazer uma única operação de venda dos estoques de chifre de rinoceronte, como aconteceu duas vezes com o marfim. Para que isso possa ser feito, a África do Sul terá de obter o apoio de dois terços dos Estados-membros na conferência da Convention on International Trade in Endangered Species (CITES), que será realizada no próximo ano em Johannesburgo. Dominic Dyer da Born Free Foundation espera que outros países, inclusive a China, convençam os africanos a desistir da ideia. “Estamos na mesma situação do comércio ilegal de marfim há quase dez anos”.
Para os que temem que o interesse da China por presas de elefantes possa significar a extinção dos animais de grande porte, aí vão duas notícias animadoras. Em 25 de setembro, o presidente chinês, Xi Jinping, aderiu à causa defendida pelo presidente americano, Barack Obama, e comprometeu-se a tomar “medidas significativas
e oportunas” para interromper o comércio de marfim.
Em seguida, em 15 de outubro, a China anunciou a proibição por um período de um ano da importação de troféus de caça de marfim da África, como mais uma medida para conter o comércio de marfim no país. Os ativistas de proteção de animais alegraram-se com a notícia. Essas medidas terão “um efeito profundo” na preservação dos elefantes, disse Peter Knights, da organização sem fins lucrativos WildAid.
Porém essas decisões não abrangem o comércio ilegal de chifres de rinocerontes. Em 2007, apenas 13 animais foram mortos na África do Sul por caçadores para roubar seus chifres; esse número aumentou para 1.200 rinocerontes em 2014. Isso reflete em parte o aumento excessivo da demanda no Vietnã, mas também da China. Os vietnamitas e chineses acreditam que o chifre de rinoceronte moído cura febres e melhora o desempenho sexual. Um quilo pode custar até US$ 70 mil.
Em uma atitude deplorável, alguns países africanos querem agora fazer uma única operação de venda dos estoques de chifre de rinoceronte, como aconteceu duas vezes com o marfim. Para que isso possa ser feito, a África do Sul terá de obter o apoio de dois terços dos Estados-membros na conferência da Convention on International Trade in Endangered Species (CITES), que será realizada no próximo ano em Johannesburgo. Dominic Dyer da Born Free Foundation espera que outros países, inclusive a China, convençam os africanos a desistir da ideia. “Estamos na mesma situação do comércio ilegal de marfim há quase dez anos”.
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África do Sul declara legal venda de chifres de rinoceronte
Johanesburgo - A venda de chifres de rinoceronte é a partir desta quinta-feira legal na África do Sul, após o Tribunal Superior do país revogar a proibição temporária do comércio deste cobiçado produto ditada pelo governo em 2009.
O juiz Francis Legodi, do Tribunal Superior de Pretória, justificou sua decisão em que o governo não tinha levado em conta a sociedade civil e os atores envolvidos neste assunto, ao declarar ilegal o comércio de chifre de rinoceronte.
Além disso, Legodi considera provável que a proibição tenha contribuído para aumentar os níveis de caça ilegal destes animais, cujos chifres valem mais que ouro nos mercados asiáticos devido a suas supostas propriedades curativas e afrodisíacas.
Mais de 1.200 rinocerontes morreram abatidos pelos caçadores ilegais no ano passado na África do Sul.
O número anual de animais desta espécie mortos não deixou de crescer desde 2008, quando os traficantes de chifres mataram 83 exemplares.
Com seu veredicto, Legodi dá razão aos proprietários de reservas privadas John Hume e Johan Kruger, que tinham recorrido à justiça da proibição da venda de chifres de rinoceronte.
"Que consequências desastrosas pode ter o cancelamento imediato da proibição? Eu não vejo nenhuma", concluiu em sua sentença o magistrado.
John Hume, o maior proprietário privado de rinocerontes do mundo, declarou ao tribunal que não pode fazer custear as despesas que ajuda a manter os animais sem vender os chifres de alguns deles.
Na linha de outros proprietários de rinocerontes e de alguns especialistas, Hume relacionou diretamente a proibição do comércio de chifres de rinoceronte com o aumento exponencial da caça ilegal.
O governo sul-africano reconheceu que estuda defender a legalização internacional do chifre de rinoceronte para satisfazer a demanda e lutar assim contra a caça ilegal e o tráfico deste produto.
A África do Sul tem, cerca de 20 mil rinocerontes, a maior população do mundo de exemplares desta espécie.
O juiz Francis Legodi, do Tribunal Superior de Pretória, justificou sua decisão em que o governo não tinha levado em conta a sociedade civil e os atores envolvidos neste assunto, ao declarar ilegal o comércio de chifre de rinoceronte.
Além disso, Legodi considera provável que a proibição tenha contribuído para aumentar os níveis de caça ilegal destes animais, cujos chifres valem mais que ouro nos mercados asiáticos devido a suas supostas propriedades curativas e afrodisíacas.
Mais de 1.200 rinocerontes morreram abatidos pelos caçadores ilegais no ano passado na África do Sul.
O número anual de animais desta espécie mortos não deixou de crescer desde 2008, quando os traficantes de chifres mataram 83 exemplares.
Com seu veredicto, Legodi dá razão aos proprietários de reservas privadas John Hume e Johan Kruger, que tinham recorrido à justiça da proibição da venda de chifres de rinoceronte.
"Que consequências desastrosas pode ter o cancelamento imediato da proibição? Eu não vejo nenhuma", concluiu em sua sentença o magistrado.
John Hume, o maior proprietário privado de rinocerontes do mundo, declarou ao tribunal que não pode fazer custear as despesas que ajuda a manter os animais sem vender os chifres de alguns deles.
Na linha de outros proprietários de rinocerontes e de alguns especialistas, Hume relacionou diretamente a proibição do comércio de chifres de rinoceronte com o aumento exponencial da caça ilegal.
O governo sul-africano reconheceu que estuda defender a legalização internacional do chifre de rinoceronte para satisfazer a demanda e lutar assim contra a caça ilegal e o tráfico deste produto.
A África do Sul tem, cerca de 20 mil rinocerontes, a maior população do mundo de exemplares desta espécie.
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