Eu não gostei muito do que li porque os cães disputam território como era de se esperar.... Enfim, devido ao meu instinto de galinha protetora, queria todos os animais debaixo da minha asa..... Cadê o cão velhusco que os taxistas falaram? vão visitá-los, mas, vai embora? para onde? Se alguém da proteção animal puder ou souber de alguma coisa, conta p´ra gente?
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Como em toda a grande cidade, o Centro de Santo André tem fluxo intenso de pessoas que andam apressadas, alienadas pelo ritmo frenético imposto pela rotina. Apesar da correria, quem passa embaixo do Viaduto Antônio Adib Chammas nota uma bonita amizade entre um engraxate e seu fiel cachorro.
Luiz Carlos Briz, o Alemão, 51 anos, é famoso na região central andreense. Ele trabalha ali
como engraxate, profissão antiga e hoje escassa, há mais de duas décadas. A história dele naprofissão começou quando, ainda criança, recebeu as primeiras lições do pai. “Ele trazia eu e meus irmãos para ajudá-lo, cada um desempenhava uma função.”
como engraxate, profissão antiga e hoje escassa, há mais de duas décadas. A história dele naprofissão começou quando, ainda criança, recebeu as primeiras lições do pai. “Ele trazia eu e meus irmãos para ajudá-lo, cada um desempenhava uma função.”
Alemão conta que, apesar de simples, o trabalho como engraxate o ajudou a sustentar os três filhos. “Eu vivi na rua durante quatro anos. Foi um período muito difícil, pois não tinha onde ficar e bebia muito. Porém, nunca deixei de ajudar minha família, sou amigo da minha ex-mulher até hoje por causa desse meu empenho”. A ajuda de pessoas próximas foi vital para que ele revertesse a situação. “Recebi muitos conselhos da minha filha e dos meus clientes. Depois que conheci minha atual mulher, que é uma pessoa maravilhosa e livre de vícios, a minha vida mudou.”
O profissional sempre gostou de animais. Por trabalhar no Centro do município, constantemente cuida dos bichinhos que são abandonados por ali. Há um ano, a chegada do dócil vira-lata Biba, 12 anos, trouxe mais alegria ao seu cotidiano. “Ele apareceu todo machucado em uma manhã fria. Uma amiga que trabalha como auxiliar veterinária me deu os medicamentos e eu mesmo cuidei dele. Hoje está bonito, forte e com as vacinas em dia.”
O carinho do animal com o engraxate é impressionante. Basta um pequeno sinal de Alemão que Biba sai correndo alegre em direção ao amigo humano. “É o único companheiro de verdade que tenho. Ele me acompanha para todo lugar, seja na lotérica ou para tomar um café.”
Durante a noite, o cachorro dorme em um estacionamento próximo. “Ele fica no que eu chamo de sala VIP. Lá tem o cantinho dele, é bem tratado pelos manobristas. Só sai pela manhã, quando o trago para trabalhar comigo.”
Sempre alerta, Biba protege seu companheiro. “Ele percebe a aproximação de estranhos e já fica ‘ligado’. É bonzinho, mas não gosta que o provoquem”, afirma Alemão.
Amigo do engraxate há 40 anos e também cliente, José Brasil, 72, ressalta os cuidados com os animais. “Ele protege qualquer um que aparece, se pudesse levaria todos para casa. É um grande profissional e tem um coração enorme.”
Bichinho protege o profissional
O ponto em que o engraxate Alemão está instalado há 20 anos é extremamente disputado pelos cachorros que circulam pelo Centro de Santo André. Por contar com respaldo do seu dono, Biba é o atual titular do local, porém, ele enfrenta a concorrência do seu antecessor e de um outro rival.
Segundo o taxista Romualdo Mariano, 60 anos, quem tomava conta do posto antes da chegada de Biba era um cachorro chamado Lobinho. “Ele (Lobinho) ficava aqui do lado do nosso ponto. Mas, quando o Biba chegou, o nosso amigo já estava velho e foi expulso depois de uma briga. Agora ele fica por aí, mas sempre vem nos visitar”, brinca.
Porém, o rival mais perigoso de Biba é um outro vira-lata. “O Chacal chegou aqui pouco tempo depois do meu cachorro. Ele é instigado por outras pessoas a atacar o Biba, é uma pena. Mas ele sempre me protege”, garante Alemão.
A equipe do Diário presenciou uma destas disputas, quando o dócil Biba se transforma com a aproximação de Chacal. Ele fica atento a cada passo do concorrente e o ameaça.
Apesar da tensão entre os animais, Alemão se diz tranquilo. “Isso já acontece há algum tempo. Algumas vezes a luta é feia e a gente tem de dar uns gritos para separar, mas normalmente eles se olham e se entendem. O importante é que deixam o clima aqui mais alegre com a sua presença.”
FONTE: dgabc
Se cada pessoa cuidasse de um único animal o mundo seria maravilhoso.
ResponderExcluirParabéns!'!
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