ATUALIZAÇÃO ao final
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É uma encrenca das grandes. Estou mais com os veterinários que os biólogos.... a não ser que houvesse uma pós graduação no tema de anestesiar.... se bem que biólogo sempre pensa mais na espécie e veterinário pensa mais no indivíduo.... Como falei, a briga é grande!!!!
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É uma encrenca das grandes. Estou mais com os veterinários que os biólogos.... a não ser que houvesse uma pós graduação no tema de anestesiar.... se bem que biólogo sempre pensa mais na espécie e veterinário pensa mais no indivíduo.... Como falei, a briga é grande!!!!
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Na selva, disputa por território é lei. Mas, na cidade, o clima pegou.
Biólogos e veterinários -ou melhor, seus conselhos- travam um embate de deixar a bicharada de orelha em pé.
Biólogos querem autonomia para anestesiar, fazer eutanásia e aplicar analgésicos em animais silvestres durante pesquisas de campo. Veterinários lutam pela
exclusividade desses atos.
A briga começou em 2012, quando o conselho de biologia criou a resolução 301/2012, que autoriza seus profissionais a usarem fármacos em animais silvestres para fins de pesquisa sem suporte veterinário.
O conselho de veterinária reagiu, pedindo à justiça federal que a resolução fosse anulada, mas tiveram o pedido indeferido. "Recorremos e estamos aguardando há três anos", diz Felipe Wouk, do Conselho Federal de Medicina Veterinária.
A lei que regulamenta a profissão dos veterinários, de 1968, restringe a eles todos os procedimentos que envolvam a clínica de animais.
"Anestesia faz parte da clínica. Essa resolução do conselho de biologia não pode ter validade legal. Do ponto de vista ético e moral é inaceitável. São vidas, não números. Eles [biólogos] acham que são abençoados por Deus e que nada de mal pode acontecer?" questiona Wouk.
Os biólogos têm uma visão diferente das coisas.
"Ninguém quer fazer clínica. O que queremos é fazer o que sempre fizemos: anestesia de animais para coleta de amostras, como sangue por exemplo, sacrificar o animal para uma coleção biológica ou apenas colocar um rádio-colar para estudos ecológicos. Procedimentos simples", defende Luiz Eloy Pereira, vice-presidente do Conselho Federal de Biologia.
"Os veterinários tem profundo conhecimento sobre animais domésticos, mas nós sempre tivemos a formação voltada para a fauna silvestre. A procura dos veterinários por essa área é recente", diz Pereira.
Para ele, exigir a contratação de veterinários para acompanhar projetos e estudos acadêmicos sempre que houver necessidade de manipulação de animais sedados e anestesiados é inviabilizar inúmeras pesquisas no país.
"Em 49 anos de profissão, nunca vi veterinário no campo ter estrutura para atender efeitos adversos. Você precisaria montar um laboratório no meio do mato, o que é inviável. Então, no fim das contas, isso tudo é desculpa para boi dormir. O que existe mesmo é uma tentativa de reserva de mercado", afirma Pereira.
EXTINÇÃO
Carlos Jared, biólogo do Instituto Butantan, também não vê necessidade de acompanhamento de veterinários.
"Se for trabalhar com espécies em extinção, anestesiar e soltar depois, claro que precisa de um veterinário. Agora, com espécies que têm uma superpopulação de bichos, você vai ter que levá-lo?", questiona Jared.
Em tese, apenas veterinários poderiam adquirir anestésicos animais. Na prática, porém, o comércio de tais substâncias ocorre sem grande controle no país.
"Qualquer outro profissional que administre esses fármacos em diferentes espécies de animais não está preparado para eventuais complicações, e é o animal quem sofre com isso", discorda Wouk.
No momento da captura no campo, pouco se sabe sobre a saúde do animal. Peso, idade, intolerâncias farmacológicas, se o bicho está ou não hidratado, prenhe ou lactante só são averiguados depois.
"Quando se anestesia um animal, você tem a vida dele nas mãos, ele está totalmente dependente de você", diz a veterinária Thamy Moreira, que acompanha trabalhos de conservação no Pantanal com diferentes espécies.
A veterinária diz que desde a contenção química, passando pela coleta de amostras até o retorno anestésico, o animal tem seus parâmetros fisiológicos monitorados. Para o retorno do animal, é escolhido um local seguro.
