Fonte: Daily Mail
Colaboração: Helô Arruda
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No estado do Arizona um zoológico, na maior reserva indígena americana do país, eliminou a sua exposição de cobra porque as crenças culturais sobre os répteis trazendo maus presságios estavam dissuadindo os visitantes de ver os animais.
Os Navajos são aconselhados a não assistir cobras comendo, cruzando ou mudando a sua pele, porque isso poderia afetar sua saúde física
e mental.
e mental.
O Zoo Nação Navajo exibiu cobras por décadas. Mas o gerente David Mikesic disse que os répteis alojados em seu Discovery Center são muito impopulares.
Muitos professores não queriam seus alunos vendo ou mesmo respirando o mesmo ar que as cobras. Cerca de 3.000 crianças em idade escolar visitam o zoológico todos os anos em excursões. "Se há uma preocupação de que as pessoas não podem ver as cobras, por que continuar a abrigá-las aqui?" disse Mikesic . "Eu quero que todas as turmas venham aqui para ver todos os outros animais que dispomos no resto do Discovery Center." O centro também abriga aranhas, tartarugas e peixes.
As duas serpentes “bullsnake” foram enviadas para um aquário de Utah em março, e a cascavel foi enviada para uma Sociedade Zoológica de Nova York no mês passado.
O zoológico, que começou na década de 1960 com um urso preto órfão, cresceu para incluir mais de 100 animais feridos ou órfãs que comumente são vistos na Nação Navajo ou no Sudoeste.
Muitos dos animais nas instalações - incluindo o coiote, o urso e o porco-espinho – para os Navajos tem um lugar em histórias da criação. Listagens de cada animal no site do zoológico incluem o que é conhecido tradicionalmente sobre eles.
Pinturas de areia em cerimônias navajo retratam cobras, mas a representação nunca é sobre nada de bom. O médico da tribo disse que quaisquer efeitos negativos sobre a saúde ao entrar em contato com cobras podem ser explicados através de cerimônias Navajo. "Tudo depende do diagnóstico", disse ele. "e a prescrição pode ser uma cerimônia."
Paul Begay, um homem da publicação Navajo Page, disse que concorda com o zoo de remover as cobras. Quando ele está em jardins zoológicos e museus, ele também tenta evitar coiotes e corujas, que são conhecidos na cultura Navajo como mensageiros.
"Hoje em dia, se eu estou indo para um lugar como este, tomo cuidado e tento ler os sinais de que vou encontrar pela frente", disse Begay.
Mesmo ante as crenças, o poder financeiro prevaleceu - o período entre a abertura do zoo e a remoção dos répteis remonta a mais de meio século. Ainda bem que se referiu as corujas como "mensageiras", pois é o que elas são - os ignaros se referem a elas como de mau agouro, como se tivessem o poder de suscitar acontecimentos funestos. Elas realmente nos avisam do que está por vir - para mim, pelo menos -, mas não são responsáveis por fazer acontecer, pois isso cabe a Deus.
ResponderExcluirTadinhas das cobras, sempre há preconceito contra elas. Seria bom se o preconceito mantivesse o ser humano longe delas, sem tocá-las ou matá-las.
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