15/12/2014

Santa Catarina é apontada como rota de tráfico de animais silvestres - com Vídeo

Agora vou falar para vocês: não sei se o camarada ainda está lá no mesmo lugar, mas, ali pertinho no Paraná, vivia o maior contrabandistas de animais silvestres do país..... Ele mandava zilhões de saguis para experimentação na Europa. Por volta de 1997/8, um policial federal pegou ele com informações que conseguimos. Quatro meses depois, o camarada estava no mesmo lugar, traficando do mesmo jeito, ou seja, com a cobertura de "otoridades" inclusive do IBAMA que até fornecia as guias de exportação...... Pena que naquela época não tínhamos os recursos de hoje para documentar tudo que já enfrentamos. Êta, paísinho de diarréia!!!!!!! 
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Aranhas tinham destino à São Paulo e foram interceptadas na capital (Foto: RBS TV/Reprodução)
Cem aranhas caranguejeiras e oito jiboias foram interceptadas na capital.
Polícia Ambiental já registrou 1.987 ocorrências de crimes contra a fauna.

Santa Catarina é apontada pela polícia como rota de tráfico ilegal de animais silvestres. Cem aranhas caranguejeiras e oito jibóias foram encontradas pelos Correios dentro de uma caixa de papelão. Os animais que iam pra São Paulo, foram apreendidos em Florianópolis.

De acordo com a Associação Brasileira Veterinária de Animais Selvagens, a negociação ilegal de
animais é a terceira maior no mundo, perdendo só para a de armas e drogas. A Polícia Ambiental de Santa Catarina registrou 1.987 ocorrências de crimes contra a fauna até agosto deste ano. A Polícia Federal (PF) catarinense informa que, só neste ano, foram apreendidos cerca de 400 bichos.

Segundo o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), foram encontrados em torno de 1,2 mil animais nativos no tráfico ilegal. No Vale do Itajaí, 150 foram retidos em dois dias, na operação finalizada em 30 de novembro.

As aranhas interceptadas na capital, foram recolhidas pelo Ibama e levadas ao parque Estadual do Rio Vermelho. Os filhotes de jibóias capturados foram para o zoológico em Pomerode. Até serem identificados, os animais devem permanecer no local.
"O problema é assim: a gente tem uma visão sobre a nossa fauna que ainda está bastante equivocada. Como a gente tem muito, parece que nunca vai acabar, entendeu?", comenta Marcelo Duarte, sub-tenente responsável pelo Núcleo de Tratamento e Recuperação de Animais Silvestres de Santa Catarina (Nutras).

O estado é apontado como um importante mercado receptor e como rota de passagem, onde os traficantes param para descansar e alimentar os animais. Mesmo assim, poucos deles sobrevivem ao percurso. As maiores vítimas no estado são os papagaios que vêm, principalmente, do Mato Grosso. Só este ano, 100 chegaram de forma clandestina, com  asas amputadas.

Papagaios são as maiores vítimas do tráfico em SC (Foto: RBSTV/Reprodução)
"Papagaios no Mato Grosso valem R$ 300. Se eu chegar com um vivo aqui no nosso estado, vale R$ 2,5 mil. É um absurdo o lucro que essas pessoas têm com esses animais", explica Duarte.

Assim como as drogas e o armamento, o tráfico de animais existe porque há quem o procure. "O maior problema do tráfico é o consumo. Enquanto tu tiver o consumo, enquanto as pessoas quiserem isso, vai ter traficante. Enquanto tiver oferta e procura tu tens o traficante. As pessoas têm que parar de querer ter esses animais em casa. Acidentes podem acontecer, são animais silvestres com determinadas características e os acidentes às vezes são bem mais drásticos do que a mordida de um cachorro, por exemplo", finaliza Duarte.

FONTE: G1

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