A engenheira florestal Patrícia Médici lidera há 20 anos a Iniciativa Nacional para Conservação da Anta Brasileira e conta com a presença de veterinários em tempo integral na sua equipe.
"Sou absolutamente contra um não veterinário fazer qualquer tipo de manipulação química com um animal, acho uma extrema irresponsabilidade. E se alguém resolver fazer o trabalho sozinho e cometer uma série de erros?"
No entanto, apesar da briga, há biólogos que consideram "imprudente" realizar anestesias sem a presença de um veterinário, como a especialista em grandes araras Neiva Guedes, coordenadora do projeto Arara Azul.
"Não é minha área de formação. Quando preciso, levo veterinários comigo, e é uma relação perfeitamente tranquila", afirma ela.
Biólogos e veterinários -ou melhor, seus conselhos- travam um embate de deixar a bicharada de orelha em pé.
Biólogos querem autonomia para anestesiar, fazer eutanásia e aplicar analgésicos em animais silvestres durante pesquisas de campo. Veterinários lutam pela
exclusividade desses atos.
A briga começou em 2012, quando o conselho de biologia criou a resolução 301/2012, que autoriza seus profissionais a usarem fármacos em animais silvestres para fins de pesquisa sem suporte veterinário.
O conselho de veterinária reagiu, pedindo à justiça federal que a resolução fosse anulada, mas tiveram o pedido indeferido. "Recorremos e estamos aguardando há três anos", diz Felipe Wouk, do Conselho Federal de Medicina Veterinária.
A lei que regulamenta a profissão dos veterinários, de 1968, restringe a eles todos os procedimentos que envolvam a clínica de animais.
"Anestesia faz parte da clínica. Essa resolução do conselho de biologia não pode ter validade legal. Do ponto de vista ético e moral é inaceitável. São vidas, não números. Eles [biólogos] acham que são abençoados por Deus e que nada de mal pode acontecer?" questiona Wouk.
Os biólogos têm uma visão diferente das coisas.
"Ninguém quer fazer clínica. O que queremos é fazer o que sempre fizemos: anestesia de animais para coleta de amostras, como sangue por exemplo, sacrificar o animal para uma coleção biológica ou apenas colocar um rádio-colar para estudos ecológicos. Procedimentos simples", defende Luiz Eloy Pereira, vice-presidente do Conselho Federal de Biologia.
"Os veterinários tem profundo conhecimento sobre animais domésticos, mas nós sempre tivemos a formação voltada para a fauna silvestre. A procura dos veterinários por essa área é recente", diz Pereira.
Para ele, exigir a contratação de veterinários para acompanhar projetos e estudos acadêmicos sempre que houver necessidade de manipulação de animais sedados e anestesiados é inviabilizar inúmeras pesquisas no país.
"Em 49 anos de profissão, nunca vi veterinário no campo ter estrutura para atender efeitos adversos. Você precisaria montar um laboratório no meio do mato, o que é inviável. Então, no fim das contas, isso tudo é desculpa para boi dormir. O que existe mesmo é uma tentativa de reserva de mercado", afirma Pereira.
EXTINÇÃO
Carlos Jared, biólogo do Instituto Butantan, também não vê necessidade de acompanhamento de veterinários.
"Se for trabalhar com espécies em extinção, anestesiar e soltar depois, claro que precisa de um veterinário. Agora, com espécies que têm uma superpopulação de bichos, você vai ter que levá-lo?", questiona Jared.
Em tese, apenas veterinários poderiam adquirir anestésicos animais. Na prática, porém, o comércio de tais substâncias ocorre sem grande controle no país.
"Qualquer outro profissional que administre esses fármacos em diferentes espécies de animais não está preparado para eventuais complicações, e é o animal quem sofre com isso", discorda Wouk.
No momento da captura no campo, pouco se sabe sobre a saúde do animal. Peso, idade, intolerâncias farmacológicas, se o bicho está ou não hidratado, prenhe ou lactante só são averiguados depois.
"Quando se anestesia um animal, você tem a vida dele nas mãos, ele está totalmente dependente de você", diz a veterinária Thamy Moreira, que acompanha trabalhos de conservação no Pantanal com diferentes espécies.
A veterinária diz que desde a contenção química, passando pela coleta de amostras até o retorno anestésico, o animal tem seus parâmetros fisiológicos monitorados. Para o retorno do animal, é escolhido um local seguro.
A engenheira florestal Patrícia Médici lidera há 20 anos a Iniciativa Nacional para Conservação da Anta Brasileira e conta com a presença de veterinários em tempo integral na sua equipe.
"Sou absolutamente contra um não veterinário fazer qualquer tipo de manipulação química com um animal, acho uma extrema irresponsabilidade. E se alguém resolver fazer o trabalho sozinho e cometer uma série de erros?"
No entanto, apesar da briga, há biólogos que consideram "imprudente" realizar anestesias sem a presença de um veterinário, como a especialista em grandes araras Neiva Guedes, coordenadora do projeto Arara Azul.
"Não é minha área de formação. Quando preciso, levo veterinários comigo, e é uma relação perfeitamente tranquila", afirma ela.
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O Dr. Paulo Menezes diretor técnico da SUIPA nos mandou:
Sheila
Estou com saudades.
Tenho muita admiração por vôce e pelo seu trabalho.
Mas, o conhecimento do individuo, é fundamental para a manutenção da espécie. Tanto assim que os biólogos querem ter o direito de fazer procedimentos clinicos em animais. Considero um retrocesso incrível e inaceitável. Estaremos voltando ao início da decáda de 90,onde os "cientistas" faziam o que queriam em nome da ciencia.
Achei incrível O Sr. Eloy Pereira, Vice-Presidente do Conselho Federal de Biologia, dizer que é "procedimento simples" anestesiar animais para coleta de amostras e SACRIFICAR O ANIMAL PARA UMA COLECÃO BIOLÓGICA.
ATERRORIZANTE
Abraços
Paulo Menezes------------------------
O Dr. Luiz Eduardo Castro, também nos mandou:
Prezados,
sou Médico Veterinário, trabalho com anestesia em animais selvagens há anos, acho a parceria entre Biólogos e Veterinários muito produtiva na conservação e pesquisa das espécies. Porém cada um deve atuar em sua área. Anestesiar diferentes espécies é necessário o conhecimento TOTAL da MEDICINA VETERINÁRIA, NÃO SOMENTE DOS FÁRMACOS, seria imprudente e irresponsável um Biólogo executar esse tipo de procedimento. Tanto é a falta de conhecimento técnico do Biólogo(Vice presidente do Conselho Federal de Biologia) , que ainda se refere ao procedimento de EUTANÁSIA, como SACRIFICAR( Quem sacrifica é "Pajé") .. Portanto repudio esse tipo de ofício aos Biólogos,
Att
Luiz Eduardo Castro
Médico Veterinário
Suipa
Os animais são nossos irmãos, têm q. ser respeitados. Não são nossos escravos.
ResponderExcluirSacrificar para coleção? Fala sério, prefiro os veterinários! Exames, colares, medicação, curativos e etc... Tudo isso eu concordo, mas pecaram quando falaram em sacrifício para coleção.
ResponderExcluirEstou do lado dos veterinários!!!!!
ResponderExcluirPessoal, vocês irão aceitar aplicar em vocês anestesia, se não fosse um Médico? Vocês iriam aceitar, um enfermeiro, psicólogo e outros que cuidam da saúde humana? A questão aqui, é a segurança do animal, pois pode ocorrer complicações durante a aplicação da anestesia.
ResponderExcluirAutonomia para anestesiar, fazer eutanásia e aplicar analgésicos em animais silvestres durante pesquisas de campo? Autonomia para sacrificar o animal para uma coleção biológica? Sacrificar o animal? Não mesmo! Isso seria o mesmo que dar autonomia para um técnico de enfermagem anestesiar um paciente e pior, sem a presença do médico!
ResponderExcluirResumo: C parte q são profissionais, querem abusar dos animais,por causa de um pedaço de papel chamado, diploma.
ResponderExcluirSegundo o Senhor Carlos Jared, se é em uma espécie com risco de extinção, precisa de um veterinário, mas se não for esse o caso pode ter um intercorrecia anestésia e morrer.... Não seria isso uma discriminação, um "Racismo" ? preto tem que se ferrar e branco não. Oriental não pode, mas ocidental pode..... Gostaria que quando este senhor tivessse um problema de saude, que procurasse o servente do hospital e não o médico
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